2022/09/22

Invenções que mudaram o mundo: a imprensa

 

(Imagem de uma tipografia tradicional retirada da internet)

Por imprensa entende-se, atualmente, o conjunto de meios de comunicação social. O termo imprensa deriva da prensa móvel, o processo desenvolvido e aperfeiçoado por Gutenberg no século XV.

Desde a invenção da escrita que se sentiu a necessidade de reprodução de cópias para transmitir todo o tipo de conhecimentos. No entanto, a pequena quantidade de cópias que se conseguia produzir à mão e o elevado tempo despendido levou à procura de métodos que tornassem o processo mais célere.

As primeiras reproduções de escrita surgiram na Mesopotâmia do século XVII a. C., através da criação de suportes cilíndricos que se utilizavam em placas de cera ou de argila.

Outra forma de publicação regular apareceu com o Império Romano: a Ata Diurna, gravada em tábuas de pedra que continha os eventos mais relevantes e ordens do Imperador. Era colocada no Fórum e permitia aos cidadãos estarem informados sobre notícias militares, desportivas, culturais e legislação.

A China e a Coreia tiveram algumas formas rudimentares de imprensa. Em 713 d. C. foi publicado um panfleto manuscrito que se tornou o primeiro jornal em papel. Os caracteres móveis metálicos foram inventados por Pi Ching em 1041. No entanto, o elevado número de caracteres necessários fez com que a imprensa não tivesse tido o mesmo impacto que no Ocidente.

Na Europa, a invenção da gravura artística cinzelada conduziu à conceção de gravar separadamente cada uma das letras do alfabeto latino permitindo várias combinações: é o principio da impressão tipográfica. Os Países Baixos reclamam a invenção da tipografia para Laurent Coster que teve a ideia das letras móveis.

No entanto foi Gutenberg, com vastos conhecimentos no trabalho do metal, que aperfeiçoou esta técnica e inventou a imprensa de braços que permitiu a impressão de vários exemplares de uma mesma obra. Uma das primeiras a ser reproduzida foi a Bíblia. Com esta técnica reduziu-se o custo de fabrico do livro, aumentou-se a reprodução do texto e satisfez-se a procura cada vez maior de livros entre as diversas classes sociais, em resposta ao livro copiado à mão, um processo moroso e caro. O processo de impressão expandiu-se rapidamente a toda a Europa, tornando-se um dos veículos essenciais de divulgação cultural.


(Imagem a preto e branco de Gutenberg retirada da internet)

A primeira publicação periódica regular surgiu em 1602 em Antuérpia, o Nieuew Tijdinghen. A este, seguem-se vários jornais publicados por toda a Europa. Em Portugal o primeiro jornal foi fundado em 1641, A Gazeta da Restauração.

Nos séculos XVIII e XIX, os governantes tomam consciência do poder da imprensa para influenciar a população e surgem vários jornais de fações políticas. Por outro lado, os empresários apercebem-se do valor comercial que podem ter as publicações periódicas. É também o momento do surgimento das agências de notícias que se dedicavam à recolha de informações que vendiam posteriormente aos jornais.

Este desenvolvimento faz com que surjam novas profissões, como repórteres e fotógrafos. O aparecimento do telégrafo em 1844 permite o envio de notícias a longa distância e em 1847 começou a funcionar a primeira rotativa.

No final do século XX as tecnologias de comunicação e informação tornam-se instituições de alcance global ao nível da informação e do entretenimento.


MJS

2022/09/19

Agrupamento de Escolas de Mem Martins

 

(Vista do Agrupamento de Escolas de Mem Martins retirada da internet)


Em julho de 2012 a Escola Secundária de Mem Martins agregou-se com o agrupamento de escolas Maria Alberta Menéres (EB1/JI Serra das Minas, EB1 MM2, EB2/3 Maria Alberta Menéres) - constituindo o demonizado Agrupamento de Escolas de Mem Martins (AEMM).  Atualmente, a população escolar do agrupamento ronda os 3000 alunos. O AEMM é constituído pelas seguintes unidades educacionais:

§  Escola Secundária de Mem Martins (escola sede);

§  Escola Básica Maria Alberta Menéres;

§  Escola Básica nº 1 da Serra das Minas;

§  Escola Básica nº 2 de Mem Martins.

Cada uma das escolas ou estabelecimentos de educação pré-escolar que integra o Agrupamento de Escolas de Mem Martins mantem a sua identidade e denominação próprias.

 

(Imagem da fachada do Agrupamento de Escolas de Mem Martins retirada da internet)

A Escola Secundária de Mem Martins - escola sede de agrupamento - foi criada em 1983, através da Portaria nº 907/83, 1 de outubro de 1983. A escola localiza-se em Rio de Mouro, servindo simultaneamente a comunidade educativa da freguesia de Algueirão-Mem Martins. Com a formação do Agrupamento de Escolas de Mem Martins, o referido estabelecimento de ensino passou a ser lavrado como escola sede do agrupamento.

A Escola Básica 2,3 Maria Alberta Menéres, foi criada oficialmente pela Portaria N.º 549/98 de 19 de agosto de 1998, embora só tenha entrado em funcionamento no ano letivo 1999/2000. A escola EB1 nº2 de Mem Martins, escola Piloto, inaugurada em 1966, fica situada na localidade de Mem Martins, freguesia de Algueirão/Mem Martins, concelho de Sintra, distrito de Lisboa. A Escola EB1 com JI Serra das Minas n.º 1, construída em 1978, situa-se no bairro da Serra das Minas, na freguesia de Rio de Mouro, concelho de Sintra.

As freguesias que integram a Comunidade Educativa do agrupamento enquadram-se nos parâmetros da classe média e média-baixa, havendo focos consideráveis de população que se encontram abaixo dos níveis sociais e económicos referidos anteriormente.


“O meio socioeconómico envolvente é marcado por características urbanas comuns às áreas metropolitanas das grandes cidades. Esta realidade traduz-se em núcleos familiares reduzidos, com crescente tendência para a existência de famílias monoparentais, em que a maioria dos pais e encarregados de educação trabalha fora da freguesia, ritmando o seu quotidiano pela pendularidade das deslocações ao longo do eixo dinâmico Lisboa-Sintra.” (AEMM, 2018:6).

 

Em termos culturais, destaca-se a existência de um grupo populacional significativo com raízes étnico-linguísticas nos países africanos lusófonos, para além dos núcleos oriundos do Brasil, China e países eslavos, evidenciando-se assim a matriz multicultural da população discente do Agrupamento. O AEMM pretende, desde cedo, promover a organização escolar de forma integradora e concertada, dinamizar a participação das estruturas educativas e de toda a comunidade escolar e realizar as atividades em parceria com entidades locais, regionais, nacionais e internacionais.

O produto desta circunstância geográfica, social, económica e cultural levou a que o agrupamento instituísse um hemisfério de parcerias e protocolos que visam a estimulação do ambiente educativo do agrupamento na sua inter-relação com a comunidade.

“O AEMM deverá promover um verdadeiro comprometimento para o sucesso educativo, tendo em mente que os percursos formativos deverão ser significativos e humanizantes para os discentes. Cada uma das unidades orgânicas deverá ser encarada como um centro de aprendizagens de cidadania e de humanidade.” (AEMM, 2018:8) 

Os parceiros pedagógicos ilustram um conjunto de mais-valias, potenciando o desenvolvimento de competências e capacidades nos vários domínios formativos.

“As diferenças e a heterogeneidade que nos caracterizam, os constrangimentos e a vontade persistente em ultrapassá-los serão a nossa riqueza traduzida em eficiência. Não há dificuldade que nos desanime nem contratempo que nos faça desistir de investir nos projetos de vida que temos entre mãos, os nossos alunos.” (AEMM, 2019:7).

 Como verificamos, a própria diversidade sociocultural contribui para o enriquecimento da vivência social no espaço escolar, fomentando oportunidades de promoção da tolerância e respeito pela diferença, colocando, contudo, desafios escola no âmbito da promoção da integração plena de todos os alunos, obrigando a uma constante redefinição de estratégias de gestão pedagógica e de eficiência educativa.


P.M.

 

 

BIBLIOGRAFIA:

 

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MEM MARTINS (2021).   Plano de ação para o desenvolvimento digital da escola [em linha]. Mem Martins: AEMM [Consult. 18 de maio de 2022]. Disponível:

https://www.aememmartins.pt/wp-content/uploads/2021/07/PADDE_AEMM_21-23.pdf

 

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MEM MARTINS (2019).  Projeto Educativo de Agrupamento: um agrupamento de sucessos:  2019-2022 [em linha]. Mem Martins: AEMM [Consult. 18 de maio de 2022]. Disponível:

https://www.aememmartins.pt/wp-content/uploads/2020/02/PEA-19-22-AE-MemMartins.pdf

 

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MEM MARTINS (2018).  Projeto de intervenção AEMM - 2018/2022 : um agrupamento de sucessos [em linha]. Mem Martins: AEMM [Consult. 18 de maio de 2022]. Disponível:

https://www.aememmartins.pt/wp-content/uploads/2018/09/Projeto-de-Intervenção-AEMM.pdf

 

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MEM MARTINS (2015).  Plano anual de atividades: 2015/2016 [em linha]. Mem Martins: AEMM [Consult. 18 de maio de 2022]. Disponível:

https://www.aememmartins.pt/wp-content/pdf/documentos/PAA-2015-2016-Ser-Intervir-e-Aprender.pdf

 

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MEM MARTINS (s.d.). Regulamento Interno (RI) [Em linha]. Mem Martins: AEMM [Consult. 18 de maio de 2022]. Disponível:

https://www.aememmartins.pt/wp-content/uploads/2020/06/RI_e_ANEXOS.pdf