2022/01/06

Arquivo de Conservação e Restauro

(Imagem parcial de uma peça decorativa retirada do site do Arquivo de Conservação e Restauro)

O Arquivo de Conservação e Restauro situa-se no anexo à Biblioteca de Conservação e Museus, na Rua das Janelas Verdes, em Lisboa, sendo possível a sua consulta, mediante marcação prévia via e-mail.

A origem deste arquivo deve-se ao Laboratório de Exame de Obras de Arte, constituído nas primeiras décadas do séc. XX no Museu Nacional de Arte Antiga. Foi impulsionado por José de Figueiredo e João Couto, acabando por se constituir formalmente com o nome de Instituto de José de Figueiredo (IJF), em 1965. Cada peça analisada ou intervencionada no Instituto, bem como todos os itens observados ou tratados em todas as regiões do País, deram origem a um relatório escrito.

Atualmente o Arquivo Técnico integra atualmente 20.000 processos de conservação e restauro e de laboratório, que incluem relatórios, apontamentos, documentos de correspondência, gráficos, esquemas, tabelas, desenhos, plantas, croquis, transparentes, esquissos, fotografias, fotografias impressas e coladas em cartões, raios-x, diapositivos, recortes e/ou artigos de publicações, fotocópias de informação diversa, amostras de materiais diversos, CD e DVD. A documentação fotográfica e radiográfica inclui cerca de 80.000 originais.

As atribuições da Direção-Geral do Património Cultural incluem a política de salvaguarda, investigação e conservação dos bens culturais móveis e integrados, propriedade do Estado, de outras entidades e de particulares. Desta forma, foi criado o Laboratório José de Figueiredo, com os seguintes objetivos: pronunciar-se sobre propostas de conservação e restauro a realizar em bens culturais, realizar intervenções de conservação, promover projetos de investigação na área da conservação e restauro, bem como estudos técnicos; propor medidas no âmbito da conservação preventiva de bens culturais, conceber e divulgar as normas e orientações técnicas relativas à conservação e restauro; promover a formação de profissionais integrados nas diversas áreas de especialização; creditar a qualificação de entidades que exerçam atividades de conservação e restauro; promover parcerias e prestar assistência técnica e científico a outras entidades e a profissionais nas suas áreas de competência.

A equipa do LJF é constituída por equipas multidisciplinares de conservadores-restauradores, físicos, químicos, biólogos e técnicos de fotografia e radiografia. As áreas de atuação são: o Laboratório Analítico; o Laboratório Fotográfico e Radiográfico; Escultura; Metal/Ourivesaria; Mobiliário; Papel; Pintura/Pintura Mural; Talha e Têxteis.

 

MJS

2022/01/03

Arquivo de Arqueologia Portuguesa

 

(Imagem parcial de uma peça de cerâmica retirada do site do Arquivo de Arqueologia Portuguesa)

O Arquivo de Arqueologia Portuguesa fica sediado no Palácio da Ajuda, Ala Norte, em Lisboa. Trata-se do maior e mais abrangente fundo arquivístico de arqueologia, a nível nacional, que inclui conjuntos documentais das instituições públicas com competência sobre a gestão do património arqueológico.

Os documentos mais antigos remontam aos anos 40 do século XX e provêm do arquivo da Junta Nacional de Educação. No final de 2013, o Arquivo da Arqueologia Portuguesa integrava mais de 17000 processos, cerca de 500.000 documentos. É possível a consulta da documentação no local mediante marcação prévia via e-mail.

Trata-se de um arquivo indispensável na gestão da atividade arqueológica, uma vez que a sua consulta é indispensável para projetos de investigação, pedidos de autorização, relatórios de trabalhos arqueológicos, estudos de impacte ambiental, instrumentos de ordenamento do território e processos de gestão urbanística. Toda a documentação que decorre destes processos é integrada no Arquivo da Arqueologia Portuguesa, que é constantemente atualizado.

Este arquivo é essencialmente científico e técnico e inclui documentação relativa a sítios arqueológicos e respetivos trabalhos (relatórios de escavação, prospeção, acompanhamento, conservação, valorização, etc), documentação de investigação ou de âmbito preventivo, informações sobre a monitorização e estado de conservação dos sítios, documentação sobre projetos de investigação e elementos sobre a história da investigação e gestão do património arqueológico português.

Os documentos físicos e digitais são na sua maioria produzidos por arqueólogos, de natureza científica e técnico-administrativa. Trata-se, por isso, de um arquivo misto, histórico e corrente, uma vez que se encontra em permanente constituição e atualização.

A organização arquivística e disponibilização pública deste acervo passará necessariamente por um processo de digitalização que permita a racionalização da gestão e consulta deste importante fundo documental.

Foi já iniciado o processo de digitalização de documentos e de receção de documentos digitais, nomeadamente de relatórios de trabalhos arqueológicos, sendo que alguns destes conteúdos já estão disponíveis para consulta na internet.

 

 

MJS