2022/12/08

Invenções que mudaram o mundo: o relógio

 

Relógio de sol

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Escola Secundária da Batalha

Relógio de sol talhado em pedra, composto por uma superfície plana quadrangular que serve como mostrador, onde estão marcadas linhas que levam à numeração romana que indicam as horas. Ao centro surge um pino metálico, cuja sombra projetada sobre o mostrador funciona como um ponteiro de horas num relógio comum. À medida que a posição do sol varia, a sombra desloca-se pela superfície do mostrador, passando sucessivamente pelas linhas que indicam as horas. Junto ao pino metálico surge uma figura humanoide, de perfil, com nariz largo e lábios grossos. Da cabeça da figura saem quatro folhas, organizadas em cruz.


O relógio é um instrumento mecânico que mede intervalos de tempo, podendo ter várias formas e modos de funcionamento. É considerada uma das mais antigas invenções devido à necessidade de medir o tempo em intervalos mais curtos do que o dia ou a noite, o mês ou o ano.

As primeiras civilizações do Médio Oriente tentaram criar uma forma mais precisa de contagem do tempo. Os Sumários dividiram os dias em frações semelhantes a horas, mas existem poucos registos deste método. No Antigo Egipto foram erigidos obeliscos que se assemelhavam a relógios de sol. Podia seguir-se o movimento da sua sombra através de marcas na base. A partir de então os relógios de sol foram evoluindo.

A partir de 325 a. C., na Antiga Grécia, passaram a ser adotados os relógios de água ou clepsidras. Consistia num recipiente inclinado que deixava cair gotas de água através de um furo. As marcas que se encontravam no interior do recipiente permitiam calcular o tempo que tinha passado.

A par do relógio de água utilizou-se igualmente a ampulheta que se baseia num recipiente, no interior do qual se encontra areia ou outro material. A areia vai passando de um lado para outro através de um orifício. Esse intervalo de tempo que a areia leva a passar é a referência para a medição do tempo.

Só no século X é que aparecem os primeiros relógios de sol portáteis. Os relógios mecânicos apareceram cerca do século XIV: localizavam-se nas torres das cidades italianas e através de um sistema de peso e de uma vara que balançavam, regulavam o seu movimento.

No século XVI, Peter Henlein, na Alemanha, substitui o antigo sistema de peso por uma mola. Este primeiro relógio de bolso, apesar de se ter tornado muito popular pelas dimensões reduzidas, tinha alguns problemas: a mola perdia força conforme se desenrolava, comprometendo a sua exatidão.

Em 1656, Christiaan Huygens criou o primeiro relógio de pêndulo, baseado na descoberta do isocronismo de Galileu, ou seja, o período de tempo medido não depende do movimento oscilatório, mas sim do tamanho do pêndulo. Huygens aperfeiçoou o seu trabalho e reduziu a margem de erro até dez segundos por dia. Em 1675 este cientista criou o sistema de mola e roda de balanço. Em 1671, William Clement, em Londres inventou uma nova forma de regular o movimento através de uma espécie de âncora.


Relógio de pêndulo

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Escola Secundária Infante D. Henrique

Relógio de pêndulo, constituído por uma caixa de madeira pouco ornamentada, mostrador e pêndulo. Este tipo de relógio é um mecanismo que mede o tempo, baseando-se na regularidade da oscilação de um pêndulo. O topo da caixa apresenta um rebordo saliente, onde se encaixa o mostrador. Toda a zona frontal está coberta com vidro, pelo que se pode observar o mecanismo do relógio.


Em 1755 apareceu pela primeira vez em Paris um relógio de pulso, movido por uma corda através de uma roda no meio da esfera. Nos finais do século XIX popularizam-se os relógios de bolso, símbolo de estatuto social e riqueza.

Em 1904, Louis Cartier criou um relógio de pulso para ser utilizado pelo aviador Santos Dumont. O objetivo era poder controlar as horas sem ter de movimentar as mãos. Simultaneamente, Hans Wildorf, criador da Rolex, lança também um relógio de pulso.

A partir da Primeira Guerra Mundial, devido à necessidade dos soldados acederem rapidamente às horas, o relógio teve um desenvolvimento e uma difusão rápidos. Na década de 30, surgem os relógios de quartzo, que não possuíam um movimento mecânico, mas sim a radiação eletromagnética do quartzo. No entanto, esta tecnologia só foi amplamente compreendida a partir da década de 60.

O relógio digital também começou a surgir na década de 60, funcionando através de meios eletrónicos, com uma bateria que o alimenta. A grande descoberta do século XXI foi o relógio atómico que é o mais fiável e preciso até hoje, utilizando hidrogénio, rubídio e césio.


MJS

2022/12/05

Invenções que mudaram o mundo: o radar

 Imagem parietal de atividades humanas

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Escola Secundária de Gil Vicente

O quadro servia para introdução e alargamento de vocabulário nas aulas de línguas. O título está em três línguas: Inglês, ao fundo, à esquerda, alemão ao centro, em francês, ao fundo à direita. Em cima, à direita, impressa a informação: Bild n.º 6. Em cima, à esquerda, está impressa em alemão a indicação de que se trata de material didático e Köster. O quadro representa, a cores, um aeroporto. À esquerda ao fundo vê-se um radar e um avião no ar. Em baixo, primeiro plano, estão estacionados na pista vários aviões, com pessoal e várias viaturas à volta. À direita, está representado o edifício dos serviços do aeroporto e uma torre de controlo. 


O radar é um dispositivo que permite detetar objetos e a respetiva distância a que se encontram através da emissão de ondas eletromagnéticas. Estas ondas são refletidas pelos objetos e o cálculo entre a transmissão e a receção das mesmas permite localizar esses objetos. O radar tem este nome devido às iniciais em inglês: radio detection and ranging.

Em 1886, Heinrich Hertz demonstrou que as ondas eletromagnéticas podiam ser refletidas por objetos, gerando um eco radioelétrico.

Em 1895, Alexandre Popov, da Marinha Imperial Russa desenvolveu um aparelho que detetava relâmpagos a longa distância. Mais tarde testou este equipamento numa comunicação entre dois navios, detendo a presença de um terceiro navio. Percebeu assim que o equipamento poderia ser usado para detetar objetos.


(Imagem de um radar retirada da internet)

O primeiro radar foi construído em 1904 por Christian Hülsmeyer, mas não se conseguiu uma aplicação prática do mesmo. Os estudos de Hertz foram retomados por Marconi em 1922.

Em 1939 foi construído o primeiro radar por uma equipa liderada por Robert Watson Watt que melhorou a tecnologia utilizando o sistema de telemetria fixa e rotatória. Este aparelho foi crucial durante a Segunda Guerra Mundial, tendo sido os britânicos que o exploraram na defesa do território.

Um radar é constituído por um emissor, um modulador e um recetor. Existem sobretudo três tipos de radar que funcionam através de formas diferentes: modulação por impulsos; onda contínua; e ainda de frequência modelada ou deslizante. Atualmente o seu uso compreende várias áreas e é extremamente diversificado: controlo de tráfego aéreo e marítimo, exército, astronomia, sistemas de defesa antimíssil, monitorização meteorológica, controlo de tráfego automóvel, entre outros.


MJS