2023/09/28

Exposição Virtual: "Brasões no Museu Virtual da Educação"

 

O brasão é um conjunto de emblemas e signos distintivos de uma família nobre ou de uma coletividade. O desenho de um brasão é, geralmente, colocado num escudo de armas e também em bandeiras, vestuário ou até em elementos arquitetónicos e mobiliário.

A heráldica é uma ciência auxiliar da História que descreve e interpreta as representações de símbolos e cores inscritos em escudos de armas, para identificar indivíduos, famílias ou clãs. A partir da Idade Média o escudo de armas foi-se generalizando e as regras para a sua utilização foram sendo definidas. Durante o século XIX perdeu importância e passou a aplicar-se a municípios, corporações e outras entidades coletivas, mas já com uma função de emblema.

Os brasões podem ser simples (representam uma entidade) ou compostos (representam mais do que uma entidade) e podem representar um monarca, um estado, um cargo, uma família, uma entidade coletiva, entre outros.

O elemento obrigatório de um brasão é o escudo, que contém o seu desenho fundamental. Outros elementos exteriores podem ser o grito de guerra ou grito de armas, as insígnias, os troféus, as condecorações, o lema, entre muitos outros. O seu formato também pode variar: ogival, quadrado, oval, etc.

Nesta exposição, composta por vários brasões produzidos na Escola Secundária da Batalha, podemos observar as diversas características descritas: o escudo, o desenho, os elementos exteriores e o formato diverso.


Brasão

ME/160301/3

Escola Secundária da Batalha

Brasão em alto-relevo, composto por escudo de forma clássica, com cruz florenciada ao centro. O escudo é encimado por coroa e está assente num painel retangular.


Brasão

ME/160301/39

Escola Secundária da Batalha

Brasão das armas de Portugal, composto por medalhão circular onde se destaca um escudo com cinco escudetes em cruz, cada um carregado com cinco besantes organizados em aspa. Na bordadura do escudo, surgem os sete castelos. O escudo é encimado por um elmo, visto de frente, que é ladeado por elementos vegetalistas.


Brasão

ME/160301/4

Escola Secundária da Batalha

Brasão das armas de Portugal, composto por cinco escudetes em cruz, cada um carregado com cinco besantes organizados em aspa. Na bordadura, surgem os sete castelos.


Brasão

ME/160301/59

Escola Secundária da Batalha

Brasão das armas de Portugal, composto por medalhão de formas contracurvadas onde se destaca um escudo com cinco escudetes em cruz, cada um carregado com cinco besantes organizados em aspa. Na bordadura do escudo, surgem os sete castelos. A moldura do escudo apresenta formas contracurvadas, semelhantes a uma concha, que são rematadas, em cima e em baixo, por elementos ornamentais (pequenas esferas e elementos vegetais estilizados).


Brasão

ME/160301/8

Escola Secundária da Batalha

Brasão de armas composto por escudo esquartelado (dividido em quatro áreas), sendo que no cantão superior esquerdo e inferior direito se repetem as seguintes figuras: três leões (símbolo do brasão de armas de Inglaterra) em "passante", ou seja, a caminharem, com a pata direita levantada e todas as demais no chão. No cantão inferior esquerdo, destaca-se uma lira (símbolo do brasão de armas da Irlanda) e no cantão superior direito surge um leão em "rampante", isto é, em pé, ereto e visto de perfil, com as patas dianteiras levantadas.


Brasão

ME/160301/9

Escola Secundária da Batalha

Brasão de armas cujo escudo é ocupado por uma cruz com nervuras escavadas, símbolo usado pela Ordem dos Templários.


MJS




2023/09/25

Educação e Monarquia: D. Manuel II (1889 – 1932)

 

D. Manuel II (1889 - 1932), “o Desventuroso”, era o filho segundo de D. Carlos e de D. Amélia. Casou em 1913 com D. Vitória Augusta de Hohenzollern-Sigmaringen, não tendo deixado descendência.

Após a morte de D. Carlos e de D. Luís, reuniu-se o Conselho de Estado, que afastou Costa Cabral, revogou alguns decretos da ditadura franquista e libertou os presos políticos. D. Manuel iniciou uma viagem pelo país sendo bem-recebido pela população. No entanto, a propaganda republicana não deixou de grassar por todo o reino.


(Imagem retirada da Internet)

Duas grandes questões marcaram este reinado. Em primeiro lugar, a questão Hinton: um industrial inglês, residente na Madeira, que solicitou uma indemnização ao estado português devido à revogação do monopólio do açúcar. A intervenção de Inglaterra, obrigou ao pagamento da importância solicitada. Por outro lado, a questão do Crédito Predial, ou seja, o desfalque na instituição efetuado por figuras de destaque do regime.

Em 1910 realizaram-se eleições e o Partido Republicano duplicou o número de deputados na Assembleia. A 5 de outubro de 1910 deu-se o triunfo do republicanismo em Portugal. D. Manuel deixou o país e exilou-se em Inglaterra.

D. Manuel estudou línguas, história e música, interessando-se sobretudo por livros. Em 1929 publicou o primeiro volume da obra Livros Antigos Portugueses 1489-1600, da Bibliotheca de Sua Magestade Fidelíssima Descriptos por S. M. El-Rey D. Manuel em Três volumes. Em 1932 saiu o segundo volume e o terceiro foi publicado postumamente sobre a orientação da sua bibliotecária, Miss Margery Withers.

Não há referências importantes no que respeita ao problema educativo, dada a situação de instabilidade e de revolução vividas no país.

 

 MJS