Segundo a
tradição cristã, o presépio é uma das representações mais singelas do
nascimento, o brotar para a vida na e com simplicidade. Procura-se,
efetivamente, representar a importância do momento atemporal do nascimento de
Jesus Cristo.
Podemos
resumir, se assim o pretendemos, o presépio como a presença do Menino, rosto de
Deus, no estábulo, ao lado de seus pais, tendo por testemunhas os pastores e os
animais e recebendo a visita dos Reis Magos, guiados pela estrela de Belém, o
que mostra a grandeza e a onipotência de Deus representada na fragilidade de
uma criança – mesmo que este ato fosse uma metáfora, nunca poderíamos ficar
desatentos a tal alegoria de santidade!
Maria[1]
conhecida entre os cristãos como Maria de
Nazaré; Santa Maria; Virgem Maria; Nossa Senhora; Santíssima
Virgem Maria; Mãe de Deus, etc.,
no Islão é também conhecida como Maria, Mãe
de Issa.
Maria é
identificada no Novo Testamento e no Alcorão como a mãe de Jesus através de
intervenção divina (Mateus 1:16-25, Lucas 1:26-56, Lucas 2:1-7). Jesus é visto
como o Messias — o Cristo — em ambas as tradições, dando origem a um nome
comum: Jesus Cristo.
Os evangelhos canónicos de Mateus e Lucas descrevem Maria virgem (παρθένος, parthenos), desta forma, os cristãos creem que Maria concebeu o seu filho milagrosamente pela ação do Espírito Santo e, por sua vez, os muçulmanos acreditam que tal conceção se deve ao comando de Deus.
O Novo Testamento começa o relato da vida de Maria com a anunciação — quando o anjo Gabriel aparece e anuncia que Deus escolhe Maria para ser a mãe de Jesus. Ademais, os relatos bíblicos registam o papel de Maria em eventos importantes da vida de Jesus, desde o seu nascimento até a sua ascensão.
Os
cristãos da Igreja Católica, da Igreja Ortodoxa, da Igreja Ortodoxa Oriental,
da Igreja Anglicana e da Igreja Luterana creem que Maria, como mãe de Jesus, é
a Mãe de Deus (Μήτηρ Θεοῦ) e a Theotokos, literalmente Portadora de Deus. Maria
foi venerada desde o início do cristianismo. Ao longo dos séculos ela tem sido
um dos assuntos favoritos da arte, da música e da literatura cristã.
José é descendente da casa real de David. Aquando noivo de Maria foi visitado por um anjo que o informou que a sua futura esposa daria à luz um filho, fruto do Espirito Santo. Ainda assim, José, nas suas dúvidas, tomou Maria e levou-a para Belém para contemplar o nascimento de Jesus.
Avisado de novo, por um anjo das intenções do Rei Herodes, José levou Maria e Jesus para o Egito. Na sua santidade, José revê Jesus como filho e, desta forma, leva-o junto com Maria, a visitar o tempo – apresenta-O a Deus. Esta ocorrência é muito citada, não só pelo simbolismo e tradição bíblica, mas também porque é uma das últimas menções feitas a José nas Sagradas escrituras – a procura incessante de Jesus no Templo de Jerusalém.
José, segundo a tradição cristã, é um personagem do Novo Testamento que encarna o papel de pai e esposo, pai de Jesus e esposo da Mãe de Deus. Por este motivo, no catolicismo, é considerado santo e chamado de São José.
Em 1479, no calendário romano, é assinalada a festa
de São José – 19 de março, dia do pai.
São Francisco de Assis e Santa Teresa d’Avila ajudaram a espalhar a devoção, e
em 1870 São José foi declarado patrono universal da Igreja pelo Papa Pio IX.
Mais tarde, o Papa Benedito XV declara José como o patrono da Justiça Social.
Ainda assim, São José entra na mundividência, por uns é considerado padroeiro
dos carpinteiros, por outros é representado como um lírio, um pedagogo, ou
mesmo pai…
Bibliografia:
BESSIÈRES,
Albert (1954). São José : actualidade e presença de um grande Santo. Lisboa: União
Gráfica.
BÍBLIA
SAGRADA (1978). Lisboa: Edições Paulistas.
PASQUALE,
Humbert M. (1980). A Virgem Maria na vida cristã. Porto: Ediçoes Salesianas.
VALADAS,
Jorge Escalço (1957). Assim se faz o
presépio. Lisboa: Direcção-Geral do Ensino Primário.
PM
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