2023/11/02

Temas Centrais do EEE: diversidade linguística


(Imagem de vários adultos de costas, abraçados, retirada do site do EEE)


“As línguas não só definem a identidade de uma pessoa como fazem parte de um património comum. Podem servir de ponte para chegar a outros povos e culturas, promovendo a compreensão mútua e o desenvolvimento de um sentimento comum de identidade europeia”.

As competências linguísticas dos cidadãos melhoraram a empregabilidade, facilitam o acesso a serviços e a exercício de direitos e contribuem para a solidariedade mediante o reforço do diálogo intercultural e da coesão social.

A UE tem, atualmente, três alfabetos e 24 línguas oficiais. Cerca de 60 outras línguas são faladas em determinadas regiões ou por grupos específicos. A imigração também trouxe um número importante de outras línguas para a UE, calculando-se que vivam atualmente dentro das suas fronteiras cidadãos nacionais de, pelo menos, 175 países diferentes.

A diversidade linguística está consagrada no artigo 22.º da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, que proíbe a discriminação de pessoas pertencentes a grupos minoritários e exige o respeito da diversidade cultural, religiosa e linguística em toda a UE. Todos os países têm graus diferentes de diversidade linguística e formas diferentes de gerir esta diversidade

A União Europeia promove a diversidade linguística através de programas europeus no domínio da educação e da cultura como o Erasmus+ e o Europa Criativa. O Programa Europa Criativa também apoia a tradução literária, a fim de permitir um acesso mais alargado a obras literárias importantes e de manter a diversidade linguística na UE.

A UE tem, atualmente, três alfabetos e 24 línguas oficiais. Cerca de 60 outras línguas são faladas em determinadas regiões ou por grupos específicos. A imigração também trouxe um número importante de outras línguas para a UE, calculando-se que vivam atualmente dentro das suas fronteiras cidadãos nacionais de, pelo menos, 175 países diferentes.

A diversidade linguística está consagrada no artigo 22.º da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia. O respeito pelos direitos das pessoas pertencentes a minorias é um elemento fundamental da Carta, que proíbe a discriminação de pessoas pertencentes a grupos minoritários e exige o respeito da diversidade cultural, religiosa e linguística em toda a UE. A Comissão assegura que os direitos fundamentais, nomeadamente o direito à não discriminação, são respeitados aquando da aplicação do direito da UE.

No entanto, os Estados-Membros têm o direito exclusivo de definir ou reconhecer as minorias nacionais dentro das suas fronteiras, incluindo os direitos dos grupos minoritários à autodeterminação (conforme estabelecido na Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritárias do Conselho da Europa e na Convenção-Quadro para a Proteção das Minorias Nacionais). Este direito estende-se às línguas nacionais ou regionais minoritárias.

Todos os países têm graus diferentes de diversidade linguística e formas diferentes de gerir esta diversidade. As regiões bilingues e as salas de aula multilingues que existem em toda a Europa recorrem a várias abordagens pedagógicas interessantes. A edição de 2017 da publicação Números-chave sobre o ensino de línguas nas escolas da Europa da rede Eurydice da União Europeia, que reúne os centros nacionais de análise da educação existentes em todos os países do Programa Erasmus+, incluía medidas de apoio ao ensino de línguas regionais ou minoritárias. Uma publicação mais recente da Eurydice apresenta um panorama específico das medidas tomadas pelas entidades competentes no domínio da educação para apoiar o ensino de línguas regionais e minoritárias nas escolas.

Para promover a diversidade linguística, todos os anos, a 26 de setembro, a Comissão associa-se ao Conselho da Europa, ao Centro Europeu de Línguas Modernas, a institutos de línguas e a cidadãos de toda a Europa para comemorar o Dia Europeu das Línguas, organizando diversos eventos e atividades a fim de promover a diversidade linguística e a aprendizagem de línguas.

Os programas europeus no domínio da educação e da cultura continuarão a apoiar projetos de aprendizagem de línguas. Através de programas de financiamento como o Erasmus+ e o Europa Criativa, a União Europeia apoia a aprendizagem de línguas e a diversidade linguística mediante, por exemplo, programas de mobilidade, projetos de cooperação e o apoio às Capitais Europeias da Cultura. Graças a estes programas, surgiram muitos projetos com bons resultados que contribuem para promover a aprendizagem e a visibilidade das línguas regionais e minoritárias na Europa, alguns dos quais são citados a título de exemplo no documento da rede Eurydice sobre o ensino das línguas regionais ou minoritárias nas escolas da Europa.

O Programa Europa Criativa também apoia a tradução literária, a fim de permitir um acesso mais alargado a obras literárias importantes e de manter a diversidade linguística na UE.

O multilinguismo é uma das oito competências essenciais necessárias para a realização pessoal, estilos de vida saudáveis e sustentáveis, a empregabilidade, a cidadania ativa e a inclusão social, tal como foi sublinhado pelos Estados-Membros da UE na Recomendação do Conselho sobre as competências essenciais para a aprendizagem ao longo da vida.

Apesar disso, muitos jovens europeus acabam os estudos sem conhecimentos práticos de uma segunda língua:

- 42% dos alunos de 15 anos testados tinham atingido o nível de «utilizador independente» na primeira língua estrangeira;

- 25% tinham atingido este nível numa segunda língua estrangeira;

- 14% dos alunos não tinham sequer um conhecimento básico de uma língua estrangeira.

Desta forma, a União Europeia definiu como prioridade fundamental melhorar o ensino e a aprendizagem de línguas, procurando:

- fomentar a aprendizagem de línguas até ao final da escolaridade obrigatória, ajudando todos os jovens a adquirir competências em, pelo menos, outra língua europeia para além da(s) língua(s) da sua escolaridade;

- incentivar a aquisição de uma (terceira) língua adicional a um nível que lhes permita interagir com um grau de fluência;

- melhorar o ensino e a aprendizagem das línguas a nível nacional, regional, local e escolar;

- introduzir o conceito de sensibilização para as línguas no domínio da educação e da formação;

- assegurar que um maior número de professores de línguas beneficia de oportunidades de aprendizagem e estudo no estrangeiro

- identificar e promover métodos de ensino inovadores, inclusivos e multilingues, utilizando ferramentas e plataformas a nível da UE, como o portal School Education Gateway e a plataforma eTwinning.

A existência de salas de aula multilingues apresenta-se como fundamental em todo este processo, aproveitando o potencial da diversidade linguística da União Europeia. As escolas devem, portanto, adaptar os métodos de ensino de modo a atender de forma positiva aos contextos culturais e linguísticos dos alunos, criando as condições para que possam ter bons resultados escolares.

A comemoração do Dia Europeu das Línguas comemora-se a 26 de setembro e tem como objetivo:

- sensibilizar o público para a grande variedade de línguas existente na Europa;

- promover a diversidade linguística e cultural;

- incentivar pessoas de todas as idades a aprender línguas.


Fonte: https://education.ec.europa.eu/pt-pt


MJS


 

2023/10/30

Temas Centrais do EEE: o multilinguismo

 

(Imagem de uma sala de aula com várias crianças que fazem desenhos retirada do site do EEE)


A multiplicidade linguística na Europa é fundamental para definir a identidade de cada cidadão e da sua herança comum, fomentando a união na diversidade.

No entanto, as competências linguísticas são imprescindíveis para a mobilidade, cooperação e compreensão mútua além-fronteiras. Assim sendo, a União Europeia promove a aprendizagem de línguas através da política educativa comum:

- a nível individual, a aprendizagem de línguas cria oportunidades pessoais e profissionais,

- a nível social, promove a sensibilização cultural, a compreensão mútua e a coesão social,

- a nível empresarial, os trabalhadores com competências linguísticas e interculturais são um recurso vital, ajudando as empresas a ter êxito e a crescer nos mercados mundiais.

São vários os programas que promovem a diversidade linguística:

- Programa Erasmus+ que permite desenvolver diversas competências num país diferente,

- O projeto LISTIAC (Linguistically Sensitive Teaching in All Classrooms),

- O Projeto MultiMind, uma plataforma de investigação e formação no âmbito do multilinguismo.

Todos os anos, a Comissão publica o Monitor da Educação e da Formação que mostra a evolução dos sistemas de educação e formação dos Estados-Membros da União Europeia. A recolha de dados sobre o ensino e a aprendizagem são igualmente realizados em parceria com o Eurostat e a OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económicos).

Através do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) é possível medir a capacidade dos alunos de 15 anos no que respeita à utilização de competências em leitura matemática e ciências.

A Comissão coopera igualmente com o Conselho da Europa e o seu Centro Europeu de Línguas Modernas que promove a inovação no ensino das línguas através do apoio da sala de aula multilingues e da iniciativa RELANG que estabelece equivalências entre exames e níveis de línguas.

O multilinguismo é uma das oito competências essenciais necessárias para a realização pessoal, estilos de vida saudáveis e sustentáveis, a empregabilidade, a cidadania ativa e a inclusão social, tal como foi sublinhado pelos Estados-Membros da UE na Recomendação do Conselho sobre as competências essenciais para a aprendizagem ao longo da vida.

No entanto, demasiados jovens europeus ainda acabam os estudos sem conhecimentos práticos de uma segunda língua.

inquérito da UE sobre competências linguísticas de 2011-12  (realizado em 14 Estados-Membros) revelou que

- 42% dos alunos de 15 anos testados tinham atingido o nível de «utilizador independente» (B1/B2 do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas) na primeira língua estrangeira

- 25% tinham atingido este nível numa segunda língua estrangeira

- 14% dos alunos não tinham sequer um conhecimento básico de uma língua estrangeira

Por estas razões, a UE definiu como prioridade fundamental o objetivo de melhorar o ensino e a aprendizagem de línguas desde cedo. Em 22 de maio de 2019, os ministros da Educação da UE adotaram a Recomendação do Conselho relativa a uma abordagem global do ensino e aprendizagem de línguas.

A importância da aprendizagem de línguas desde cedo é também salientada na Recomendação do Conselho relativa a sistemas de educação e acolhimento na primeira infância de elevada qualidade.   

No que respeita ao reforço das competências linguísticas, a estratégia a nível da UE para melhorar a aprendizagem de línguas é definida na Recomendação do Conselho relativa a uma abordagem global do ensino e aprendizagem de línguas. Na recomendação, os Estados-Membros acordaram em trabalhar no sentido de:

- fomentar a aprendizagem de línguas até ao final da escolaridade obrigatória, ajudando todos os jovens a adquirir competências em, pelo menos, outra língua europeia para além da(s) língua(s) da sua escolaridade

- incentivar a aquisição de uma (terceira) língua adicional a um nível que lhes permita interagir com um grau de fluência medido em função do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QECR) do Conselho ou da Europa

- incentivar o desenvolvimento de abordagens abrangentes para melhorar o ensino e a aprendizagem das línguas a nível nacional, regional, local e escolar

- introduzir o conceito de sensibilização para as línguas no domínio da educação e da formação, que proporciona um quadro inclusivo para a aprendizagem de línguas, tendo em conta a variedade de competências linguísticas dos alunos

- assegurar que um maior número de professores de línguas beneficiam de oportunidades de aprendizagem e estudo no estrangeiro

- identificar e promover métodos de ensino inovadores, inclusivos e multilingues, utilizando ferramentas e plataformas a nível da UE, como o portal School Education Gateway e a plataforma eTwinning

documento de trabalho dos serviços da Comissão descreve o contexto científico e factual da recomendação.

Em toda a UE, os alunos migrantes trazem para a sala de aula as suas competências linguísticas e uma multiplicidade de novas línguas, com potenciais vantagens a nível individual, mas também a nível das escolas e da sociedade.

Embora os números variem consideravelmente de país para país – de 1 % na Polónia a 40 % no Luxemburgo – no conjunto da UE, quase 10 % dos alunos aprendem numa língua que não é a sua língua materna. 

Trata-se por isso de saber qual a melhor forma de aproveitar o potencial da diversidade linguística da UE. Os dados disponíveis mostram que os alunos migrantes têm geralmente piores resultados escolares nas competências de base. 

As escolas devem, portanto, adaptar os métodos de ensino de modo a atender de forma positiva aos contextos culturais e linguísticos dos alunos, criando as condições para que possam ter bons resultados escolares.

Os temas da diversidade linguística nas escolas, das salas de aula multilingues e da sensibilização para as línguas nas escolas são ainda mais integrados na nova iniciativa Percursos para o sucesso escolar.

Selo Europeu das Línguas

Dia Europeu das Línguas

Dia Europeu das Línguas comemora-se anualmente a 26 de setembro, constituindo uma oportunidade para:

- sensibilizar o público para a grande variedade de línguas existente na Europa

- promover a diversidade linguística e cultural

- incentivar pessoas de todas as idades a aprender línguas – conhecer várias línguas facilita os contactos interpessoais e a procura de emprego e contribui para o crescimento das empresas

O Dia Europeu das Línguas foi estabelecido pela Comissão Europeia e pelo Conselho da Europa, que representa 800 milhões de europeus de 47 países. A iniciativa conta com a participação de diversos institutos culturais e linguísticos, associações, universidades e, em especial, escolas. O Dia Europeu das Línguas foi criado em 2001 – o Ano Europeu das Línguas – e, desde então, tem sido comemorado anualmente.

No que respeita à diversidade linguística, sabemos que as línguas não só definem a identidade de uma pessoa como fazem parte de um património comum. Podem servir de ponte para chegar a outros povos e culturas, promovendo a compreensão mútua e o desenvolvimento de um sentimento comum de identidade europeia.

A adoção de políticas e iniciativas eficazes em matéria de multilinguismo pode reforçar as oportunidades dos cidadãos. As competências linguísticas podem também melhorar a empregabilidade dos indivíduos, facilitar o acesso a serviços e o exercício de direitos e contribuir para a solidariedade mediante o reforço do diálogo intercultural e da coesão social.

 

Fonte: https://education.ec.europa.eu/pt-pt


MJS