2013/02/13

Peça do mês de fevereiro

Píxide
 Píxide em prata martelada escurecida, constituída por base circular troncocónica elevando-se até ao nó em marfim, com a forma de anel de perfil angular, encimado por pequeno aro cilíndrico, liso, a que se segue a copa esférica com fino rebordo e com encaixe para a tampa. A tampa circular, de um único registo, é constituída por bordo liso e superfície superior ligeiramente elevada, sobrepujada por botão de preensão constituído por duas peças ovoides, dispostas paralelamente e unidas ao centro, tendo cada uma delas, a inscrição "X" e "P" sobrepostos (iniciais da palavra "Cristós"). Está inventariada com o número ME/400348/66 e pertence ao espólio museológico da Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho.
Esta escola foi criada em 1885 e as suas instalações situavam-se em Alfama, no Largo do Contador-Mor, tendo a designação de Escola D. Maria Pia. Era uma instituição direcionada para o ensino feminino tendo, no seu início, cerca de 45 alunas inscritas. Os primeiros quatro cursos ministrados foram lavores, tipografia, telegrafia e escrituração comercial. Em 1906, a escola passa a Liceu, sendo transferida, em 1911, para o Palácio Valadares no Largo do Carmo. Em 1917 passou a denominar-se Liceu Central de Almeida Garrett. As instalações continuavam a ser exíguas para a quantidade de alunas inscritas e em 1933-34 o Liceu Feminino de Maria Amália Vaz de Carvalho, é transferido para a Rua Rodrigo da Fonseca, onde se mantém até hoje. Em 1975-76, após o 25 de Abril, foram admitidas as primeiras turmas com elementos de ambos os sexos e a designação da instituição mudou para a que atualmente conhecemos.
A Píxide ou cibório vem do grego e significa “caixa”. Segundo o Secretariado Nacional de Liturgia “é mais ou menos sinónimo de patena, o vaso sagrado coberto com uma tampa, para conservar o Sagrada Reserva (Pão eucarístico). Também se chama “píxide” (ou teca) à caixinha mais pequena, com tampa, que se utiliza para levar a comunhão aos doentes”.
A píxide faz parte das chamadas “alfaias litúrgicas", ou seja, dos objetos usados no exercício da liturgia como, por exemplo, os vasos litúrgicos e os paramentos dos ministros. Nesta categoria também se considera a arte sacra, uma vez que se refere ao culto e ao uso sagrado. Este e outros objetos fazem parte de um espólio museológico significativo, utilizado no âmbito da disciplina de Religião e Moral.

Bibliografia e informação adicional:

Para consultar a história da Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho: