Por
imprensa entende-se, atualmente, o conjunto de meios de comunicação social. O
termo imprensa deriva da prensa móvel, o processo desenvolvido e aperfeiçoado
por Gutenberg no século XV.
Desde
a invenção da escrita que se sentiu a necessidade de reprodução de cópias para
transmitir todo o tipo de conhecimentos. No entanto, a pequena quantidade de
cópias que se conseguia produzir à mão e o elevado tempo despendido levou à
procura de métodos que tornassem o processo mais célere.
As
primeiras reproduções de escrita surgiram na Mesopotâmia do século XVII a. C.,
através da criação de suportes cilíndricos que se utilizavam em placas de cera
ou de argila.
Outra
forma de publicação regular apareceu com o Império Romano: a Ata Diurna, gravada em tábuas de pedra
que continha os eventos mais relevantes e ordens do Imperador. Era colocada no
Fórum e permitia aos cidadãos estarem informados sobre notícias militares,
desportivas, culturais e legislação.
A
China e a Coreia tiveram algumas formas rudimentares de imprensa. Em 713 d. C.
foi publicado um panfleto manuscrito que se tornou o primeiro jornal em papel. Os
caracteres móveis metálicos foram inventados por Pi Ching em 1041. No entanto,
o elevado número de caracteres necessários fez com que a imprensa não tivesse
tido o mesmo impacto que no Ocidente.
Na
Europa, a invenção da gravura artística cinzelada conduziu à conceção de gravar
separadamente cada uma das letras do alfabeto latino permitindo várias
combinações: é o principio da impressão tipográfica. Os Países Baixos reclamam
a invenção da tipografia para Laurent Coster que teve a ideia das letras
móveis.
No
entanto foi Gutenberg, com vastos conhecimentos no trabalho do metal, que
aperfeiçoou esta técnica e inventou a imprensa de braços que permitiu a
impressão de vários exemplares de uma mesma obra. Uma das primeiras a ser
reproduzida foi a Bíblia. Com esta técnica reduziu-se o custo de fabrico do
livro, aumentou-se a reprodução do texto e satisfez-se a procura cada vez maior
de livros entre as diversas classes sociais, em resposta ao livro copiado à
mão, um processo moroso e caro. O processo de impressão expandiu-se rapidamente
a toda a Europa, tornando-se um dos veículos essenciais de divulgação cultural.
A
primeira publicação periódica regular surgiu em 1602 em Antuérpia, o Nieuew Tijdinghen. A este, seguem-se
vários jornais publicados por toda a Europa. Em Portugal o primeiro jornal foi
fundado em 1641, A Gazeta da Restauração.
Nos
séculos XVIII e XIX, os governantes tomam consciência do poder da imprensa para
influenciar a população e surgem vários jornais de fações políticas. Por outro
lado, os empresários apercebem-se do valor comercial que podem ter as
publicações periódicas. É também o momento do surgimento das agências de
notícias que se dedicavam à recolha de informações que vendiam posteriormente
aos jornais.
Este
desenvolvimento faz com que surjam novas profissões, como repórteres e
fotógrafos. O aparecimento do telégrafo em 1844 permite o envio de notícias a
longa distância e em 1847 começou a funcionar a primeira rotativa.
No
final do século XX as tecnologias de comunicação e informação tornam-se
instituições de alcance global ao nível da informação e do entretenimento.
MJS