Aparelho que permite dar a sensação de movimento às imagens. Compõe-se de
uma lanterna de projeção diante da qual se adapta um mecanismo que faz
desfilar, em frente à objetiva, uma fita de celuloide onde se encontram as
fotografias sucessivas, captadas num intervalo de tempo. Esse filme é guiado
por uma espécie de engrenagem e um obturador veda automaticamente a objetiva
na transmissão de duas fotografias sucessivas. Integra uma valiosa coleção de
material audiovisual da Escola. Está inventariado com o número ME/400208/16 e
pertence ao espólio museológico da Escola Secundária de Francisco Rodrigues
Lobo.
O cinematógrafo é considerado uma invenção dos irmãos Lumière, a partir
do aperfeiçoamento do aparelho concebido por Thomas Edison. Combinando as
funções de uma máquina de filmar e de projeção, o cinematógrafo foi um marco
na história do cinema. Regista vários instantâneos fixos, os fotogramas,
criando a ilusão de movimento e reproduz esse movimento projetando as imagens
sobre uma tela.
A primeira apresentação pública do cinematógrafo realizou-se no sudeste
da França, em 1895. No final desse ano, os irmãos Lumière organizaram em Paris, no Grand
Café, a exibição comercial do invento. O cinematógrafo não foi alvo de
comercialização por parte dos seus criadores e as réplicas surgiram um pouco
por toda a Europa e Estados Unidos da América.
Os irmãos Lumière produziram muitos documentários, tendo formando para o efeito várias equipas de operadores que
percorreram o mundo. Georges Méliès pretendia rentabilizar o
cinematógrafo realizando sessões públicas no Théatre Robert Houdin, em Paris.
Apesar disso, os Lumière recusaram a oferta. Méliès adquiriu assim um
aparelho semelhante em Londres criado por Robert William Paul, um industrial que, para além da
filmagem dos documentários iniciou aquilo que mais tarde seria designado por
“cinema de ficção”.
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MJS