I – As
Primeiras Escolas
1. Os
Mosteiros
2. A
Universidade
3. As
Artes e Ofícios
No primeiro capítulo, as autoras fazem uma abordagem acerca das primeiras escolas que funcionaram nos mosteiros. Não eram, na sua génese, um local de ensino, mas sim uma comunidade ao serviço da fé cuja função era a formação de novos clérigos. A sua ação educativa foi-se estendendo aos nobres e ao povo. Uma das mais conceituadas escolas era a do Mosteiro de Alcobaça.
A
primeira Universidade, o “Estudo-Geral”, foi regulamentada pela bula Stato Regnio Portugaliae em 1290, sob a
égide de D. Dinis em Lisboa. Mantida pelo clero, lecionava Teologia e Direito
Canónico e, só mais tarde, foram introduzidos Medicina e Direito Romano. Transitando
sucessivamente entre Lisboa (1338 e 1377) e Coimbra (1308 e 1354), a
Universidade não conseguiu alcançar o prestígio que se pretendia,
encontrando-se submetida à vontade régia e ao suporte económico e pedagógico do
clero.
Durante
o século XV, a Universidade começou a ser alvo de críticas devido à sua
estrutura de corporação medieval. Com D. João III extinguiu-se a Universidade
de Lisboa e só voltou a ser restabelecida como instituição académica em 1911.
As
artes e ofícios eram a “forma” de aprendizagem do povo, sobretudo nos meios
urbanos. Existiam corporações de mesteirais, devidamente regulamentadas, onde
as crianças eram admitidas como aprendizes e tinham de pagar pelo seu sustento
na oficina do mestre.
Fonte: BEJA, Filomena, et al.
Muitos Anos de Escolas – Volume I –
Edifícios para o Ensino Infantil e Primário até 1941. Lisboa, Ministério da
Educação – Direção-Geral da Administração Escolar, 1990.
MJS