2021/02/04

Exposição virtual: "Os mapas da Segunda Guerra Mundial"

A Segunda Guerra mundial foi um conflito militar que envolveu a maior parte das nações mundiais, entre 1939 e 1945, divididas em duas alianças militares opostas, os Aliados e o Eixo. Este foi o acontecimento mais mortífero da humanidade, contando com cerca de 50 a 70 milhões de morte, mobilizando mais de 100 milhões de militares. Dois eventos marcaram negativamente esta situação: o Holocausto e a utilização de armas nucleares pela primeira vez.

A invasão da Polónia pela Alemanha Nazi, a 1 de setembro de 1939, é considerado o acontecimento inicial que desencadeou todo o conflito. A este seguiram-se as declarações de guerra à Alemanha por parte de França e pelo Império Britânico. A maior parte dos países acabaram por se envolver na guerra como resposta a determinados acontecimentos, como por exemplo a invasão da União Soviética ou os ataques japoneses a Pearl Harbour nos Estados Unidos.

Após o término da guerra, com a vitória dos Aliados após o sucesso do Desembarque na Normandia, todo o alinhamento político, económico e social foi alterado. A criação da Organização das Nações Unidas foi então criada para manter a paz, evitar conflitos e reconstruir a Europa dizimada pela guerra. Geram-se duas superpotências mundiais, União Soviética e Estados Unidos, e a Guerra Fria instala-se até cerca de 1991. A descolonização em África e na Ásia foi outra das consequências do final da guerra.

O Museu da Educação possui vários mapas alusivos a esta época que nos reportam a situação política do mundo antes do início da Segunda Guerra Mundial, nomeadamente as colónias das várias potências mundiais, bem como a Europa e o mundo no início e durante a guerra. A situação no Pacífico também é representada nestes mapas, bem como as alterações sofridas no continente africano.


Mapa do mundo antes da Segunda Guerra Mundial
Título: Background of World War II
ME/401663/30
Escola Secundária Eça de Queirós

O mapa servia para ilustrar as matérias de História, da Denoyer-Geppert World History Series. Mapa multicolor onde se apresenta, a diferentes cores, as várias possessões dos diferentes Estados, a nível mundial, antes da II Guerra Mundial. A legenda encontra-se ao centro, em baixo.


Mapa da Europa no século XX
Título: Europe at the outbreak of World War
ME/400117/368
Escola Secundária D. Pedro V


Mapa que ilustra a Europa no início da II Guerra Mundial, salientando a cor rosa a anexações de Hitler e Mussolini até 1 de Setembro de 1939. Legenda no canto superior esquerdo.

Mapa de África no século XX
Título: África 1924 - 1966
ME/340881/28
Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos D. Martinho Vaz de Castelo Branco

Mapa histórico que servia como material de apoio às disciplinas de História e Geografia. Encontra-se dividido verticalmente em duas imagens. A imagem da esquerda apresenta o continente africano no ano de 1924, dividido com a indicação das possessões coloniais dos vários países europeus, a diferentes cores. A imagem da direita apresenta igualmente o continente africano, no ano de 1966 vendo-se, a diferentes cores, as nações independentes que se formaram depois da II Guerra Mundial.


Mapa do Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial
Título: World War II in the Pacific
ME/400117/366
Escola Secundária D. Pedro V

Mapa que ilustra a Guerra no Pacífico, utilizado como material de apoio nas aulas de História/Geografia. Guerra do Pacífico é o nome com que ficou historicamente conhecido o conflito armado entre o Japão, os Estados Unidos, a Grã-Bretanha, a China e seus aliados durante a Segunda Guerra Mundial - e a precedente invasão e ocupação japonesa da China, ocorrido no Oceano Pacífico e suas ilhas e no Sudeste Asiático. No mapa é possível visualizar as rotas da invasão japonesa e a linha dos Aliados. Legenda no canto superior direito.


Mapa da Europa e do Norte de África no Século XX
Título: World War II in Europe and Nothern Africa
ME/805548/311
Escola Secundária João de Deus

Mapa utilizado em contexto das práticas pedagógicas para ilustrar matérias de História. Trata-se de um mapa que ilustra a Europa e Norte de África durante a II Guerra Mundial, apresentando as rotas dos Aliados e da Potência dos Eixos bem como os territórios de cada fação, os países neutrais e os ocupados por nações hostis.  Apresenta a legenda no canto superior esquerdo e, no canto superior direito, a partilha da Polónia em 1939.


Mapa do mundo no Século XX
Título: O Mundo durante a Segunda Guerra Mundial
ME/401250/36
Escola Secundária D. Dinis

Mapa multicolor que servia para ilustrar as matérias de História, assinalando diferentes países do mundo e a sua posição face à 2ª Guerra Mundial. Apresenta igualmente as zonas e rotas de ataque. Por baixo da legenda, existe uma barra cronológica relativa às presidenciais portuguesas durante o século XX até à década de oitenta.


MJS

2021/02/03

As crianças em confinamento: "Artistas Digitais" ou "Cineastas Digitais"

Na sequência do encerramento de todas as escolas, jardins de infância, ATLs e outros espaços similares, as crianças e jovens encontram-se neste momento em isolamento social. Um dos grandes desafios dos pais é a ocupação dos filhos. O CCEMS, em parceria coma Direção-Geral da Educação, propõe a participação nos concursos “Artistas Digitais” (Pré-Escolar, 1.º e 2.º Ciclo) ou “Cineastas Digitais”  (3.ºCiclo e Secundário), consoante o nível de ensino.

A edição dos "Artistas Digitais" deste ano letivo do concurso propõe o tema "Promoção da saúde alimentar e exercício físico” para todas as categorias do concurso, tendo como objetivos melhorar o estado de saúde global dos jovens, inverter a tendência crescente de perfis de doença associadas a uma deficiente nutrição e promover a saúde dos jovens, especificamente em matéria de alimentação saudável e atividade física.

Os desenhos poderão ser feitos em qualquer programa/ aplicação para desenho digital, como, por exemplo, o Paint, no computador, ou o PicsArt Color Pintar, no tablet, e os desenhos poderão ser submetidos pelos pais/encarregados de educação/responsável, no site do concurso.

A edição dos "Cineastas Digitais" tem este ano, como tema geral, os “Direitos Humanos”. As abordagens temáticas e técnicas deverão ser diferenciadas em função das três categorias de vídeos previstas no regulamento, a saber:

·       “Nano Vídeos” (duração inferior a 30 segundos e com requisitos técnicos elementares), cujo tema é “Direitos Humanos”;

·       “Vídeo Curtas” (duração entre os 30 segundos e 3 minutos), cujo tema é livre;

·       “Vídeo Narrativas” (duração entre os 3 e os 6 minutos, com uma estrutura que permita perceber uma história), cujo tema é “Direitos Humanos”.

A supervisão dos vídeos e a sua submissão no site do concurso fica a cargo de um professor, depois de efetuado o registo.

Os alunos poderão produzir vídeos sozinhos ou em grupo. Caso optem por trabalhar em grupo, dado o período de isolamento social em que nos encontramos, sugerimos que realizem as gravações individualmente e depois recorram a meios de comunicação à distância para organizarem e debaterem a necessária montagem.

Os alunos poderão recorrer a programas de gravação e edição e vídeo gratuitos (mesmo que as gravações fiquem com marca d'água) ou à câmara de vídeo dos telemóveis. Se optarem, os vídeos podem ser realizados recorrendo a animações ou à técnica do "Stop motion".

2021/02/01

Património Material de Portugal: Centro Histórico de Évora



O Centro Histórico de Évora faz parte do património mundial classificado pela UNESCO desde 1986.

Évora é a capital de distrito que tem o seu nome, na região do Alentejo. O seu vastíssimo património histórico e a presença da Universidade fizeram da cidade um importante centro de cultura e de investigação.

Apesar de toda a atividade cultural, a cidade integra-se numa estrutura económica eminentemente rural e artesanal. O artesanato também faz parte da riqueza da Évora, destacando-se as peças em vime ou salgueiro, a pintura dos tradicionais móveis alentejanos, o trabalho da cortiça e do barro, a par da madeira e dos metais.

Ao nível patrimonial, tendo em conta a classificação da UNESCO, trata-se de um perímetro urbano delimitado pelas muralhas quinhentistas da cidade. Évora é habitada desde épocas remotas, tendo inúmeros vestígios pré-históricos: antas, menires e cromeleques e a Gruta do Escoural.

O desenvolvimento urbano desta área iniciou-se no período romano, com os limites da chamada “cerca velha”, onde se encontravam o templo romano e a Sé. A importância económica que adquiriu está patente na sua nomeação feita por Júlio César em 59 a. C.: Liberalitas Júlia. O Tempo de Diana é uma das mais emblemáticas construções da época, provavelmente construído no século III d. C., em estilo coríntio. Durante a Idade Média serviu de açougue público e foi restaurado no século XIX.

Após a queda do Império Romano, a cidade foi dominada pelos Visigodos (séculos V a VII) que ergueram vários templos cristãos. De 711 a 1165 Évora é dominada pelos Árabes, sendo conquistada por Geraldo Sem Pavor em 1165. A “cerca velha” foi o limite da urbanização desde a época romana até ao final da ocupação árabe.

Évora tornou-se a sede da Ordem Militar de S. Bento de Calatrava (Avis) e foi a única a resistir à investida almorávida que reconquistou todas as praças da zona do Alentejo.

Durante o período medieval foi construída uma segunda muralha devido à expansão e desenvolvimento urbano, aproveitando as estradas romanas de acesso à cidade. A estrutura seguia o tradicional modelo de pequenas ruas irregulares e tinha dez portas: Alconchel, Raimundo, Rossio, Mesquita, Mendo Estevens Machede, Traição Moinho de Vento, Avis (a única que permanece completa), Lagoa e um postigo em Penedos.


A construção da Sé de Évora iniciou-se em 1186 e constitui um dos mais relevantes exemplos da arquitetura românico-gótica em Portugal. O edifício tem três naves, ladeadas por um claustro, datado do século XIII. A sua capela-mor foi reformulada no século XVIII por Ludovice, ao estilo barroco.

Esta cidade adquiriu enorme importância durante a primeira dinastia, tenso sido sede da Corte. Durante o reinado de D. Afonso IV recebeu a relíquia do Santo Lenho, em memória de quem foi construída a Igreja de São Vicente.

O apoio da cidade à dinastia de Avis, fez com que se tornasse uma importante região, chegando mesmo a ser capital política e cultural, onde se realizaram Cortes 23 vezes. Aqui se tomaram importantes decisões relativamente às conquistas e navegações. A consolidação do poder régio de D. João II está igualmente ligada à cidade.

O apogeu de Évora ocorre no século XVI, com os reinados de D. Manuel I, D. João III e Cardeal D. Henrique. Nesta época construíram-se diversas igrejas, o Paço de D. Manuel I, o Aqueduto da Prata, o Convento da Graça, a Misericórdia de Santo Antão, a Capela de Valverde e a Universidade. Várias figuras de destaque do panorama cultural trabalharam aqui: André de Resende, Garcia de Resende ou Manuel Severim de Faria.

A universidade foi criada em 1551, estando a cargo dos jesuítas. O seu edifício contou com a participação de importantes figuras como Afonso Álvares, Manuel Pires e Diogo de Torralva.

Na Praça do Giraldo encontra-se a Igreja de Santo Antão, um exemplar da arquitetura maneirista da autoria de Manuel Pires. Também o Convento e Igreja da Graça constitui um importante monumento ao estilo do renascimento e maneirismo.

A arquitetura civil também teve um enorme desenvolvimento, podendo apontar-se como exemplo o Solar dos Condes de Basto ou a Casa Cordovil.


O Aqueduto da Prata, da responsabilidade de Francisco de Arruda foi iniciado no reinado de D. João III e constituiu um elemento marcante no urbanismo citadino.

No período das Guerras da Restauração foram acrescentados baluartes às muralhas e a forma da cidade adquire uma seção romboidal. Aqui se destaca a Praça do Giraldo. No entanto, a dinastia de Bragança não fez investimentos de vulto na cidade que perdeu o seu destaque ao nível político e cultural.

D. Miguel, viria a instalar em Évora a sua capital, durante os conflitos liberais e absolutistas, mas só no final do século XIX é que se volta a “reabilitar” Évora como cidade-museu.


MJS