2022/05/19

Peça do mês de maio


Bate-estacas

 

O bate-estacas consiste, basicamente, num guindaste, tendo por finalidade elevar um corpo que depois de atingir uma determinada altura, se deixa cair livremente, de forma a embater sobre uma estaca que se pretenda introduzir no solo. O corpo é de madeira e tem uma forma piramidal, de onde saem duas abas que terminam em cunha. Estas abas encaixam em duas colunas de madeira, servindo de guia ao corpo no seu movimento de ascensão e queda. No topo das colunas encontra-se uma roldana por onde passa o fio de nylon que vai permitir elevar o corpo. 

O mecanismo que eleva o corpo é, ainda, constituído por um sarilho que se encontra na parte detrás das colunas e por baixo de duas traves inclinadas, que servem de travamento às colunas. O sarilho é constituído por um eixo com manivela, que tem acoplado uma roda dentada metálica, que por sua vez encaixa noutra roda dentada de maior diâmetro e solidária com um eixo, em madeira, de forma cilíndrica, na qual enrola o fio de suspensão. Este encontra-se ligado na outra extremidade a uma travessa horizontal, de madeira, que corre nas colunas e na qual está acoplada uma pinça metálica, que agarra o corpo através de uma argola (camarão), permitindo elevá-lo e soltá-lo automaticamente quando atinge o topo das colunas.

Está inventariado com o número ME/400270/307 e pertence ao espólio museológico da Escola Secundária Jácome Ratton. 

2022/05/16

Exposição virtual "Dia Mundial das Aves Migratórias"

 

Em maio celebra-se o Dia Mundial das Aves Migratórias, criado pelo Secretariado do Acordo sobre Conservação de Aves Aquáticas Migradoras da África-Eurásia e pelo Secretariado da Convenção sobre Conservação de Espécies Migratórias de Animais Silvestres.

Foi lançado pela primeira vez em 2006 no Quénia e pretende alertar para a importância da conservação dos ecossistemas que sustentam os ciclos essenciais para a sobrevivência destas espécies. As aves migratórias dependem de uma rede de apoio ao longo das suas rotas migratórias, de forma a poderem alimentar-se, descansar, reproduzir-se ou hibernar. Durante este ano o tema será “As aves conectam o nosso mundo” chamando a atenção para o declínio de algumas espécies devido à destruição dos seus habitats e a doenças infeciosas.

O aumento da densidade populacional em muitos dos locais onde estas aves se reproduzem tem tido um efeito devastador no crescimento das espécies. A luz artificial das cidades é um fator de risco para estas espécies, provocando desorientação durante o período da noite e interferindo na capacidade de realizar migrações de longo curso.

Em Portugal, a maior parte das aves migratórias chega entre março e abril, oriundas da África Subsariana. No final do verão e no início do outono, iniciam a sua viagem de regresso.

Nesta exposição foram escolhidos alguns espécimes taxidermizados, representativos de aves migratórias, a saber: o flamingo, a cegonha, a andorinha, o abibe-comum, o papa-figos e o falcão peneireiro vulgar.


Flamingo

ME/402436/1609

Escola Secundária de Passos Manuel

Espécime taxidermizado utilizado como material didático no ensino das Ciências, para estudo e observação de características morfológicas que determinam a sua classificação. O flamingo é uma ave pernalta com pernas compridas e rosadas e um longo pescoço. Têm bico curvo, em forma de cunha, adaptado ao tipo de alimentação, constituída essencialmente por pequenos vertebrados. Classificação científica: Reino- Animalia; Filo- Chordata; Classe- Aves; Ordem- Phoenicopteriformes; Família- Phoenicopteridae; Género- Phoenicopterus; Espécie- Phoenicopterus ruber.


Cegonha

ME/402436/1591

Escola Secundária de Passos Manuel

Espécime taxidermizado que servia para o estudo e observação das aves nas aulas de Ciências Naturais. Este exemplar encontra-se colocado sobre uma base de madeira retangular, com quatro pés. A sua plumagem é branca e negra. A cegonha (Ciconia spp.) é uma ave migratória, com cerca de1 metro de altura e 3 kg de peso. O seu habitat é variado e a alimentação inclui pequenos vertebrados. Vive em locais variados, como campos abertos, pastagens, margens de lagos, zonas pantanosas, várzeas e cidades. Não tem faringe e, como tal, não emite sons vocais, emite somente sons que produz batendo com o bico. Classificação científica: Reino: Animalia; Filo: Chordata; Classe: Aves; Ordem: Ciconiiformes; Família: Ciconiidae; Género: Ciconia.

 

Andorinha

ME/403726/51

Escola Secundária de Vila Real de Santo António

Espécime conservado artificialmente através da taxidermia, utilizado como material didático no ensino das Ciências Naturais, para estudo de características morfológicas que determinam a sua classificação. Trata-se de uma andorinha, uma ave da família Hirundinidae, que se distingue pela alimentação aérea. Possuem um corpo fusiforme e asas pontiagudas, medindo cerca de 13 cm. Encontra-se colocada sobre uma pequena base de madeira retangular, através de uma haste metálica, em posição de voo. Classificação científica - Reino: Animalia; Filo: Chordata; Classe: Aves; Ordem: Passeriformes; Subordem: Passeri; Família: Hirundinidae.



Abibe-comum

ME/401961/28

Escola Secundária de José Estêvão

Espécime de Abibe-comum (Vanellus vanellus), taxidermizado, utilizado para estudo e visualização nas aulas de Ciências Naturais. Esta ave, jovem, está fixa numa tábua de madeira. Tem o bico semi-longo, penas acastanhadas no dorso e cabeça, na qual se podem ver um grupo de penas salientes e projetadas para trás, a poupa. O peito é de cor branca. Possui olhos de vidro. Trata-se de uma ave ciconiforme (anteriormente caradriforme) eurasiática da família dos caradriídeos. Também é conhecida pelos nomes de abecoinha, abecuinha, abescoinha, abesconinha, abescuinha, abetoninha, abibe, etc.



Papa-Figos

ME/400385/34

Escola Secundária João de Deus

Casal de espécimes taxidermizados utilizado nas aulas de Ciências Naturais para ilustrar as matérias de Zoologia. Reino: Animalia; Filo: Chordata; Classe: Aves; Ordem: Passeriformes; Família: Oriolidae; Género: Oriolus; Espécie: O. oriolus. O papa-figos (Oriolus oriolus) é uma ave de cores vivas, mas difícil de observar. Apresenta elevado dimorfismo sexual: o macho é amarelo vivo, com as asas e a cauda pretas, enquanto que a fêmea apresenta plumagem acastanhada. São actualmente reconhecidas duas subespécies de papa-figos: o. oriolus distribuído na área geográfica da Europa e Ásia até ao Cazaquistão Mongólia; e o. kundoo na área da Ásia meridional, nomeadamente Afeganistão e Índia.



Peneireiro vulgar

ME/404408/1002

Escola Secundária Rainha D. Amélia

Espécime taxidermizado utilizado para estudo e observação nas aulas de Ciências Naturais, sendo visível um pequeno pássaro capturado entre as suas garras. O peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus) é um falconídeo comum na Eurásia. Trata-se de uma ave de rapina diurna que desenvolveu um tipo de voo que lhe permite observar o que se passa no solo de onde retira as suas presas. São sobretudo répteis, no Verão e pequenos mamíferos, no Inverno, mas insectos e pequenas aves também fazem parte da sua dieta. Não faz ninho, aproveitando os ninhos abandonados, onde coloca 4 a 6 ovos, que levam 27 a 29 dias a eclodir, chocados pela fêmea. Os pintos permanecem no ninho 27 a 32 dias alimentados pelos pais. Após a saída do ninho ainda são alimentados pelos pais durante um mês. Classificação científica: Reino: Animalia; Filo: Chordata; Classe: Aves; Ordem: Falconiformes; Família: Falconidae; Género: Falco; Espécie: Falco tinnunculus.


MJS