Durante
o século XIX desenvolveu-se uma corrente educativa para apoio a crianças com
necessidades especiais. Orientou-se em duas vertentes: a assistência, através
da criação de instituições de apoio, como asilos; e através de instituições
educativas especializadas. O nome de António Aurélio da Costa Ferreira ficou
para sempre ligado ao grande impulso dado a este tipo de educação especial.
Em 1911, Costa Ferreira foi
nomeado Diretor da Casa Pia de Lisboa. Em 1912, fundou a Colónia de S. Bernardino,
em Atouguia da Baleia e, no ano seguinte, dedicou-se ao curso de formação de
professores para surdos-mudos. Em 1915, fundou o Instituto Médico-Pedagógico, que
se enquadrava na nova pedagogia científica em Portugal.
Em sua
homenagem, a partir de 1929, o Instituto Médico-Pedagógico da Casa Pia de
Lisboa recebeu a denominação de Instituto António Aurélio da Costa Ferreira,
seu fundador. A partir de 1945, o Instituto passou a ter novas funções como a
observação e orientação de crianças com problemas mentais, a investigação
medico-pedagógica e a formação de professores.
Na
década de 50 foram várias as instituições especializadas que se estabeleceram
na área da deficiência física e mental. Em 1963 o Instituto António Aurélio da
Costa Ferreira passou para a tutela da Direção Geral do Ensino Superior e no
ano seguinte passou a lecionar o Curso de Especialização de Professores de
Crianças Inadaptadas.
Em fevereiro de 1978, o
Conselho de Orientação Pedagógica e Cientifica dos Cursos de Formação de
Professores do Instituto António Aurélio da Costa Ferreira (IAACF) entregou,
superiormente, o texto que a seguir se encontra digitalizado.
Em substituição do IAACF foi
criada a Escola (ou Instituto) Superior de Educação Especial, cujos objetivos
eram formar professores de educação especial, realizar formação permanente,
elaborar trabalhos de investigação e difundi-los ao nível nacional.
INSTITUTO
ANTÓNIO AURÉLIO DA COSTA FERREIRA
Bases para a reestruturação do IAACF / Conselho de
Orientação Pedagógica e Científica [do] Instituto António Aurélio da Costa
Ferreira. - Lisboa : IAACF, 1978. - 5 p.