2025/01/02

Instalações para o ensino (1968 a 1972) - Ministério das Obras Públicas - Liceus: Liceu Nacional de Queluz, Sintra

 

- Liceu Nacional de Queluz -

O Ministério das Obras Públicas concluiu 42 edifícios, no período decorrente de 1968 a 1972, destinados a estabelecimentos dos cursos preparatório, secundário e médio. A título de divulgação, neste post, daremos a conhecer - o Liceu Nacional de Queluz, Sintra.


(No topo pode observar-se uma imagem com um pátio entre os pavilhões. Em baixo, a fachada de um dos pavilhões)

 

 

(No topo, a imagem de uma escada e a ficha técnica com a identificação da escola, a dimensão da área coberta, a dimensão da superfície de pavimentos, o custo total das instalações, a data de conclusão da obra, a população escolar e a discriminação das dependências. Em baixo, um laboratório de ciências)

 

 

Ministério das Obras Públicas (1973). Novas Instalações para o ensino construídas entre

1968 e 1972. Lisboa: Direcção-Geral das Construções Escolares.

 

 

P. M. 

 

2024/12/30

Educadores Portugueses dos séculos XIX e XX: Braga Paixão (1892 – 1982)

  

(Imagem do autor retirada de Dicionário de educadores portugueses)


Vítor Manuel Braga Paixão nasceu em Lisboa a 13 de setembro de 1892. Estudou no Liceu Central de Lisboa, tendo sido um ativo participante na vida estudantil através do jornal Os Novos, instituindo a divisa “nós nos educaremos!”.

Concluiu o Curso Superior de Letras em 1913, iniciando a sua carreira docente no atual Liceu Pedro Nunes. Participou no movimento de professores sendo sócio da Associação do Magistério Secundário Oficial desde 1914. Publicou vários textos em diversas revistas como a Revista de Educação Geral e Técnica, Boletim Oficial do Ministério da Instrução Pública, Educação Social e Labor. Lecionou ainda no atual Liceu Nacional de Angra do Heroísmo durante cerca de 8 anos.

A partir de 1928 deixou a carreira docente ocupando cargos administrativos e de coordenação do sistema educativo. Foi nomeado Diretor Geral do Ensino Primário até 1937 e depois Diretor Geral dos Serviços de instrução Pública de Moçambique, onde residiu até 1940.

De regresso a Lisboa assumiu o cargo de Diretor Geral da Assistência e de Provedor da Casa Pia e da Santa Casa da Misericórdia. Em 1944 tornou-se Diretor Geral do Ensino Colonial desempenhando o cargo até 1962. Durante este período publicou vários textos relacionados com a educação e o ensino.

A produção literária de Braga Paixão compreendeu 3 períodos distintos. Entre 1913 e 1927 dedicou-se a questões educativas sob o ponto de vista do professor. A obra mais significativa foi Educação Moral: o liceu, a família, o meio social, em que o autor se debruçou sobre temas como a educação moral no contexto da laicização do ensino, das interferências familiares e da sociedade.

A partir de 1927, as suas preocupações voltaram-se para a política educativa devido aos cargos ocupou. Situou-se na linha ideológica do Estado Novo com contornos nacionalistas, tendo criado os Serviços de Orientação Pedagógica e o Boletim da Direção Geral do Ensino Primário. Neste sentido avançou com a publicação de Escola Portuguesa, dirigida para a formação pedagógica de professores.

Após a experiência em Moçambique, Braga Paixão publicou em 1949 Novos Aspetos do Problema Missionário Português, em que defendeu a importância da presença de técnicos pedagógicos nos serviços educativos das colónias. A presença de missionários, encarregues da área do ensino, não era suficiente para se promover uma educação eficiente.

Os últimos anos da sua vida foram dedicados à produção de obras ligadas à historiografia e à escrita biográfica.

 

 

Fonte principal: Dicionário de educadores portugueses / dir. António Nóvoa. - Porto : ASA, 2003.


MJS