D. Manuel
II (1889 - 1932), “o Desventuroso”, era o filho segundo de D. Carlos e de D.
Amélia. Casou em 1913 com D. Vitória Augusta de Hohenzollern-Sigmaringen, não
tendo deixado descendência.
Após a morte de D. Carlos e de D. Luís,
reuniu-se o Conselho de Estado, que afastou Costa Cabral, revogou alguns
decretos da ditadura franquista e libertou os presos políticos. D. Manuel
iniciou uma viagem pelo país sendo bem-recebido pela população. No entanto, a propaganda
republicana não deixou de grassar por todo o reino.
Duas
grandes questões marcaram este reinado. Em primeiro lugar, a questão Hinton: um industrial inglês,
residente na Madeira, que solicitou uma indemnização ao estado português devido
à revogação do monopólio do açúcar. A intervenção de Inglaterra, obrigou ao
pagamento da importância solicitada. Por outro lado, a questão do Crédito Predial, ou seja, o desfalque na instituição
efetuado por figuras de destaque do regime.
Em
1910 realizaram-se eleições e o Partido Republicano duplicou o número de
deputados na Assembleia. A 5 de outubro de 1910 deu-se o triunfo do republicanismo
em Portugal. D. Manuel deixou o país e exilou-se em Inglaterra.
D.
Manuel estudou línguas, história e música, interessando-se sobretudo por
livros. Em 1929 publicou o primeiro volume da obra Livros Antigos Portugueses 1489-1600, da Bibliotheca de Sua Magestade
Fidelíssima Descriptos por S. M. El-Rey D. Manuel em Três volumes. Em 1932
saiu o segundo volume e o terceiro foi publicado postumamente sobre a
orientação da sua bibliotecária, Miss Margery Withers.
Não há
referências importantes no que respeita ao problema educativo, dada a situação
de instabilidade e de revolução vividas no país.
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