Localiza-se na freguesia de
Tenões, na cidade de Braga, fazendo parte de um conjunto
arquitetónico-paisagístico. Pensa-se que no início do século XIV terá sido colocada
uma cruz no monte Espinho e em 1373 refere-se uma ermida neste mesmo local.
Em 1494 foi erigida uma outra
ermida por ordem de D. Jorge da Costa, Arcebispo de Braga. Em 1552 o Deão da Sé
de Braga mandou construir a terceira ermida, que coincidiu com um aumento da
devoção dos locais.
Em 1692 foi constituída a
Confraria do Bom Jesus do Monte, um movimento de devotos de todas as classes
sociais para promoverem a devoção à Santa Cruz do Monte. Foi, assim, edificada
uma Capela, rodeada de casas para abrigo dos peregrinos, onde se podem observar
alguns episódios da Paixão de Cristo e da sua Ressurreição.
A partir de 1722, D. Rodrigo
de Moura Teles iniciou o projeto de construção de uma basílica que se tornaria
o atual Santuário. D. Gaspar de Bragança prosseguiu as obras de 1784 a 1811,
dirigidas pelo arquiteto Carlos Amarante. A planta tem a forma de cruz latina e
a fachada é constituída por duas torres com frontão triangular.
No que respeita aos
escadórios, estão divididos em 3 lanços num desnível de 116 metros. O primeiro
é o escadório do Pórtico, onde se encontram as primeiras capelas construídas em
1723. Aqui se encontram o Escadório dos Cinco Sentidos, com cinco lances de
escadas com fontes alegóricas aos cinco sentidos. Depois, o Escadório das Três Virtudes,
datado de 1837, com 3 fontes ilustrativas das Virtudes teologais: a fé, a
esperança e a caridade. A seguir à Fonte da Caridade, após 581 degraus,
encontra-se o Terreiro de Moisés, a que se segue o Adro e a Igreja do Bom
Jesus.
A Confraria do Bom Jesus levou
a cabo a construção de um elevador, inaugurado a 25 de março de 1882, o
primeiro a ser instalado na Península Ibérica, utilizando o sistema de
contrapeso de água. Toda esta área é circundada por parques, jardins e lagos
artificiais.