2024/10/21

Instalações para o ensino (1968 a 1972) - Ministério das Obras Públicas - Liceus: Liceu Nacional de D. Dinis, Olivais - Lisboa

 

- Liceu Nacional de D. Diniz -

O Ministério das Obras Públicas concluiu 42 edifícios, no período decorrente de 1968 a 1972, destinados a estabelecimentos dos cursos preparatório, secundário e médio. A título de divulgação, neste post, daremos a conhecer - o Liceu Nacional de D. Diniz, Olivais - Lisboa.


(Na imagem podem observar-se os vários pavilhões que constituem a escola)


(No topo, a imagem de um laboratório de química com várias bancadas e instrumentos científicos. Em baixo, uma imagem de uma sala de aula e a ficha técnica com a identificação da escola, a dimensão da área coberta, a dimensão da superfície de pavimentos, o custo total das instalações, a data de conclusão da obra, a população escolar e a discriminação das dependências)

 

 

Ministério das Obras Públicas (1973). Novas Instalações para o ensino construídas 

entre1968 e 1972. Lisboa: Direcção-Geral das Construções Escolares.

 

 

P. M. 


2024/10/17

Educadores Portugueses dos séculos XIX e XX: António Leal de Oliveira (1894 – 1977)

 


(Imagem do autor retirada de Dicionário de educadores portugueses)


António Francisco Palermo Leal de Oliveira nasceu a 26 de julho de 1894 em Faro, filho de António Palermo de Oliveira e de Maria Apolinária Palermo Real de Oliveira.

Entre 1905 e 1911 foi aluno do Real Colégio Militar. De seguida, ingressou na Escola do Exército onde frequentou o Curso de Cavalaria, a Escola de Equitação e a Escola de Esgrima. Inscreveu-se igualmente no Curso Normal de Educação Física na Escola Normal Superior de Lisboa. Em 1927 concluiu o curso no Instituto Superior de Educação Física da Universidade de Gand, na Bélgica e em 1929, seguiu-se o doutoramento. Posteriormente aperfeiçoou os estudos na Suécia.

No regresso a Portugal, fez parte da Comissão Superior de Educação Física do Exército e canalizou os seus esforços para a criação de um instituto específico para a formação de docentes de educação física. Lecionou ginástica e esgrima no Colégio Militar.

A dificuldade em criar uma escola oficial fez com que fundasse a Escola Superior de Educação Física da Sociedade de Geografia de Lisboa, em funcionamento de 1930 a 1940. Aqui ensinou Metodologia da Educação Física e da Ginástica.

Devido à sua insistência, em 1940 foi criado o Instituto Nacional de Educação Física, onde exerceu as funções de subdiretor. Esta instituição foi a precursora da Faculdade de Motricidade Humana.

Em 1947 presidiu à organização do Congresso Europeu da Federação Internacional de Ginástica Ling. Entre 1959 e 1970 foi Presidente da Federação Internacional de Educação Física. Durante a sua vida, colaborou em inúmeras publicações periódicas e em congressos e conferências na área da Educação Física.

Este pensador defendeu a importância do exercício físico na formação integral dos alunos. Em 1931, na obra A Educação Física escolar e militar na Bélgica e alguns dos seus aspetos em Portugal, demonstrou a necessidade da existência de um espaço adequado à prática desportiva e, sobretudo, da formação de professores.

O seu conceito de ginástica implicava o desenvolvimento das funções motoras do indivíduo tendo em vista os efeitos positivos no corpo humano. Em 1946 publicou o Manual de Ginástica onde abordou temas como a metodologia, a higiene e os princípios formativos. A sua ideia foi adequar a prática da ginástica à ideologia nacionalista do Estado Novo.

 

 

Fonte principal: Dicionário de educadores portugueses / dir. António Nóvoa. - Porto : ASA, 2003.


MJS


2024/10/14

Peça do mês de outubro/2024

 

(Imagem de um semeador retirada do Museu Virtual da Educação)



Semeador

 

Carro semeador, utilizado como instrumento de sementeira. Possui uma estrutura de ferro que suporta caixa retangular tripartida em pequenas caixas paralelas. Na frente encontram-se um eixo e duas rodas raiadas. Na zona anterior, um outro eixo acompanha longitudinalmente a estrutura do carro, com volante.  Possui duas rabiças de madeira, encurvadas, bico de ferro regulável, roda de ferro raiada à frente, com carreto, onde engrena uma corrente que faz a transmissão ao tambor. Duas hastes de ferro articuladas assinalam o espaço entre cada linha de sementeira. Tração de duas pessoas, uma à frente e outra atrás.

A peça está inventariada com o número ME/402060/19 e pertence ao espólio museológico da Escola Secundária de Lousada.


MJS



2024/10/10

Instalações para o ensino (1968 a 1972) - Ministério das Obras Públicas - Liceus: Liceu Nacional de António Nobre, Porto

 

- Liceu Nacional de António Nobre -

O Ministério das Obras Públicas concluiu 42 edifícios, no período decorrente de 1968 a 1972, destinados a estabelecimentos dos cursos preparatório, secundário e médio. A título de divulgação, neste post, daremos a conhecer - o Liceu Nacional de António Nobre, Porto.



(No canto superior direito pode observar-se um pátio. Em baixo, a imagem de alguns pavilhões)


(No topo, a imagem do ginásio. Em baixo, a ficha técnica com a identificação da escola, a dimensão da área coberta, a dimensão da superfície de pavimentos, o custo total das instalações, a data de conclusão da obra, a população escolar e a discriminação das dependências)

 

 

Ministério das Obras Públicas (1973). Novas Instalações para o ensino construídas entre

1968 e 1972. Lisboa: Direcção-Geral das Construções Escolares.

 

 

P. M. 



2024/10/07

Educadores Portugueses dos séculos XIX e XX: António Feliciano de Castilho (1800 – 1875)



(Fotografia de Feliciano de Castilho retirada da internet)


António Feliciano de Castilho nasceu a 28 de janeiro de 1800 em Lisboa, filho de José Feliciano de Castilho Barreto, médico da Real Câmara, e de Domicilia Máxima Doroteia e Silva Castilho.

Teve vários problemas de saúde na infância que resultaram na cegueira aos 6 anos de idade. Desta forma, não aprendeu a ler nem a escrever, embora tenha sido discípulo do padre José Fernandes com quem estudou latim. Desde sempre mostrou apetência para a poesia, tendo publicado aos 16 anos o Epicédio na morte da Augustíssima Senhora D. Maria I, Rainha Fidelíssima. Em 1918 publicou À faustíssima Aclamação de S. M. o S. D. João VI ao trono e em 1820 a Ode à morte de Gomes Freire e seus Sócios e A Liberdade.

Concluiu a licenciatura em Cânones na Universidade de Coimbra, com o apoio do seu irmão Augusto Frederico de Castilho. Posteriormente, Augusto optou pelo sacerdócio, tendo sido destacado para a paróquia de São Mamede em Castanheira do Vouga. Feliciano viveu aí, junto do irmão, até 1834.

Apesar da conjuntura política instável e das Guerras Liberais, este foi um período em que Feliciano de Castilho se dedicou ao estudo e tradução dos clássicos.

No final de 1834, casou com D. Maria Isabel de Baena Coimbra Portugal que faleceu em 1837, sem filhos.

Em 1839 publicou vários fascículos intitulados Quadros Históricos no jornal O Panorama, com o objetivo de divulgar a história de Portugal. Nesta data celebrou casamento com D. Ana Carlota Xavier Vidal, do qual resultaram sete filhos.

Em 1940 acompanhou o seu irmão Augusto, que tinha contraído tuberculose, à Madeira, onde este acabou por falecer. Regressou da Madeira e em 1841 fundou a Revista Universal Lisbonense da qual foi diretor até1845. Feliciano de Castilho era um escritor apoiante do regime e as suas críticas favoráveis a várias obras da época basearam-se mais na amizade do que na qualidade da escrita.

Em 1845, juntamente com outro irmão, José Feliciano de Castilho, fundou a Livraria Clássica Portuguesa. Neste período escreveu as biografias de Manuel Bernardes e Garcia de Resende.

Em 1846 voltou a sua atenção para o analfabetismo que grassava na população portuguesa. A alfabetização popular, de crianças e adultos foi uma das preocupações dos intelectuais da época. Nesse sentido, procurou implementar um método de aprendizagem rápida da leitura o Método de Leitura Repentina ou o Methodo Portuguez. Tendo como base o método fonológico de Lamare, apostava na criação de imagens ou histórias para a fixação das letras, na aproximação entre a ortografia e fonologia, na decomposição de palavras em sons e escrita apoiada pela leitura. Para Castilho a leitura era uma condição essencial ao desenvolvimento dos povos.

Alvo de grandes polémicas, este método gerou controvérsia nos meios pedagógicos. Castilho foi nomeado pelo governo como Comissário para a Propagação do Methodo Portuguez e teve um lugar no Conselho Superior de Instrução Pública. Apesar de tudo, o método nunca foi adotado nas escolas.

Em 1847 partiu para os Açores, onde viveu em Ponta Delgada até 1850. Durante esses anos, o educador dinamizou culturalmente a região e dedicou-se à escrita. Fundou a Sociedade dos Amigos das Letras e Artes e publicou inúmeras obras, Felicidade pela Agricultura, Tratado de Mnemónica, Tratado de metrificação, Noções rudimentares para uso das escolas, entre outros. Apoiado pelas autarquias, fomentou a criação de escolas primárias e secundárias gratuitas.

Em 1850 regressou à capital, dedicando-se ao seu projeto de leitura inovador. Em 1853 foi nomeado Comissário Geral de Instrução Primária, e nesse âmbito abriu vários cursos de formação do seu método para professores.

Em 1865 deslocou-se ao Brasil para divulgar o Método. Em outubro desse ano, Castilho envolveu-se numa das mais famosas polémicas literárias portuguesas, a chamada Questão Coimbrã ou Questão do Bom Senso e Bom Gosto. Castilho fez uma carta-posfácio do Poema da Mocidade de Pinheiro Chagas em que teceu algumas críticas aos novos modelos literários (praticados por Teófilo Braga e Antero de Quental), enaltecendo a qualidade do poema em questão.

Antero de Quental respondeu com o panfleto Bom Senso e Bom Gosto, rejeitando a poesia clássica e conservadora. Seguiram-se várias reações e publicações de ambos os lados, até que a polémica abrandou em 1866.

 

 

Fonte principal: Dicionário de educadores portugueses / dir. António Nóvoa. - Porto : ASA, 2003.

 

 MJS


2024/10/03

Instalações para o ensino (1968 a 1972) - Ministério das Obras Públicas - Liceus: Liceu Nacional de Angra do Heroísmo, Açores

 

- Liceu Nacional de Angra do Heroísmo -

O Ministério das Obras Públicas concluiu 42 edifícios, no período decorrente de 1968 a 1972, destinados a estabelecimentos dos cursos preparatório, secundário e médio. A título de divulgação, neste post, daremos a conhecer - o Liceu Nacional de Angra do Heroísmo.


(Na imagem pode observar-se a fachada da escola)



(No topo, a imagem de uma biblioteca. Em baixo, uma imagem de uma sala de aula e a ficha técnica com a identificação da escola, a dimensão da área coberta, a dimensão da superfície de pavimentos, o custo total das instalações, a data de conclusão da obra, a população escolar e a discriminação das dependências)


Ministério das Obras Públicas (1973). Novas Instalações para o ensino construídas entre

 1968 e 1972. Lisboa: Direcção-Geral das Construções Escolares.



P. M. 





2024/09/30

Educadores Portugueses dos séculos XIX e XX: António de Oliveira (1867 – 1923)

 

 

(Imagem do autor retirada de Dicionário de educadores portugueses)

António de Oliveira nasceu a 21 de janeiro de 1867, em Lamego, filho de António Braz de Oliveira e de Carolina Angélica de Figueiredo, uma família modesta.

Fez os seus estudos no seminário de Lamego, tendo sido ordenado sacerdote em 1892. Iniciou funções na aldeia de Serrana de Dalvares, Tarouca. Pouco depois adoeceu, supostamente com uma doença pulmonar, e mudou-se para o Porto. Aconselhado a permanecer na cidade, acabou por se tornar capelão de José Silva Tapadas do Partido Progressista.

Por volta de 1899 foi viver para Lisboa, ocupando um cargo na Sé Patriarcal que acumulou com o de capelão da Casa de Correção das Mónicas, de que foi subdiretor em 1900. Impressionado com as péssimas condições de higiene e salubridade do local, bem como pela falta de qualquer tipo de orientação intelectual, Costa tentou alterar a situação. Em 1901 foi criada a Assistência Educativa aos Menores Delinquentes e o educador redigiu um novo regulamento para a instituição, salientando-se o facto de as reclusas passarem a ser acompanhadas por professores.

Em 1902, foi criada a Casa de Correção do Distrito do Porto pelo ministro Campos Henriques e António de Oliveira foi encarregue da sua organização. Em 1903 surgiu a Casa de Correção de Lisboa, para o sexo feminino. A 18 de outubro de 1904 tornou-se capelão e superintendente da Casa de Caxias, orientada para o sexo masculino.

O seu grande objetivo foi transformar a Casa de Correção de Caxias numa escola. Nesse sentido importou material didático da Suécia para os trabalhos manuais educativos, introduziu o desenho, o canto coral e a música, o teatro, bem como a ginástica. A Casa possuía jardins escolares, museu pedagógico e biblioteca.

Após a implantação da República em 1910, António de Oliveira foi encarregue de várias comissões de serviço: a reforma do Instituto de Educação e Trabalho de Odivelas, a reforma do Colégio Militar e a criação do Instituto dos Pupilos do Exército. Paralelamente, foi-lhe solicitado que elaborasse alguns projetos de lei de proteção à infância e à delinquência.

Pode referir-se o Decreto de 1 de janeiro de 1911 que criou uma Comissão cujo objetivo era a proteção de menores em perigo. Esta Comissão passou a funcionar no edifício do extinto Colégio de S. Patrício, à Costa do Castelo, onde se instalaram alguns menores do sexo masculino e o Padre António de Oliveira.

O Padre Oliveira adoeceu, mas redigiu o Decreto de 27 de maio de 1911, conhecido por Lei de Proteção à Infância, uma inovação do ponto de vista social, humano e jurídico. O Decreto preconizava a existência de 2 instituições: a Tutoria da Infância (ou Tribunal de Menores) e a Federação Nacional dos Amigos e Defensores das Crianças.

A Tutoria da Infância funcionaria como um tribunal coletivo para proteção das crianças em perigo. As chamadas Casas de Correção, na dependência das Tutorias, passaram a chamar-se Escolas de Reforma.

Ainda doente e afastado de Caxias, o educador procurou investigar todos os mecanismos que conduziam à delinquência juvenil, através de um trabalho de campo.

Em 1919, António de Oliveira foi o primeiro Inspetor Geral da recém-criada Inspeção Geral dos Serviços de Proteção a Menores. Faleceu quatro anos mais tarde.

 

 

Fonte principal: Dicionário de educadores portugueses / dir. António Nóvoa. - Porto : ASA, 2003.

 

 MJS