2013/11/20

Volta (1745-1827) no Museu Virtual da Educação

(Imagem de Volta)

Alessandro Giuseppe Antonio Anastasio Volta (1745-1827) foi um físico italiano, conhecido pela invenção da pilha elétrica. Volta nasceu em Como, Itália, onde fez os seus estudos. A família desejava que seguisse a vida eclesiástica, pelo que ingressou na escola jesuíta. No entanto, Volta optou pelo estudo da física e abandonou a carreira eclesiástica.

Em 1775 dedicou-se ao aperfeiçoamento de uma máquina denominada eletróforo, um gerador de eletricidade estática, formado por um condensador de prato, inventado em 1762 por Johannes Carl Wilcke.


(Imagem do eletróforo de Volta)


O eletróforo de Volta consistia numa placa quadrangular e num disco de metal, munido de um cabo isolador. Esfregando a placa com um pano de lã, ela adquire carga elétrica negativa. Coloca-se depois, sobre a placa, o disco metálico e o seu estado neutro altera-se, ficando a face inferior carregada positivamente e a superior carregada negativamente, devido à influência da placa. Podemos depois descarregar a carga elétrica negativa para o solo, quando se toca o disco com o dedo, ficando este carregado positivamente. Esta carga pode servir, depois, para carregar um condensador.


(Imagem do eletróforo de Volta)


Entre 1776 e 1778 realizou vários estudos sobre a química dos gases, tendo conseguido isolar o metano. Em 1779 tornou-se professor de física na Universidade de Pavia, cargo que ocupou durante 25 anos.


(Imagem explicativa do funcionamento da pilha de Volta. Retirada da internet)



Cerca de 1800, Volta desenvolveu e construiu a primeira pilha elétrica, um equipamento que produzia corrente elétrica continua permitindo um excecional avanço na eletroquímica. Era composta por uma série de discos de cobre e de zinco, empilhados uns sobre os outros, alternadamente, o cobre para baixo e o zinco para cima, colocando-se entre os discos rodelas de pano de feltro, embebidas em água acidulada. Ao zinco do último disco superior liga-se um elétrodo e ao de cobre do último disco inferior liga-se o outro. A eletricidade do zinco comunica-se ao do cobre que lhe serve de condutor e nele se forma o polo negativo; a eletricidade do feltro é recebida pelo cobre do disco superior e passa ao zinco, onde se forma o polo positivo. A pilha de Volta tem apenas importância histórica uma vez que produz apenas correntes fracas e não tem aplicação prática, mas desta pilha derivam todas as outras.

Em setembro de 1801, Volta deslocou-se a Paris a convite de Napoleão Bonaparte, para efetuar algumas demonstrações sobre o seu novo invento, a pilha, no Institut de France. Em honra do seu trabalho foi nomeado Conde, por Napoleão.


(Imagem de uma Pilha de Volta)


Em 1815, Volta foi nomeado professor de filosofia da Universidade de Pádua, tendo falecido na sua cidade natal em 1827.

Os inventos e investigações de Volta foram fundamentais para o avanço da ciência na área da eletricidade. Apesar da pilha de volta não ter um uso corrente, contribuiu de forma decisiva para os avanços na área da física.

 

 

MJS

 

 

Bibliografia:

Museu Virtual da Educação (2013) [em linha].

http://edumuseu.sg.min-edu.pt/

[Consulta: 14 de Novembro de 2013]

 

Museu da Física da Escola Secundária Alexandre Herculano (2013) [em linha].

http://mfisica.nonio.uminho.pt/

[Consulta: 14 de Novembro de 2013]

 

E-física – Ensino de Física on line (2013) [em linha]

http://efisica.if.usp.br/eletricidade/basico/pilha/pilha_volta/

[Consulta: 14 de Novembro de 2013]

 

Baú da Física e Química. Instrumentos antigos de Física e Química de escolas secundárias em Portugal (2013) [em linha]

http://baudafisica.web.ua.pt/Default.aspx

[Consulta: 14 de Novembro de 2013]