2020/05/07

Exposição virtual "Imagens parietais de períodos pré-históricos"


O estudo da pré-história, sobretudo no que respeita aos períodos mais recuados, fez desde cedo parte dos currículos escolares. As imagens parietais foram o recurso educativo mais utilizado, como forma de visualização dos diferentes aspetos destas épocas.
No que diz respeito a conceitos e divisões geomorfológicas, pode apontar-se a ERA que se subdivide em PERÍODOS que, por sua vez, se dividem em ÉPOCAS.
As imagens que constam desta exposição dizem respeito a várias eras e períodos. No período secundário que engloba, entre outras, a época Jurássica e Cretácica, assiste-se ao desenvolvimento da fauna e flora, com o apogeu dos dinossauros.
O período terciário caracteriza-se pela maior extensão dos mares e pela configuração das massas continentais. Abundam organismos marinhos, invertebrados, aves e sobretudo mamíferos. Assiste-se ao aparecimento dos primeiros hominídeos. A flora engloba sobretudo espécies do tipo tropical.
O período quaternário continua até aos dias de hoje, sendo considerado a época do Homem. Durante este espaço de tempo identificaram-se dezasseis glaciações. As espécies vegetais e animais desenvolvem-se como nunca, sobretudo os grandes mamíferos.
Pertencentes à mesma instituição, ES de Gil Vicente, as imagens são de dois tipos: coloridas, apresentando animais, plantas e alterações estruturais da crusta terrestre; a preto e branco, com esqueletos, fósseis e desenhos de reconstituição física dos animais.


ME/401857/128

Imagem parietal do período terciário
Escola Secundária Gil Vicente

Paisagem do período Jurássico, com representação da fauna previsivelmente existente à época. À esquerda, legenda principal; na parte de baixo, caracterização dos fósseis; à direita, cortes das camadas do solo e respetiva classificação.


ME/401857/129

Imagem parietal do período terciário
Escola Secundária Gil Vicente


Paisagem representando a fauna e a flora do período cretácico inferior. Do lado esquerdo, em cima, encontra-se a legenda das paisagens; na parte inferior, a caracterização dos fósseis e sua identificação. À direita, vêem-se as várias camadas do solo com a sua classificação. O quadro servia para ilustrar os conteúdos lecionados nas aulas de geologia.


ME/401857/2013

Imagem parietal do período terciário
Escola Secundária Gil Vicente

O quadro servia de apoio visual nas aulas de Ciências Naturais e Geologia, é uma impressão litográfica a cores sobre fundo claro.Na parte lateral superior esquerda, está a legenda, seguida a toda a largura de uma paisagem do período paleozóico antigo. Na parte superior vê-se umas ilhas com vegetação e solos, água e fundo do mar com fauna e flora marítima, previsivelmente existente à época. No canto inferior esquerdo, apresenta a legenda ilustrada com dezanove fósseis existentes na época. Na parte inferior direita, apresenta vários tipos de camadas de solo respetivamente classificados e identificados.


ME/401857/5

Imagem parietal do período terciário
Escola Secundária Gil Vicente

Quadro didático que apresenta, em cima, ao centro, o título: "Époque secondaire - Vertébrés". À direita, em cima está impresso o número 74. À esquerda, apresenta as mesmas indicações dos restantes quadros deste conjunto (Coleção, autor,). O quadro apresenta 7 ilustrações. Em cima, à esquerda, archeoptérix (pássaro do período jurássico, com legenda indicando a largura (0,30 m); ao centro, icithyornis - pássaro do período cretácico (0,25 de altura); à direita, o pterodáctilo - réptil voador da época secundária (0,24 de largura); no centro, à esquerda, ichtiosaurio - réptil marinho do período jurássico (8m de comprimento); à direita, estegossauro - réptil do período jurássico (10 m de comprimento); em baixo, à direita, a reconstituição do pterodáctilo. Também, ao fundo, ocupando toda a faixa inferior do quadro, brontossauro - réptil do período jurássico (16 m de comprimento). 

ME/401857/7

Imagem parietal do período terciário
Escola Secundária Gil Vicente

Quadro didático que apresenta, em cima, ao centro, o título «Époque tertiaire vertébrés». Em cima, à esquerda, indicação da coleção, nome e profissão do autor. Em cima, à direita, tem imprimido o número 77. O quadro apresenta nove ilustrações de vertebrados. Da esquerda para a direita e de cima para baixo estão representados: paléothérium (esqueleto); à direita, ligeiramente acima, o mesmo animal, restaurado; ao centro, dinothérium restaurado; à direita, ossos da cabeça do dinothérium. Na zona central, à esquerda, hipparion (1,30m de altura); à direita, brontops (esqueleto - 2,60 m de altura). Em baixo, cabeça de macherodus (mamífero, 0,25 de altura); dente de esqualo fóssil (0,10m de altura); cabeça de dinociras (0,80 de comprimento). 


ME/401857/10

Imagem parietal do período terciário
Escola Secundária Gil Vicente


O quadro apresenta, ao alto, na parte central, o título: «Époque quaternaire - Vertébrés». À esquerda, indicação do título da coleção, nome do autor e profissão. À direita, impresso, o número 80. Na margem esquerda superior, encontra-se o título da série, com indicação do nome e profissão do autor. O quadro é constituído por dez imagens dispostas em quatro linhas e com as seguintes legendas, da esquerda para a direita e de cima para baixo: 1. Dente molar de mamute; 2. mamute; 3. veado com grandes cornos; 4 megatério; 5. glyptodonte (panochins); 6. parte de um corno de veado; 7. gravura de mamute; 8. sobre marfim; 9. dinornis (pássaro); 10. gravura de urso das cavernas feito por um homem da época quaternária, sobre ardósia. 

MJS

2020/05/05

Primeiro Dia Mundial da Língua Portuguesa


Hoje, 5 de maio, comemora-se o Primeiro Dia Mundial da Língua Portuguesa. Mais de duas dezenas de personalidades da comunidade lusófona – da política, das letras, da música e do desporto – reúnem-se, num evento virtual, para assinalar este dia. Esta iniciativa resulta da união de esforços entre: Camões – Instituto da Cooperação e da Língua; Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP); a representação portuguesa na UNESCO; a ONUNews e a RTP. A data de 5 de maio como Dia Mundial da Língua Portuguesa foi ratificada por decisão da 40.ª conferência geral do conselho executivo da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), reunida em Paris, no passado mês de novembro.
A língua portuguesa é um dos mais importantes idiomas do mundo – é falado por mais de 260 milhões de pessoas, em todos os continentes. Trata-se de uma língua viva, em permanente evolução, que toma diferentes aspectos e contornos, nos diferentes territórios em que é escrita e falada. Ao longo de séculos tem sido instrumento e veículo de disseminação da cultura, e das tradições portuguesas, por todos aqueles que, na diáspora, continuando a utilizá-la, contribuem para que se mantenha viva e se torne, cada dia, mais global.

O contexto de pandemia que atravessamos obrigou a alterar o programa de comemorações, inicialmente traçado, e a fazer as festividades online. A abertura oficial do evento terá lugar hoje, às 15:30. A programação vai ser transmitida no site do Festival 5L, mas também nas páginas de Facebook da autarquia, das redes sociais do Instituto Camões e da Rede de Bibliotecas de Lisboa, contemplando debates e a exibição de curtas-metragens.
JMG
Fontes e informação complementar:

2020/05/04

Museu João de Deus



João de Deus Ramos Nogueira (1830 - 1896) nasceu em São Bartolomeu de Messines. Estudou no seminário de Faro, obtendo conhecimentos sólidos em várias áreas. Em 1849 completou estes estudos no Seminário de Coimbra, com o objetivo de ingressar na Universidade. Frequentou o primeiro ano de Direito na Universidade de Coimbra, mas em 1850 voltou para a sua terra natal.

Começou nesta época a escrever poemas e retomou mais tarde os estudos. O seu interesse pelo desenho também se iniciou nesta fase. Tocar e cantar fizeram parte da sua juventude.

Em 1859 terminou o curso e permaneceu em Coimbra. Em 1862 partiu para o Alentejo onde colaborou em vários jornais. Em 1864 regressa ao Algarve, candidatando-se a deputado pelo círculo de Silves. A partida para Lisboa em 1868 foi inevitável. No entanto, o seu desinteresse pela vida política era notório, optando por frequentar tertúlias nos cafés.

Em 1870 teve um convite da Casa Rolland para criar um método de leitura adaptado à língua portuguesa: a Cartilha Maternal ou Arte de Leitura, publicada em 1877. A partir de então a alfabetização e o ensino gratuito do povo tornou-se uma das missões da sua vida. Faleceu em 1896.

Museu João de Deus (Lisboa)


O Museu João de Deus – Bibliográfico, Pedagógico e Artístico foi inaugurado em 1917. O filho do poeta, João de Deus Ramos, juntamente com Afonso Lopes Vieira esteve por trás da fundação desta instituição cujos objetivos eram, à época, homenagear João de Deus e possuir uma biblioteca dedicada à cultura portuguesa.


O projeto foi da autoria de Raul Lino, com pinturas de Leal da Câmara. Por aqui passaram intelectuais como João de Barros, Aquilino Ribeiro, David Mourão Ferreira, entre outros, para a realização de sessões literárias.

De acordo com as normas do Museu temos vários pontos que constituem a sua missão:
“1.º - Conservar e prover o Museu como centro de irradiação literária, pedagógica e artística, para guarda e consulta – sob rigorosa catalogação – de todos os livros, jornais, revistas, manuscritos, documentos e objetos de que se compõe o recheio do mesmo museu”;
2.º - Promover e realizar no salão do museu sessões e exposições culturais;
3. º - Facultar aos investigadores e eruditos a leitura e consulta das obras existentes na biblioteca do museu.”

O espólio que podemos encontrar neste museu diz respeito aos objetos pessoais de João de Deus e do seu filho, gessos, obras de arte e uma biblioteca histórica com importantes manuais escolares e outro tipo de documentação: manuscritos de Francisco Teixeira de Queiroz, correspondência de Amália Vaz de Carvalho, cartas de João de Barros, obras de Ladislau Patrício, entre outros.

Biblioteca


A biblioteca do Museu consta de documentos históricos que remontam ao século XIX. O seu objetivo é a divulgação da memória cultural de João de Deus e do seu filho junto do público em geral.

O acervo documental inclui monografias, periódicos, cartografia, partituras musicais, fotografias e manuscritos em áreas como: Ciências da Educação, História da Educação, Psicologia e Pedagogia, Métodos de Iniciação à Leitura e Escrita, Literatura, Religião ou Filosofia.

Casa Museu João de Deus - Lisboa e S. Bartolomeu de Messines

Esta casa foi inaugurada em 1982, com o objetivo de perpetuar a memória de João de Deus, dos seus pertences e do seu quotidiano durante os três últimos anos da sua vida.

Na sua casa, com belas obras de arte, formava professores e recebia amigos.

Existe atualmente outra Casa Museu em S. Bartolomeu de Messines, inaugurada em 1997, na terra natal do poeta. Recria-se o ambiente em que João de Deus passou a sua infância e juventude. Inclui uma biblioteca e hemeroteca.



Para mais informações aceda à Associação de Jardins Escolas João de Deus 

MJS