2020/04/24

Ligados pelo Teletrabalho


O chamado “teletrabalho”, ou trabalho remoto, inundou as nossas vidas. Derivado de uma situação que ninguém conseguiu predizer, encontrámo-nos, de um momento para o outro, confinados ao perímetro das nossas casas, mas com a mesma necessidade de continuar a comunicar e de… trabalhar. Em muitos casos, o espaço familiar não estará adaptado e vocacionado para receber esta nova realidade. O encerramento repentino de muitos serviços, e o isolamento de quem trabalha em casa, tornou-se um reflexo desta nova realidade.
Também a Direcção de Serviços de Documentação e de Arquivo (DSDA), da SGEC, forçada pelo presente contexto, teve de suspender o trabalho presencial e prosseguir com as suas diversas tarefas, a partir da casa de cada um. De forma a procurar manter rotinas e o contacto com os seus utilizadores – continuando a responder com eficácia às questões que lhe são dirigidas – a DSDA redireccionou a sua acção para um maior enfoque no digital, procurando disponibilizar, diariamente, informação pertinente, e adequada, às exigências manifestadas. Deste modo, através de correio electrónico procura suprimir as necessidades dos seus utilizadores e partindo dos recursos e ferramentas disponíveis, digitaliza, e disponibiliza, documentação (texto e imagem) online, que pode ser consultada, à distância de um clique.
Consciente do papel crucial desempenhado pelas tecnologias de informação e comunicação no trabalho à distância – e da importância de manter a dinâmica da equipa e os laços de colaboração – criou-se um grupo na rede WhatsApp que permite que os profissionais da DSDA (através de mensagens curtas ou videochamadas) interajam e encontrem as respostas e soluções mais adequadas às diversas questões, ou dificuldades, que se lhes deparam (tanto a nível interno, como externo). Procurando tirar maior partido das actuais circunstâncias, a equipa tem também vindo, gradualmente, a actualizar instrumentos de acesso à informação, e bases de dados, e a publicar informação (notícias e artigos) online, de modo constante.
O blogue BAME (Museus, Bibliotecas e Arquivos da Educação) e o Museu Virtual da Educação, constituem, porventura, exemplos maiores da missão e da vontade desta equipa, em levar a um crescente número de pessoas o conhecimento e a riqueza do património histórico da Educação em Portugal.

Consulte os recursos digitais da DSDA ao dispor de todos:


                ArquivoHistórico do MEC
                BAME
                Património Museológico da Educação
                Sistema Integrado de Bibliotecas - SIBME
                Pesquisa agregada da Educação e Ciência
                Salade Leitura Virtual - serviços 



JMG

2020/04/23

Exposição Virtual : "Mapas da Europa no Museu Virtual da Educação"


Esta exposição tem como tema os mapas históricos e geográficos do continente Europeu. São mapas produzidos por diversas casas dedicadas especificamente à educação e pedagogicamente orientadas para o uso por parte de professores em contexto de sala de aula. A importância destes materiais deve-se ao fato de serem bastante coloridos e muito simples no que respeita à legendagem, o que foi verdadeiramente inovador. Adaptam-se à idade dos alunos e à sua capacidade de compreensão dos temas abordados. Incluem-se mapas políticos, geográficos, climáticos e históricos.
A Europa é o segundo menor continente em extensão territorial e o quarto mais populoso. Sob o ponto de vista geográfico, a Europa é uma grande península da massa continental asiática. Tradicionalmente, a divisão entre dois continentes é considerada coincidente com os montes Urais, que cortam a Rússia de norte a sul, e com o rio Ural, que desagua no mar Cáspio. Ao sul, a divisão é assinalada convencionalmente pelas montanhas do Cáucaso e pelo mar Negro. A Europa possui uma área de 10.360.000 km² e está separada de África pelo mar Mediterrâneo e pelo estreito de Gibraltar. Muitas extensões da costa irregular do continente formam penínsulas, como a Escandinávia, ao norte, e as penínsulas Ibérica, Itálica e Balcânica, ao sul. A estrutura geológica da Europa é marcada pela elevação relativamente recente da cadeia alpina, que corta o continente de leste a oeste incluindo os Pirenéus, os Alpes, os Apeninos, os Cárpatos, os Balcãs e o Cáucaso. O continente apresenta igualmente uma complexa rede hidrográfica, com grandes rios como o Volga, na Rússia, e o Danúbio, que atravessa territórios (ou delimita fronteiras) da Alemanha, Áustria, República Checa, Croácia, Hungria, Sérvia, Roménia, Bulgária e Ucrânia. Grande parte do continente é constituída por planícies férteis, que se estendem das costas do Atlântico até os Urais. À exceção das grandes áreas polares da Escandinávia e da Rússia, o clima é de modo geral temperado. A Europa possui grande diversidade linguística: são faladas cerca de 60 línguas, quase todas da família indo-europeia. A religião predominante é o cristianismo, incluindo o Catolicismo Romano, o Protestantismo e a Igreja Ortodoxa.



ME/400117/311
Mapa político da Europa
Título : "Os Países da Europa"
ME/Escola Secundária D. Pedro V

O mapa servia para ilustrar as matérias de História/Geografia. Trata-se de um mapa multicolor onde se apresentam os diferentes países da Europa no ano de 1993. No canto superior direito identifica-se o seu autor/editor - Justus Perthes Verlag. Todas as referências estão escritas em Português. 
Escala - 1: 6 000 000


ME/160301/92

Mapa físico da Europa
Título : "Europa"
ME/Escola Secundária da Batalha

Mapa físico, colorido, representando os países da Europa e respectiva morfologia, utilizado no contexto das práticas pedagógicas nas aulas de Geografia. Utiliza-se a comum escala de cores relativamente ao relevo, sendo o verde escuro correspondente a planícies e o laranja forte a montanhas.
Escala - 1: 6 000 000

ME/340881/49

Mapa climático e de vegetação da Europa
Título : "Europa. Clima y Vegetation"
ME/Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos D. Martinho Vaz de Castelo Branco

Mapa colorido representando o clima e a vegetação da Europa, utilizado no contexto das práticas pedagógicas nas aulas de Geografia. Apresenta na zona central quatro mapas da Europa que indicam a temperatura e a pressão atmosférica em janeiro, a temperatura e a pressão atmosférica em julho, a precipitação média anual e a vegetação. Dos lados direito e esquerdo são apresentados gráficos de barras e climogramas de várias cidades europeias.
Escala - 1: 12 000 000

ME/400117/389

Mapa da Europa no Século V
Título : "Europa en al año 476 caída del Imperio Romano de Occidente"
ME/Escola Secundária D. Pedro V

O mapa servia para ilustrar as aulas de História/Geografia. Mapa multicolor que apresenta as possessões do império romano no ocidente, no ano de 476 até à sua queda. Considera-se que o Império Romano do Ocidente terminou com a abdicação de Rómulo Augusto em 4 de Setembro de 476, forçada pelo chefe germânico Odoacro. O mapa apresenta a legenda no canto inferior esquerdo. 
Escala - 1: 6 000 000

ME/400180/14

Mapa da Europa no Século XVI
Título : "Europe at the time of Charles V. 1519-1556"
ME/ Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte

Mapa colorido utilizado em contexto das práticas pedagógicas nas aulas de História. Trata-se de um mapa da Europa ao tempo do Imperador Carlos V (1519-1556), onde se podem observar os diversos reinos, repúblicas e impérios. A legenda, em baixo, indica as zonas de domínio dos Habsburgos, bem como a rota da armada espanhola em 1588. Também está representada a orla Norte Africana até ao Egipto, com as principais cidades e respectivas tutelas. No canto inferior esquerdo, visualiza-se um mapa menor relativo aos Países Baixos em 1603, distinguindo-se as Províncias Unidas da Holanda das Províncias sob domínio de Carlos V.
Escala - não identificada

ME/400270/811

Mapa da Europa após a I Guerra Mundial
Título : "L´ Éurope après la 1.ère Guerre Mondiale (1919-1923)"
ME/ Escola Secundária Jácome Ratton

.Mapa geopolítico, colorido, da Europa após a Primeira Guerra Mundial (1919-1923), utilizado no ensino da História. No canto superior direito encontra-se o título do mapa, bem como o autor e a respectiva legenda.
Escala - 1: 4 100 000

MJS

2020/04/22

CML: Museu Lisboa - Visita virtual às Galerias Romanas da Rua da Rua Prata


O Museu de Lisboa é um museu polinucleado do qual fazem parte o Palácio Pimenta, o Teatro Romano, o Museu de Santo António, o Torreão Poente e a Casa dos Bicos. O seu objetivo é dar a conhecer a riqueza cultural de Lisboa.
O novo núcleo diz respeito às Galerias Romanas da Rua da Prata, descobertas no subsolo da Baixa de Lisboa, em 1771, na sequência do Terramoto de 1755. Atualmente encerradas, apenas abrem ao público duas vezes por ano. No entanto, está disponível online uma visita virtual na qual pode descobrir todas as potencialidades destas galerias.

2020/04/20

Série Escolar Educação - uma série que marcou uma época




Ao lembrarmos o manual escolar “O A B C”, que conheceu diversas edições, recordamos, e evocamos, o nome do seu autor: António Figueirinhas.

António Figueirinhas (António Simões Figueirinhas, de seu nome completo), nasceu em Vouzela, em 1865, e faleceu na cidade do Porto em 1945. Iniciou estudos em Teologia mas acabou por realizar o curso do Magistério Primário. Fundou em Oliveira de Frades o Colégio Viriato, mais tarde transferido para Viseu. A ele se devem, igualmente, diversos periódicos, como O Lafões, O Porto e O Meu Jornal. Colaborou de modo muito expressivo no semanário Educação Nacional, ajudando a defender muitas das posições e dos pontos de vista do professorado português. Aliás, destacou-se mesmo por ter sido um dos principais representantes do professorado primário, nas primeiras décadas da república portuguesa, e por ter estado na primeira fila na defesa dos interesses da classe da categoria profissional a que pertencia.

Na qualidade de livreiro-editor fundou a Livraria A. Figueirinhas e a Editora Educação Nacional, a que se deve a edição da monografia em destaque. Para além da sua faceta de pedagogo, Figueirinhas estendeu o seu campo de actuação na área da Educação, tendo-se mesmo tornado proprietário de uma fábrica de móveis escolares e de um internato feminino (Colégio de Santa Isabel, no Porto).

O exemplar de “O A B C”, manual de iniciação à leitura, da Série Escolar Educação (a que recorremos), é a 2.ª edição, com data de 1938 (no prefácio) e pode ser consultado contactando a Direcção de Serviços de Documentação e de Arquivo, da Secretaria Geral da Educação e Ciência. De qualquer modo, este serviço faculta o acesso a diversos outros manuais deste, e de mais autores.




O Portugal de finais do século XIX/inícios de XX, era um país profundamente desigual, com grandes assimetrias, em que cerca de 80% da população era analfabeta. António Figueirinhas e os seus empreendimentos na área da educação inserem-no no grupo daqueles que procuraram mudar o rumo da educação em Portugal. Através da redacção e divulgação de manuais deste teor, Figueirinhas tornou-se uma figura de destaque na área da Educação e Pedagogia. Durante as primeiras décadas do século vinte, os manuais de António Figueirinhas foram muito apreciados pelos seus pares, tendo sido em determinada altura os mais difundidos e utilizados nas escolas primárias.

JMG


Fontes (informação complementar):
“António Figueirinhas, um empresário da educação no alvorecer da República Portuguesa”, por Luiz Carlos Barreira [consultado em 17.03.2020]

Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011