2023/08/03

Resumo do Artigo Liceu D. Maria, Coimbra de Maria Judite Seabra (Parte I)



Judite Seabra na sua investigação apresenta data chave da criação e funcionamento do Liceu Infanta D. Maria: Criação: 1918 (Decreto-lei de 14 de julho) e inicio de funcionamento no ano letivo de 1918/19.

 

Designações:

    - Nome de origem: Liceu Feminino de Coimbra;

    - A partir de 1919: Liceu Nacional Infanta D. Maria.

 

Desde a sua origem que foi um liceu de frequência feminina.  A sua localização começou por ser em instalações provisória, a partir de 1919 passa a instala-se numa Casa particular na Avenida Sá da bandeira, n.º 111. A partir de 1932 ocupa a Quinta da rainha (local da atual Maternidade e Centro de saúde e Assistência Materno-Infantil Bissaya Barreto). Mais tarde, em 1937 a escola ocupa o Edifício de S. Bento. Em 1948, localiza-se na quinta do Gavino - Calhabé (atual Rua Infanta D. Maria).

 

O edifício construído de raz para o Liceu foi inaugurado no dia 1 de outubro de 1948, projetado para 560 alunas pelo Arquiteto Fernando de Sá. O projeto aprovado em 1938, e alterado pelo Arquiteto Francisco Assis em 1944.

 

Reitores do Liceu Infante D. Maria:

 

    - António de Almeida e Sousa - 1919-1910;

    - Maria Emília Salvador - 1920-1921;

    - Susana Rodrigues de Carvalho - 1922-1928;

    - Maria Teresa Silva Basto - 1928-1929;

    - Elisa Figueira - 1929-1937;

    - Dionysia Camões - 1937-1966;

    - Amélia Rosa Matos - 1966-1972;

    - Alice Gouveia - 1972-1974.

 

A Investigação de Maria Judite Seabra[1] transcreve uma listagem dos reitores que fizeram parte da escola até 1974, por sua vez, a Divisão de Serviços da Documentação e de Arquivo da Secretaria-Geral da Educação e Ciência apresenta-nos um fundo arquivístico de alguns desses mesmos reitores; cuja organização das séries documentais inventariadas segue a estrutura adotada pela Portaria de Gestão de Documentos n.º 1310/2005, de 21 de dezembro:


Âmbito cronológico:

Cota:

1939-[s.m.]-[s.d.] / 1940-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0012/00077

1937-[s.m.]-[s.d.] / 1938-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0004/00026

1938-[s.m.]-[s.d.] / 1939-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0009/00057

1941-[s.m.]-[s.d.] / 1942-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0014/00091

1942-[s.m.]-[s.d.] / 1943-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0015/00103

1955-[s.m.]-[s.d.] / 1956-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0052/00455

1944-[s.m.]-[s.d.] / 1945-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0023/00147

1958-[s.m.]-[s.d.] / 1959-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0057/00516

1940-[s.m.]-[s.d.] / 1941-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0018/00114

1957-[s.m.]-[s.d.] / 1958-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0055/00503

1943-[s.m.]-[s.d.] / 1944-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0021/00129

1959-[s.m.]-[s.d.] / 1960-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0060/00551

1954-[s.m.]-[s.d.] / 1955-[s.m.]-[s.d.]

PT/MESG/AAC/IEL/002/0050/00425

 

 

 

 

Os relatórios de reitor, grosso modo, são uma apreciação das condições pedagógicas das instalações e do material de ensino; emissão de pareceres didáticos; estudo do rendimento do ensino em cada liceu e sua correlação com os professores; elaboração de estatísticas; classificação do serviço dos professores; realização de inquéritos e sindicâncias; instrução de processos movidos a professores, etc.

 

P. M. 

 

Seabra, Maria Judite (2003). Liceu Infanta D. Maria (Coimbra). In: Liceus de Portugal: histórias, arquivos, memórias. Lisboa: Edições Asa, pp. 202-219.

 




[1] Doutora em educação coma tese de doutoramento: Os liceus na sociedade coimbrã (1840-1930). Coimbra: Departamento de Educação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.  Dissertação de Doutoramento em História e Filosofia da Educação.

  

2023/07/31

Exposição virtual : "Arquitetura: do Românico ao Barroco"

 

Nesta exposição, que inclui imagens parietais, são representados os vários estilos arquitetónicos, para visualização e aprendizagem em História da Arte.

O Românico foi o primeiro estilo artístico da Cristandade Ocidental, congregando elementos romanos, germânicos, bizantinos, islâmicos e arménios. Devido ao importante papel desempenhado pela Igreja, privilegiou-se a construção de edifícios religiosos como mosteiros, igrejas ou catedrais. A planta era normalmente composta por três a cinco naves e o estilo acentuadamente defensivo. A arte deste período é indissociável da religião cristã, pedagógica, com figuras lineares e sem perspetiva.

O Gótico afirmou-se na Europa dos séculos XII a XIV e teve uma estética de elevação espiritual, caracterizando-se pela construção de catedrais: uso do arco ogival, da abóbada de nervuras cruzadas e dos contrafortes. A planta adota a cruz latina, com três naves. A arte continua a representar temas da Bíblia, com uma função de ensino dos fundamentos do Cristianismo. Surge uma inovação neste período que foi o uso do vitral.

O Renascimento surgiu no século XV prolongando-se até ao século XVII, retomando a arquitetura da Antiguidade Clássica: a busca da perfeição e da harmonia, a disposição ordenada dos elementos, os arcos de volta perfeita, a utilização da perspetiva e da proporção e a presença de aspetos humanistas. As artes tornam-se independentes da arquitetura. São construídas igrejas, catedrais, palácios e fortalezas.

O Barroco apareceu em finais do século XVII, com a consolidação das monarquias absolutas. Tinha como características a representação realista, a procura do movimento, os contrastes luminosos e o gosto pelo teatral. Continuaram-se a construir igrejas e palácios, com traçados geométricos, dinâmicos e formas curvas e ovais, abandonando-se os esquemas de composição mias rígidos.


Imagem parietal de arquitetura/Românica

ME/400180/4

Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte

Imagem parietal de arquitetura românica utilizada como apoio visual para as matérias de História e História da Arte. Trata-se de uma perspetiva de um claustro, vendo-se quatro colunas com diferentes tipos de capitéis, dos simples, sem decoração, aos vegetalistas e geometrizantes, com elementos entrelaçados. No lado esquerdo, pode observar-se uma igreja românica de três naves, com dois campanários, junto à abside. Na parede do claustro, está patente uma planta cruciforme de igreja românica e mais ao fundo uma abóbada de berço. No chão, do lado direito, destacam-se duas pedras tumulares, emolduradas com motivos florais esculpidos. Ao fundo do claustro destaca-se a arcaria de volta inteira.


Imagem parietal de arquitetura/Românica

ME/400180/5

Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte

Imagem parietal de arquitetura românica utilizada como apoio visual para as matérias de História e História da Arte. Trata-se do interior de uma igreja com perspetiva focada na nave central. Lateralmente (em ambos os lados) observam-se colunas monocilíndricas que suportam arcos de volta perfeita. O teto é plano e decorado com frescos. No conjunto destaca-se uma exuberante decoração com frescos iconográficos, policromados, predominando os tons ocre e azul. As personagens inscrevem-se em largas bandas horizontais. No nível superior observam-se janelões com arcos de volta perfeita. Ao fundo, ao centro, vemos o altar-mor e duas representações de Cristo. É notória a influência bizantina em todo o conjunto.


Imagem parietal de arquitetura/Gótica

ME/400180/2

Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte

Imagem parietal de arquitetura gótica utilizada como apoio visual para as matérias de História e História da Arte. Trata-se do interior de uma catedral gótica, com perspetiva focada na nave central. À esquerda, observa-se uma sequência de colunas, com base, fuste e capitel, ornadas com estatuária iconográfica, fazendo o suporte ao arcaria em ogiva e respetiva abóbada, com cruzamentos nervurados. Na galeria superior de circulação, observam-se colunatas, vitrais e pequenas rosáceas. Do lado direito, simétrica sequência de colunas e estatuária diferenciada. Ao centro, destaque para a abside profusamente iluminada com vitrais e representação estilizada do altar. No plano inferior, ilustração do pavimento e bancos dispostos simetricamente. Percebe-se, no conjunto, a intenção de realçar a verticalidade das formas, com valorização da altura. Predominam os tons cinza e pedra, já esbatidos.


Imagem parietal de arquitetura/Gótica

ME/400180/7

Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte

Imagem parietal de arquitetura gótica utilizada como apoio visual para as matérias de História e História da Arte. Trata-se de uma representação de um conjunto arquitetónico constituído por edifícios civis e religiosos, de estilo gótico, ladeando uma ampla praça. À esquerda, imponente edifício em arcada, aparentemente sede do poder político comunal, a julgar pelas insígnias esculpidas em pedras de armas, formando um friso por cima do arco inferior. Destacam-se arcos em ogiva e pináculos de pedra rendilhada. Ainda à esquerda, mas em segundo plano, outro edifício evidencia idênticos elementos arquitetónicos. Ao centro, em destaque, está representada uma catedral exemplificativa desta nova estética: percebe se a intenção de valorizar a altura; observam-se arcos em ogiva, duas torres encimadas por pináculos, uso de vitrais e pequenas rosáceas. O alçado lateral evidencia arcos botantes. À direita, quatro edifícios completam o conjunto, sendo o primeiro muito mais pormenorizado do que os restantes: cinco pisos com arcos ogivais, vitrais, rosáceas e pináculos. No centro do quadro, em primeiro plano, uma pequena torre concentra todos os elementos arquitetónicos já referidos. Num plano posterior, visualiza-se um casario urbano e, no cimo de um monte, uma representação muito simplificada de uma construção conventual.


Imagem parietal de arquitetura/Renascentista

ME/400180/11

Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte

Imagem parietal de arquitetura renascentista utilizada como apoio visual para as matérias de História e História da Arte. Na imagem estão representados alguns edifícios e elementos arquitetónicos do Renascimento bem como da escultura. No lado direito perfilam-se três edifícios civis do Renascimento nórdico, enquanto do lado esquerdo se situam edifícios de aparência italiana. No centro, está representado o monumento equestre a Bartolomeo Colleoni, de Andrea del Verrochio.


Imagem parietal de arquitetura/Renascentista

ME/400180/3

Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte

Imagem parietal de arquitetura renascentista utilizada como apoio visual para as matérias de História e História da Arte. Trata-se do interior de uma igreja renascentista, provavelmente o interior da Basílica de S. Pedro em Roma, com perspetiva focada na nave central. À esquerda e à direita, observa-se uma sequência de colunas e arcadas ornadas com baixo-relevo. Na nave central fica em destaque o teto, profusamente trabalhado e pavimento, dando uma sensação de profundidade. Predominam os tons laranja e vermelho da decoração que contrastam com o cinzento esverdeado da pedra utilizada na construção. A arquitetura renascentista retoma o modelo arquitetónico da cruz grega, coroado por uma cúpula, notando-se o abandono da verticalidade das igrejas góticas. Há um maior dinamismo atribuído aos espaços internos e às fachadas.


Imagem parietal de arquitetura/Barroca

ME/400180/6

Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte

Imagem parietal de arquitetura barroca utilizada como apoio visual para as matérias de História e História da Arte. Trata-se de uma representação de interior barroco europeu, com colunas de cores diferentes e tetos ricamente decorados, com aplicações em relevos e pinturas, que conferem grande dinamismo e emotividade à imagem. O barroco nasce marcado pela reação da Igreja Católica ao movimento protestante. O desenvolvimento dos regimes absolutistas vai igualmente contribuir para o florescimento deste estilo, caracterizado, em traços gerais, pela monumentalidade das dimensões, opulência das formas e excesso de ornamentação.


Imagem parietal de arquitetura/Barroca

ME/400180/8

Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte

Imagem parietal de arquitetura barroca utilizada como apoio visual para as matérias de História e História da Arte. Trata-se de uma representação de vários edifícios e elementos da arquitetura barroca europeia. Ao centro e em primeiro plano observa-se um jardim com uma balaustrada na entrada. Mais ao longe, vê-se outro jardim, de tipologia diferente e mais à direita, numa colina, observa-se uma representação do que parece ser o Mosteiro de Melk, na Áustria, de Jakob Prandtauer. O barroco nasce marcado pela reação da Igreja Católica ao movimento protestante. O desenvolvimento dos regimes absolutistas vai igualmente contribuir para o florescimento deste estilo, caracterizado, em traços gerais, pela monumentalidade das dimensões, opulência das formas e excesso de ornamentação.


MJS