O Arquivo de Arqueologia Portuguesa fica
sediado no Palácio da Ajuda, Ala Norte, em Lisboa. Trata-se do maior e mais
abrangente fundo arquivístico de arqueologia, a nível nacional, que inclui
conjuntos documentais das instituições públicas com competência sobre a gestão
do património arqueológico.
Os documentos mais antigos remontam aos anos 40 do século XX e provêm do arquivo da Junta Nacional de Educação. No final de 2013, o Arquivo da Arqueologia Portuguesa integrava mais de 17000 processos, cerca de 500.000 documentos. É possível a consulta da documentação no local mediante marcação prévia via e-mail.
Trata-se de um arquivo indispensável na gestão
da atividade arqueológica, uma vez que a sua consulta é indispensável para projetos
de investigação, pedidos de autorização, relatórios de trabalhos arqueológicos,
estudos de impacte ambiental, instrumentos de ordenamento do território e
processos de gestão urbanística. Toda a documentação que decorre destes
processos é integrada no Arquivo da Arqueologia Portuguesa, que é
constantemente atualizado.
Este arquivo é essencialmente científico e
técnico e inclui documentação relativa a sítios arqueológicos e respetivos
trabalhos (relatórios de escavação, prospeção, acompanhamento, conservação,
valorização, etc), documentação de investigação ou de âmbito preventivo,
informações sobre a monitorização e estado de conservação dos sítios,
documentação sobre projetos de investigação e elementos sobre a história da
investigação e gestão do património arqueológico português.
Os documentos físicos e digitais são na sua
maioria produzidos por arqueólogos, de natureza científica e
técnico-administrativa. Trata-se, por isso, de um arquivo misto, histórico e
corrente, uma vez que se encontra em permanente constituição e atualização.
A organização arquivística e disponibilização
pública deste acervo passará necessariamente por um processo de digitalização
que permita a racionalização da gestão e consulta deste importante fundo
documental.
Foi já iniciado o processo de digitalização de
documentos e de receção de documentos digitais, nomeadamente de relatórios de
trabalhos arqueológicos, sendo que alguns destes conteúdos já estão disponíveis
para consulta na internet.
MJS
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