ME/160301/44
Escola
Secundária da Batalha
Relógio
de sol talhado em pedra, composto por uma superfície plana quadrangular que
serve como mostrador, onde estão marcadas linhas que levam à numeração romana
que indicam as horas. Ao centro surge um pino metálico, cuja sombra projetada
sobre o mostrador funciona como um ponteiro de horas num relógio comum. À
medida que a posição do sol varia, a sombra desloca-se pela superfície do
mostrador, passando sucessivamente pelas linhas que indicam as horas. Junto ao
pino metálico surge uma figura humanoide, de perfil, com nariz largo e lábios
grossos. Da cabeça da figura saem quatro folhas, organizadas em cruz.
O
relógio é um instrumento mecânico que mede intervalos de tempo, podendo ter
várias formas e modos de funcionamento. É considerada uma das mais antigas
invenções devido à necessidade de medir o tempo em intervalos mais curtos do
que o dia ou a noite, o mês ou o ano.
As
primeiras civilizações do Médio Oriente tentaram criar uma forma mais precisa
de contagem do tempo. Os Sumários dividiram os dias em frações semelhantes a
horas, mas existem poucos registos deste método. No Antigo Egipto foram
erigidos obeliscos que se assemelhavam a relógios de sol. Podia seguir-se o
movimento da sua sombra através de marcas na base. A partir de então os
relógios de sol foram evoluindo.
A
partir de 325 a. C., na Antiga Grécia, passaram a ser adotados os relógios de
água ou clepsidras. Consistia num recipiente inclinado que deixava cair gotas
de água através de um furo. As marcas que se encontravam no interior do
recipiente permitiam calcular o tempo que tinha passado.
A
par do relógio de água utilizou-se igualmente a ampulheta que se baseia num
recipiente, no interior do qual se encontra areia ou outro material. A areia
vai passando de um lado para outro através de um orifício. Esse intervalo de
tempo que a areia leva a passar é a referência para a medição do tempo.
Só
no século X é que aparecem os primeiros relógios de sol portáteis. Os relógios
mecânicos apareceram cerca do século XIV: localizavam-se nas torres das cidades
italianas e através de um sistema de peso e de uma vara que balançavam,
regulavam o seu movimento.
No
século XVI, Peter Henlein, na Alemanha, substitui o antigo sistema de peso por
uma mola. Este primeiro relógio de bolso, apesar de se ter tornado muito
popular pelas dimensões reduzidas, tinha alguns problemas: a mola perdia força
conforme se desenrolava, comprometendo a sua exatidão.
Em 1656, Christiaan Huygens criou o primeiro relógio de pêndulo, baseado na descoberta do isocronismo de Galileu, ou seja, o período de tempo medido não depende do movimento oscilatório, mas sim do tamanho do pêndulo. Huygens aperfeiçoou o seu trabalho e reduziu a margem de erro até dez segundos por dia. Em 1675 este cientista criou o sistema de mola e roda de balanço. Em 1671, William Clement, em Londres inventou uma nova forma de regular o movimento através de uma espécie de âncora.
ME/152171/237
Escola
Secundária Infante D. Henrique
Relógio
de pêndulo, constituído por uma caixa de madeira pouco ornamentada, mostrador e
pêndulo. Este tipo de relógio é um mecanismo que mede o tempo, baseando-se na
regularidade da oscilação de um pêndulo. O topo da caixa apresenta um rebordo
saliente, onde se encaixa o mostrador. Toda a zona frontal está coberta com
vidro, pelo que se pode observar o mecanismo do relógio.
Em
1755 apareceu pela primeira vez em Paris um relógio de pulso, movido por uma
corda através de uma roda no meio da esfera. Nos finais do século XIX
popularizam-se os relógios de bolso, símbolo de estatuto social e riqueza.
Em
1904, Louis Cartier criou um relógio de pulso para ser utilizado pelo aviador
Santos Dumont. O objetivo era poder controlar as horas sem ter de movimentar as
mãos. Simultaneamente, Hans Wildorf, criador da Rolex, lança também um relógio
de pulso.
A
partir da Primeira Guerra Mundial, devido à necessidade dos soldados acederem
rapidamente às horas, o relógio teve um desenvolvimento e uma difusão rápidos.
Na década de 30, surgem os relógios de quartzo, que não possuíam um movimento
mecânico, mas sim a radiação eletromagnética do quartzo. No entanto, esta
tecnologia só foi amplamente compreendida a partir da década de 60.
O
relógio digital também começou a surgir na década de 60, funcionando através de
meios eletrónicos, com uma bateria que o alimenta. A grande descoberta do
século XXI foi o relógio atómico que é o mais fiável e preciso até hoje,
utilizando hidrogénio, rubídio e césio.
MJS