2012/12/26

Assim se faz o Presépio


(Capa da obra Assim se faz o Presépio)

Fonte: Jorge Escalço Valadas. - Lisboa : Direcção-Geral do Ensino Primário, 1957. 
Cota: BMEP 2233


Segundo a tradição cristã, o presépio é uma das representações mais singelas do nascimento, o brotar para a vida na e com simplicidade. Procura-se, efetivamente, representar a importância do momento atemporal do nascimento de Jesus Cristo.


(Imagem desenhada do Presépio)

Fonte: Jorge Escalço Valadas. - Lisboa : Direcção-Geral do Ensino Primário, 1957. 
Cota: BMEP 2233


Podemos resumir, se assim o pretendemos, o presépio como a presença do Menino, rosto de Deus, no estábulo, ao lado de seus pais, tendo por testemunhas os pastores e os animais e recebendo a visita dos Reis Magos, guiados pela estrela de Belém, o que mostra a grandeza e a onipotência de Deus representada na fragilidade de uma criança – mesmo que este ato fosse uma metáfora, nunca poderíamos ficar desatentos a tal alegoria de santidade!

 De acordo com fontes históricas, o primeiro presépio foi criado por São Francisco de Assis no Natal de 1223. O frade católico montou o presépio em argila na floresta de Greccio (comuna italiana da região do Lácio). A sua ideia era montar o presépio para explicar as pessoas mais simples o significado e como foi o nascimento de Jesus Cristo.

 Mais tarde, no século XVIII, a tradição de fazer o presépio nos lares católicos popularizou-se na Europa e, desta forma, foi invadindo todas as regiões do mundo!


(Imagem desenhada de Maria e do Menino Jesus para recortar)

Fonte: Jorge Escalço Valadas. - Lisboa : Direcção-Geral do Ensino Primário, 1957. 
Cota: BMEP 2233

 

Maria[1] conhecida entre os cristãos como Maria de Nazaré; Santa Maria; Virgem Maria; Nossa Senhora; Santíssima Virgem Maria; Mãe de Deus, etc., no Islão é também conhecida como Maria, Mãe de Issa.

Maria é identificada no Novo Testamento e no Alcorão como a mãe de Jesus através de intervenção divina (Mateus 1:16-25, Lucas 1:26-56, Lucas 2:1-7). Jesus é visto como o Messias — o Cristo — em ambas as tradições, dando origem a um nome comum: Jesus Cristo.

Os evangelhos canónicos de Mateus e Lucas descrevem Maria virgem (παρθένος, parthenos), desta forma, os cristãos creem que Maria concebeu o seu filho milagrosamente pela ação do Espírito Santo e, por sua vez, os muçulmanos acreditam que tal conceção se deve ao comando de Deus.

O Novo Testamento começa o relato da vida de Maria com a anunciação — quando o anjo Gabriel aparece e anuncia que Deus escolhe Maria para ser a mãe de Jesus. Ademais, os relatos bíblicos registam o papel de Maria em eventos importantes da vida de Jesus, desde o seu nascimento até a sua ascensão.

Os cristãos da Igreja Católica, da Igreja Ortodoxa, da Igreja Ortodoxa Oriental, da Igreja Anglicana e da Igreja Luterana creem que Maria, como mãe de Jesus, é a Mãe de Deus (Μήτηρ Θεοῦ) e a Theotokos, literalmente Portadora de Deus. Maria foi venerada desde o início do cristianismo. Ao longo dos séculos ela tem sido um dos assuntos favoritos da arte, da música e da literatura cristã.


(Imagem desenhada de S. José para recortar)

Fonte: Jorge Escalço Valadas. - Lisboa : Direcção-Geral do Ensino Primário, 1957. 
Cota: BMEP 2233

 

José é descendente da casa real de David. Aquando noivo de Maria foi visitado por um anjo que o informou que a sua futura esposa daria à luz um filho, fruto do Espirito Santo. Ainda assim, José, nas suas dúvidas, tomou Maria e levou-a para Belém para contemplar o nascimento de Jesus.

Avisado de novo, por um anjo das intenções do Rei Herodes, José levou Maria e Jesus para o Egito. Na sua santidade, José revê Jesus como filho e, desta forma, leva-o junto com Maria, a visitar o tempo – apresenta-O a Deus. Esta ocorrência é muito citada, não só pelo simbolismo e tradição bíblica, mas também porque é uma das últimas menções feitas a José nas Sagradas escrituras – a procura incessante de Jesus no Templo de Jerusalém.

José, segundo a tradição cristã, é um personagem do Novo Testamento que encarna o papel de pai e esposo, pai de Jesus e esposo da Mãe de Deus. Por este motivo, no catolicismo, é considerado santo e chamado de São José.

Em 1479, no calendário romano, é assinalada a festa de São José – 19 de março, dia do pai. São Francisco de Assis e Santa Teresa d’Avila ajudaram a espalhar a devoção, e em 1870 São José foi declarado patrono universal da Igreja pelo Papa Pio IX. Mais tarde, o Papa Benedito XV declara José como o patrono da Justiça Social. Ainda assim, São José entra na mundividência, por uns é considerado padroeiro dos carpinteiros, por outros é representado como um lírio, um pedagogo, ou mesmo pai…


Bibliografia:


BESSIÈRES, Albert (1954). São José : actualidade e presença de um grande Santo. Lisboa: União Gráfica.

 

BÍBLIA SAGRADA (1978). Lisboa: Edições Paulistas.

 

PASQUALE, Humbert M. (1980). A Virgem Maria na vida cristã. Porto: Ediçoes Salesianas.

 

VALADAS, Jorge Escalço (1957). Assim se faz o presépio. Lisboa: Direcção-Geral do Ensino Primário.

 

 

PM



[1] Em hebraico: מִרְיָם, Miriam e em grego: Μαρία, Maria