Motor de explosão a dois tempos
ME/152171/100
Escola Secundária Infante D. Henrique
Instrumento utilizado em contexto das práticas pedagógicas nas aulas de Física/ Mecânica. Trata-se de um modelo de motor de combustão interna de mecanismo simples, ou seja, ocorre um ciclo de admissão, compressão, expansão e exaustão de gases a cada volta do eixo. Ao contrário do motor de quatro tempos, as etapas de funcionamento não ocorrem de forma bem demarcada, havendo admissão e exaustão de gases simultaneamente. Os dois tempos são por um lado, compressão e admissão, e por outro escape e transferência de calor.
O
motor de combustão é uma máquina que transforma a energia proveniente de uma
reação química- combustão- em energia mecânica. A combustão ocorre no interior
de uma câmara do motor que contém um pistão responsável pela criação do
movimento. Os dois tipos de motores mais importantes utilizam como combustível
a gasolina ou gasóleo e o motor Diesel.
São
geralmente constituídos por uma câmara de combustão e um número variável de
cilindros verticais. Para que o combustível chegue ao motor é preciso um
depósito, uma bomba de injeção de combustível e um carburador, que transforma o
combustível liquido em gasoso.
A
invenção deste motor teve vários contributos desde o século XVII, quando
Christiaan Huygens teve a ideia de utilizar pólvora para acionar as bombas de água
que forneciam o Palácio de Versalhes.
Em
1794 Thomas Mead registou um motor a gás e Robert Street registou um motor de
combustão interna que utilizou pela primeira vez um combustível líquido.
O
primeiro motor de combustão interna a ser patenteado em 1823 deve a sua autoria
a Samuel Brown Este projeto utilizava a pressão atmosférica para funcionar e
teve aplicação industrial. Em 1826 surge o primeiro registo de um carburador
feito por Samuel Morey nos Estados Unidos.
Em
1854 Eugenio Barsanti e Felice Matteucci inventaram e registaram a patente de
um motor de combustão utilizando o principio do pistão líquido que ficou
conhecido como o motor Barsanti-Matteucci.
Em
1864, Nikolaus Otto patenteou o primeiro motor a gás atmosférico. Mais tarde,
em 1876, em conjunto com Gottlieb Daimler e Wilhelm Maybach, registaram o motor
a quatro tempos. Karl Benz, em 1879 registou o motor a gasolina de dois tempos,
iniciando a produção comercial de veículos com este tipo de motor. Em 1892
Rudolf Diesel desenvolveu o motor de ignição por compressão (a diesel),
patenteado em 1893.
Motor de explosão a quatro tempos
ME/152171/101
Escola Secundária Infante D. Henrique
Instrumento utilizado em contexto das práticas pedagógicas nas aulas de Física/Mecânica. Trata-se de corte de um motor de explosão montado numa base donde se eleva um corpo metálico formado por uma superfície circular que se prolonga por um semicilindro. Da parte central deste, sai para a esquerda, um tubo de admissão e para a direita um tubo idêntico de expulsão de gases, ligados a uma engrenagem que aciona os êmbolos. Na parte esférica, é visível uma alavanca com eixo excêntrico para a transmissão de movimento. Na parte anterior da peça, junto da base, vê-se uma manivela circular que ao ser acionada faz rodar duas rodas dentadas em plástico, fazendo a demonstração do movimento. Os quatro tempos do motor são: admissão; compressão; combustão; e escape.
Seguiram-se
anos de múltiplos aperfeiçoamentos e avanços na área do motor de combustão. Em
1925 Jonas Hesselman utiliza a injeção direta de gasolina num motor com velas
de ignição. Em 1935 Hans von Ohain juntamente com Ernst Heinkel desenvolvem o
primeiro motor a jato e em 1939 concretiza-se o primeiro voo com este tipo de
motor.
A
partir dos anos 50 desenvolve-se um motor de quatro tempos nos Estados Unidos,
bem como o conceito de motor de pistão livre, sem manivela. A durabilidade e a
velocidade que permitiram mudaram a forma de viajar, encurtando distâncias e
permitindo uma rapidez notoriamente mais elevada.
MJS