2014/05/14

Peça do mês de maio



Cinematógrafo
Aparelho que permite dar a sensação de movimento às imagens. Compõe-se de uma lanterna de projeção diante da qual se adapta um mecanismo que faz desfilar, em frente à objetiva, uma fita de celuloide onde se encontram as fotografias sucessivas, captadas num intervalo de tempo. Esse filme é guiado por uma espécie de engrenagem e um obturador veda automaticamente a objetiva na transmissão de duas fotografias sucessivas. Integra uma valiosa coleção de material audiovisual da Escola. Está inventariado com o número ME/400208/16 e pertence ao espólio museológico da Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo.
O cinematógrafo é considerado uma invenção dos irmãos Lumière, a partir do aperfeiçoamento do aparelho concebido por Thomas Edison. Combinando as funções de uma máquina de filmar e de projeção, o cinematógrafo foi um marco na história do cinema. Regista vários instantâneos fixos, os fotogramas, criando a ilusão de movimento e reproduz esse movimento projetando as imagens sobre uma tela.
A primeira apresentação pública do cinematógrafo realizou-se no sudeste da França, em 1895. No final desse ano, os irmãos Lumière organizaram em Paris, no Grand Café, a exibição comercial do invento. O cinematógrafo não foi alvo de comercialização por parte dos seus criadores e as réplicas surgiram um pouco por toda a Europa e Estados Unidos da América.
Os irmãos Lumière produziram muitos documentários, tendo formando para o efeito várias equipas de operadores que percorreram o mundo. Georges Méliès pretendia rentabilizar o cinematógrafo realizando sessões públicas no Théatre Robert Houdin, em Paris. Apesar disso, os Lumière recusaram a oferta. Méliès adquiriu assim um aparelho semelhante em Londres criado por Robert William Paul, um industrial que, para além da filmagem dos documentários iniciou aquilo que mais tarde seria designado por “cinema de ficção”.




MJS