Elizabeth
Blackwell (1821-1910) nasceu em Bristol, filha de Samuel Blackwell, um refinador
de açúcar e de Hannah Blackwell. Foi a primeira mulher a tirar uma licenciatura
em medicina e a exercer a sua profissão.
Cresceu
numa família bastante liberal juntamente com mais 8 irmãos. O seu pai tinha
ideias bastante específicas em relação à educação dos seus filhos, uma vez que
todos deveriam ter os mesmos conhecimentos e oportunidades.
Em
1831, a família emigrou para os Estados Unidos da América, mais concretamente
para Cincinnati. Devido à degradação da situação financeira, Elizabeth e duas
das suas irmãs abriram a escola The
Cincinnati English and French Academy for Young Ladies. Apesar de não ter
conteúdos inovadores, constituía uma fonte de rendimento. A conversão de
Elizabeth à Igreja Unitarista gerou algum preconceito entre os pais das
crianças que frequentavam a escola e as irmãs passaram a dar aulas
particulares.
Em
1847, após a morte do seu pai, Elizabeth iniciou o curso de medicina, na Geneva
Medical College, tornando-se a primeira licenciada do sexo feminino. No
entanto, começar a sua vida profissional foi um desafio, uma vez que não tinha
a confiança dos pacientes. Viajou até Paris onde trabalhou numa maternidade e
posteriormente para Inglaterra onde conheceu Florence Nightingale. A sua
especialidade foi ginecologia e obstetrícia.
De
regresso aos Estados Unidos, em 1857 fundou a New York Infermery for Indigent Women and Children, tendo como
público-alvo os pacientes mais carenciados. O seu objetivo era igualmente criar
emprego para as mulheres médicas.
Em
1868 fundou a Women’s Medical College.
Em 1869 lecionou ginecologia na Escola de Medicina de Londres para Mulheres até
à sua aposentação em 1907.
Em
1895 publicou uma autobiografia, Pioneer
Work in Opening the Medical Profession to Women. Elizabeth morreu a 31 de
maio de 1910 em Sussex.
ME/402758/112
Escola
Secundária Sebastião da Gama
Quadro parietal a cores, legendado, com a representação do sistema reprodutor feminino (corte de um ovário, corte longitudinal da pélvis, corte longitudinal com gravidez na fase inicial (2 meses), corte longitudinal com gravidez na fase terminal e vista posterior do útero com o lado direito dissecado).
MJS
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