ME/401109/233
Escola Secundária de Camões
Instrumento
utilizado no Laboratório de Física para fins pedagógicos. Trata-se de uma pilha
de volta composta por uma série de discos de cobre e de zinco empilhados uns
sobre os outros, alternadamente, o cobre para baixo e o zinco para cima,
colocando-se entre os discos rodelas de pano de feltro, embebidas em água
acidulada. Ao zinco do último disco superior liga-se um elétrodo e ao de cobre
do último inferior liga-se o outro. A eletricidade do zinco comunica-se ao do
cobre que lhe serve de condutor e nele se forma o polo negativo; a eletricidade
do feltro é recebida pelo cobre do disco superior e passa ao zinco, onde se
forma o polo positivo. A pilha de Volta tem apenas importância histórica uma
vez que produz apenas correntes fracas e não tem aplicação prática, mas desta
pilha derivam todas as outras. Apresenta uma campânula cilíndrica metálica para
cobrir a estrutura da pilha.
A
eletricidade é um termo bastante genérico que inclui vários fenómenos resultantes
da carga elétrica, do seu fluxo e da corrente elétrica. É uma das áreas da
física que se dedica ao estudo das partículas com carga elétrica e aos seus
efeitos.
A
designação “eletricidade” tem origem na palavra grega elektron, ou seja, âmbar. Isto deve-se à experiência que consta ter
sido efetuada por Tales de Mileto em 600 a. C. que verificou que o âmbar,
quando friccionado, passava a atrair pequenos objetos. Atualmente sabemos que o
âmbar adquire uma carga elétrica após ser friccionado. Elektron é também a origem do nome de uma das partículas presentes
no átomo, o eletrão.
Só
no século XVI, com as experiências de William Gilbert é que se descobriu que
existiam outras substâncias que tinham as mesmas propriedades do âmbar. O
cientista publicou uma obra sobre a eletricidade e o magnetismo. A partir desta
época, o estudo dos fenómenos elétricos começou a generalizar-se. É o caso de
Otto Van Guericke que inventou uma máquina de descargas elétricas provocadas
pelo atrito. Charles Francis Dufay, em 1730, descobriu que a eletricidade tem
cargas positivas e negativas.
Benjamin
Franklin realizou vários trabalhos sobre a eletricidade. Atribui-se a este
cientista a descoberta do para-raios através de uma experiência, em 1752, com
um papagaio de papel que tinha uma chave na sua corda. Durante uma tempestade
com a ocorrência de relâmpagos, Franklin verificou que os raios possuíam
eletricidade, através da formação de faíscas na referida chave.
Em
1780 Luigi Galvani fez uma descoberta importante ao realizar experiências com
animais mortos, constatando que os músculos se contraem à passagem da corrente
elétrica.
Cerca
de 1800, Alessandro Volta inventou a primeira pilha, feita com discos de cobre
e zinco, empilhados sobre um pano com uma solução ácida.
Em
1820 Hans Christian Oersted descobriu que a corrente elétrica consegue produzir
um campo magnético. Michael Faraday realizou várias experiências e criou
diversos inventos demonstrando a indução elétrica.
ME/400270/6
Escola Secundária Jácome Ratton
Este
instrumento é constituído por uma rede metálica cilíndrica, tendo suspensos pêndulos
de sabugueiro no interior e exterior. A rede assenta num suporte metálico,
ligado à base através de um segmento em vidro (isolante). Com este instrumento
prova-se que as cargas elétricas fornecidas a um condutor se distribuem na sua
superfície exterior, porque só os pêndulos exteriores se afastam.
George
Simon Ohm, em 1827, descobriu a relação matemática entre a resistência, a
tensão e a corrente elétrica. Esta descoberta deu origem à conhecida Primeira Lei de Ohm.
A
aplicação prática da eletricidade concretizou-se com a invenção do telefone por
Alexander Graham Bell em 1875 e com a lâmpada, inventada por Thomas Edison em
1880.
Em
1886 George Westhinghouse criou o primeiro sistema de distribuição de
eletricidade por corrente alternada, baseado nas experiências de Nikola Tesla.
Este cientista desenvolveu, em 1890, o sistema de distribuição trifásico de
corrente elétrica.
Em
1905, Albert Einstein explicou o efeito fotoelétrico que constituiu a base para
a produção de painéis solares. Em 1911 Kamerlingh Onnes descobriu a
supercondutividade.
Desta
forma, a evolução de conhecimentos na área da eletricidade foi muito rápida.
Assim, foi possível a produção de energia que alimenta as habitações
particulares, a industria e a rede pública. A versatilidade da eletricidade,
produzida nas centrais hidroelétricas ou termoelétricas, permitiu a sua
aplicação a quase todos os setores, dos transportes às comunicações, sendo a
base do funcionamento da sociedade moderna.
MJS