2022/01/03

Arquivo de Arqueologia Portuguesa

 

(Imagem parcial de uma peça de cerâmica retirada do site do Arquivo de Arqueologia Portuguesa)

O Arquivo de Arqueologia Portuguesa fica sediado no Palácio da Ajuda, Ala Norte, em Lisboa. Trata-se do maior e mais abrangente fundo arquivístico de arqueologia, a nível nacional, que inclui conjuntos documentais das instituições públicas com competência sobre a gestão do património arqueológico.

Os documentos mais antigos remontam aos anos 40 do século XX e provêm do arquivo da Junta Nacional de Educação. No final de 2013, o Arquivo da Arqueologia Portuguesa integrava mais de 17000 processos, cerca de 500.000 documentos. É possível a consulta da documentação no local mediante marcação prévia via e-mail.

Trata-se de um arquivo indispensável na gestão da atividade arqueológica, uma vez que a sua consulta é indispensável para projetos de investigação, pedidos de autorização, relatórios de trabalhos arqueológicos, estudos de impacte ambiental, instrumentos de ordenamento do território e processos de gestão urbanística. Toda a documentação que decorre destes processos é integrada no Arquivo da Arqueologia Portuguesa, que é constantemente atualizado.

Este arquivo é essencialmente científico e técnico e inclui documentação relativa a sítios arqueológicos e respetivos trabalhos (relatórios de escavação, prospeção, acompanhamento, conservação, valorização, etc), documentação de investigação ou de âmbito preventivo, informações sobre a monitorização e estado de conservação dos sítios, documentação sobre projetos de investigação e elementos sobre a história da investigação e gestão do património arqueológico português.

Os documentos físicos e digitais são na sua maioria produzidos por arqueólogos, de natureza científica e técnico-administrativa. Trata-se, por isso, de um arquivo misto, histórico e corrente, uma vez que se encontra em permanente constituição e atualização.

A organização arquivística e disponibilização pública deste acervo passará necessariamente por um processo de digitalização que permita a racionalização da gestão e consulta deste importante fundo documental.

Foi já iniciado o processo de digitalização de documentos e de receção de documentos digitais, nomeadamente de relatórios de trabalhos arqueológicos, sendo que alguns destes conteúdos já estão disponíveis para consulta na internet.

 

 

MJS

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