2022/08/11

Exposição virtual "A Régua, Instrumento de medida"

 

A régua graduada é um instrumento de medida para pequenas distâncias. Serve igualmente pata traçar segmentos de reta no âmbito da geometria ou desenho técnico. A origem da palavra vem de règle (francês) que significa lei ou regra, deixando antever a sua função de traçado reto e de medida.

Durante séculos não existia qualquer padronização dos sistemas de medida que podiam variar entre a polegada (2.54 cm), o pé, a jarda ou o palmo. No final do século XVII, em França, surge o sistema métrico decimal que pretendia facilitar e padronizar a medição.

A régua pode ser fabricada em vários materiais (madeira, plástico ou metal) e contém uma escala centimétrica e milimétrica. A sua existência como instrumento de medida comparativa está documentada desde a Idade do Bronze. É utilizada em diferentes áreas: no desenho técnico (escolar, universitário ou profissional); na geometria, acompanhada por outros instrumentos; na construção civil; na engenharia, carpintaria e arquitetura.

A régua de cálculo foi inventada em 1622 por William Oughtred com o objetivo de facilitar a realização de cálculos relativamente simples, através de escalas logarítmicas. Foi sendo aperfeiçoada e podia ter forma circular ou retangular, com ou sem cursor. Os cálculos são realizados através de guias deslizantes, ou seja, réguas que deslizam umas sobre as outras e de um cursor que relaciona as diferentes, escalas.

Nesta exposição surgem os dois tipos de régua, graduada e de cálculo, utilizadas em contexto das práticas pedagógicas de geometria. Muitas eram especialmente concebidas para serem utilizadas no quadro para visualização das matérias por todos os alunos.


Régua em T

ME/152171/152

Escola Secundária Infante D. Henrique

Régua em T de madeira com escala para marcação das distâncias. Era utilizada para medir ou traçar segmentos de reta no quadro, no âmbito das práticas pedagógicas das aulas de Matemática.


Régua de Cálculo

ME/400439/814

Escola Secundária Sebastião e Silva

Instrumento mecânico destinado à realização de cálculos matemáticos. É composto por duas placas fixas e uma placa móvel, com diversas escalas, e uma lingueta transparente, deslizante. Num dos extremos tem a indicação «Faber-Castell 334/52». Dois suportes de metal, fixados nas extremidades, possibilitam a fixação mural, permitindo, em contexto pedagógico das aulas de Matemática, uma demonstração das potencialidades do instrumento a toda a classe. As escalas graduadas apresentadas na régua permitem a realização de cálculos envolvendo: operações elementares, potenciação, radiciação, funções trigonométricas, funções exponenciais e logarítmicas.


Régua de cálculo

ME/400610/56

Escola Secundária de Camões

Instrumento utilizado em contexto pedagógico nas aulas de Matemática. Trata-se de uma régua de cálculo, um instrumento mecânico que permite a realização de cálculos, através de uma lingueta móvel deslizante. A régua é composta por escalas fixas e móveis, onde se encontram vários tipos de escalas que permitem a realização de operações e cálculos.


Régua

ME/401250/197

Escola Secundária D. Dinis

Régua graduada de madeira com escala em centímetros e milímetros e apontadores em metal para marcação das distâncias.


Régua

ME/400956/337

Escola Secundária Augusto Gomes

Instrumento utilizado para medir ou traçar segmentos de reta no quadro em contexto das práticas pedagógicas de Matemática/ Artes Visuais. Trata-se de um conjunto de réguas de madeira, utilizadas na demonstração de exercícios no quadro, com escala em centímetros e milímetros.


Régua de cálculo

ME/400130/10

Escola Secundária Damião de Goes

Régua de cálculo constituída por uma régua dupla graduada, nos bordos e no meio, separada por uma fenda longitudinal em que corre uma terceira régua, funcionando como lingueta móvel.


MJS

2022/08/08

Agrupamento de Escolas da Ericeira

(Logotipo do Agrupamento de Escolas da Ericeira retirado da internet)


O Agrupamento de Escolas da Ericeira (AEE) é uma estrutura educacional, contando com diversos parceiros locais para o exercício da sua missão, nomeadamente: Câmara Municipal de Mafra, Juntas de Freguesia (Carvoeira, Encarnação, Ericeira e Santo Isidoro), entre outros (AEE,2022:14).

Estas freguesias pertencem à zona litoral/oeste do concelho de Mafra e limite norte da área Metropolitana de Lisboa (AML). Estas freguesias têm sofrido alterações substanciais nos últimos anos, devido ao surto de novas construção e melhoria de acessibilidades, infraestruturas de qualidade, paisagem natural e crescimento turístico.[1]

Estas freguesias, na sua maioria, tinham tradicionalmente características rurais, porém, a freguesia da Ericeira vive, essencialmente, da atividade turística.[2] 

A chegada de novas famílias vindas da área metropolitana de Lisboa e do estrangeiro (atribuído à Ericeira como Reserva Mundial de Surf) fez emergir um modo de vida mais urbano e cosmopolita que altera profundamente o estilo de vida desta região turística. Muitas destas famílias buscam no Agrupamento de Escolas respostas educativas para os seus filhos e identificam, neste, parâmetros de segurança e qualidade de ensino que os leva a esta opção.

 

(Imagem do Agrupamento de Escolas da Ericeira retirado da internet)

Compete ao AEE, enquanto unidade orgânica do Ministério da Educação, atuar em conformidade com as grandes linhas orientadoras da política educativa nacional. O AEE tem uma oferta educativa diversificada e ajustada às necessidades e expetativas da comunidade escolar. O AEE é composto por dez estabelecimentos de ensino:

5 Jardins de Infância (JI)

§  JI das Azenhas dos Tanoeiros;

§  JI do Barril;

§  JI da Encarnação;

§  JI de Ribamar;

§  JI de Santo Isidoro.

4 Centros Escolares

§  EB da Freguesia da Carvoeira (JI e 1º Ciclo);

§  EB da Ericeira (JI e 1º Ciclo);

§  EB da Encarnação (1ºCiclo);

§ EB da Freguesia de Santo Isidoro (JI e 1º Ciclo).

1 Escola Sede

            §  Escola Básica e Secundária António Bento Franco (2º, 3º Ciclos e Secundária). 

O Agrupamento disponibiliza ainda uma Oferta Complementar e Extracurricular diversificada, assegurada por Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) no 1º Ciclo do Ensino Básico e na Escola Básica e Secundária assegurada por núcleos, projetos e clubes, nos domínios científico, desportivo, cultural, artístico e tecnológico.

 

“O Agrupamento acompanha e monitoriza a certificação das aprendizagens também dos alunos que se inscrevem para a modalidade de Ensino Doméstico (ED) e Ensino Individual (EI), através da celebração de protocolos da responsabilidade dos Encarregados de Educação (EE), assim como procede à implementação do Ensino à Distância sempre que se verifica essa necessidade.” (AEE, s.d. 8).

 

A escola tem sido desafiada a inovar as suas práticas educativas, mercê das mudanças sociais, culturais, políticas, económicas e tecnológicas. Contudo, estas mudanças têm desencadeado problemas globais, como os extremismos, as desigualdades no acesso aos bens e direitos e as crises humanitárias que desafiam a escola a implementar no processo educativo aprendizagens que contribuem para a formação de cidadãos responsáveis, autónomos, solidários, tolerantes e participativos; cidadãos que conheçam e exerçam os seus direitos e deveres com base no diálogo e no respeito pelos outros, com espírito democrático, pluralista, crítico e criativo.


Neste sentido, a Estratégia de Educação para a Cidadania constitui um referencial para o desenvolvimento curricular, integrando as diversas áreas do saber na aquisição de aprendizagens significativas e diversificadas que fomentem o exercício de uma cidadania democrática nos nossos alunos.

 

P.M.

 

BIBLIOGRAFIA:


AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA ERICEIRA (2022). Regulamento interno 2021/2025 [em linha]. Ericeira: AEE [Consul. Em 12 de maio de 2022]. Disponível:

https://www.aeericeira.net/wp-content/uploads/2022/04/RI_AEE_-2021_2025Final.pdf

 

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA ERICEIRA (2021). Projeto Educativo “Ao Encontro de Quem Somos” [em linha]. Ericeira: AEE [Consul. Em 12 de maio de 2022]. Disponível:

https://www.aeericeira.net/wp-content/uploads/2022/05/PE-Agrupamento-de-Escolas-da-Ericeira-2021-2025.pdf

 

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA ERICEIRA (2020). Agrupamento [em linha]. Ericeira: AEE [Consul. Em 12 de maio de 2022]. Disponível: https://www.aeericeira.net/quemsomos/

 

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA ERICEIRA (s.d). Projeto de intervenção (quadriénio 2021-2025) [Em linha]. Ericeira: AEE [Consul. Em 12 de maio de 2022]. Disponível:

https://www.aeericeira.net/wp-content/uploads/2021/07/ProjetoIntervencao.pdf

 

VISIT PORTUGAL (2003). Ericeira [em linha]. Lisboa: Turismo de Portuga [Consult. 12 de maio de 2022]. Disponível: https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/ericeira



[1] A marca Ericeira é reconhecida internacionalmente como Reserva de Surf. Aliado ao fenómeno turístico temos assistido a um desenvolvimento ímpar da vila em termos de procura de habitação primária o que origina um crescimento de crianças em idade escolar. Também a comunidade de imigrantes é bastante forte na zona de influência do AEE, com predomínio claro da comunidade brasileira, embora esta tenha sofrido oscilações na última década devido às diferentes conjunturas económicas registadas em Portugal ou no Brasil. A todas estas novas realidades tem o AE feito um enorme esforço de acolhimento e adaptação procurando responder a este desafio e prestar um serviço público de qualidade.

 

[2] Ericeira é uma vila muito antiga, presumivelmente local de passagem e instalação dos Fenícios. Reza a lenda que o nome Ericeira significa, na origem, "terra de ouriços", devido aos numerosos ouriços do mar que abundavam nas suas praias. A história da Ericeira remonta, assim, a cerca de 1000 a.C. O seu primeiro foral data de 1229, concedido pelo então Grão-Mestre da Ordem de Aviz, Dom Frei Fernão Rodrigues Monteiro, que assim instituiu o Concelho da Ericeira. A nova carta de foro concedida por D. Manuel I em 1513, veio nobilitar a vila concelhia, doada pelo mesmo D. Manuel ao infante D. Luís e por este ao seu filho natural D. António, Prior do Crato, forte opositor à tomada do poder real por Filipe II de Espanha. Em 1589, no Forte de Milreu, D. António fez uma gorada tentativa de desembarque de tropas com o objetivo de conquistar o poder. Em 1855, na sequência de uma reordenação administrativa do território, a Ericeira deixou de ser concelho para ficar na dependência de Mafra, sede concelhia até aos dias de hoje. A Ericeira conheceu no século XIX a sua época áurea, com um enorme incremento, porquanto foi o porto mais concorrido da Estremadura, com alfândega, por onde se fazia o abastecimento de quase toda a província. A antiga importância comercial tem hoje correspondente no notável movimento turístico, resultante da situação e do clima privilegiado de que goza. O embarque para o exílio da família real portuguesa, episódio que assinala o termo do regime monárquico nacional, fará sempre do porto da Ericeira um dos locais mais dramáticos da geografia do concelho de Mafra.