A Escola Secundária Rodrigues de Freitas, localizada
no Porto, foi fundada por Passos Manuel, como Liceu Nacional do Porto, em 1836,
tendo iniciado o seu funcionamento em 1840 no Convento das Carmelitas. Durante os
primeiros tempos, as instalações não eram as mais adequadas, embora o número de
alunos e oferta curricular fossem bastante reduzidos.
A partir de 1880, a escola mudou de instalações e passou
a designar-se Liceu Nacional Central do Porto. Com a reforma de Jaime Moniz em
1894-95, o Liceu passou a ter uma organização pedagógica coerente visando a
coordenação entre todas as disciplinas de cada ano e passou a incluir alunas em
regime ordinário.
Em 1908, passou a designar-se Liceu Nacional Central
de D. Manuel II e em 1910, mudou o seu nome para Liceu de Rodrigues de Freitas.
Em 1912, Eduardo Ferreira dos Santos Silva assumiu as funções de Reitor nesta
escola. Foi o responsável pela implementação da Seção Feminina dos Liceus do
Porto, concretizada pelo novo Reitor, António Augusto Pires de Lima, em 1915.
A grande mudança ao nível da estrutura educativa
efetuou-se com as diretrizes de Carneiro Pacheco em 1936, acentuando o papel
ideológico da educação, cultivando uma faceta nacionalista, moralista e
patriota. Os reitores foram substituídos por pessoas de confiança política por
todo o país, foi suspenso o regime de classes pelo regime de disciplinas em
1936, adotou-se o livro único e incrementaram-se as inspeções escolares.
Assistiu-se à implementação da Mocidade Portuguesa que
visava os liceus como aparelhos de mobilização e doutrinação ideológica. Em
1942, as associações escolares e as suas atividades foram extintas. Com a
reforma de Fernando Pires de Lima em 1947, foi retomada a designação de Liceu
de D. Manuel II e em 1957 de Liceu Normal de D. Manuel II.
A partir de 1975, os liceus foram transformados em escolas secundárias e a Escola passou a ter a sua designação atual: Escola Secundária Rodrigues de Freitas. Nesta exposição deixamos alguns elementos do vastíssimo espólio museológico desta instituição que pode ser consultado online no Museu Virtual da Educação.
ME/402709/44
Escola Secundária Rodrigues de
Freitas
Modelo para estudo da Botânica
utilizado como material didático para aprendizagem da morfologia da flor de
Digitalis purpurea, pertencente a uma coleção de 203 exemplares, denominada
coleção "Brendel". A peça já
não tem suporte. Destaca-se a conceção engenhosa permitindo visualizar o aspeto
da flor ampliada. Cores: Haste de suporte, preta; pedúnculo e cálice verdes e
corola rosa.
ME/402709/127
Escola Secundária Rodrigues de
Freitas
Material didático que servia para estudo e observação da anatomia dos corais nas aulas de Ciências Naturais. Está exposto, permanentemente, na parede do laboratório 0.14. Sob um fundo preto, retangular, é apresentado um corte longitudinal de uma haste de Coral (Corallium rubrum) com dois pólipos. Este modelo, altamente ampliado está fixado e legendado em francês. Tradução para Português da Legenda "1- Pólipo; 2- Corte longitudinal de Pólipo; 3- Pólipo retraído coberto pelo cálice; 4- Tentáculos; 5- Abertura bucal; 6- Cavidade Gastral; 7- Diafragma; 8- Filamentos mesentéricos; 9- Gónadas; 10- Hidrantes; 11- Sarcosome (não traduzido); 12- Calice sarcosomique (não traduzido); 13- Vasos irregulares; 14- Orifícios dos vasos irregulares das cavidades dos pólipos; 15- Vasos longitudinais; 16- Pólipos." Classificação científica: Reino: Animalia; Filo: Cnidaria; Classe: Anthozoa; Ordem: Alcyonacea; Família: Coralliidae; Género: Corallium; Espécie: Corallium rubrum.
ME/402709/171
Escola Secundária Rodrigues de
Freitas
Material didático que servia
para estudo e observação de uma estrela do mar almofadada nas aulas de Ciências
Naturais. Este exemplar encontra-se em bom estado de conservação em formol num
frasco cilíndrico de vidro. Pequena estrela-do-mar, de base larga e braços
curtos, que mede cerca de 5 a 6 cm de diâmetro. O seu corpo espesso encontra-se
coberto por numerosos espinhos curtos. A sua forma corporal é muito
característica: a superfície ventral é achatada e, na superfície dorsal,
apresenta uma pequena elevação perto do centro, que lhe confere o seu nome
comum de “estrela-do-mar-almofadada”. Classificação científica - Reino:
Animalia; Filo: Echinodermata; Classe: Asteroidea; Ordem: Valvatida; Família:
Asterinidae; Género: Asterina; Espécie: Asterina gibbosa.
ME/402709/221
Escola Secundária Rodrigues de
Freitas
Quadro parietal de crustáceos
marinhos no seu habitat. Na tela podem ser visualizados os caranguejos eremitas
e os camarões. Os crustáceos constituem um grupo de artrópodes que possui como
característica mais marcante a presença de dois pares de antenas na região da
cabeça. A tela não tem informações nem dos autores nem dos editores.
Encontra-se um pouco deteriorado talvez pelo uso excessivo em sala de aula.
ME/402709/243
Escola Secundária Rodrigues de
Freitas
Os amonoides constituem um
grupo extinto de moluscos cefalópodes que desapareceu na extinção K-Pg, no
final do Cretácico, que também vitimou os dinossauros. Com base nas suturas
consideram-se três grupos principais de amonoides: Goniatites (sutura simples
com algumas ondulações), que viveram do Devónico ao Pérmico; Ceratites (sutura
na qual começam a definir-se lobos) encontradas do Pérmico ao Triásico;
Amonites (apresentam suturas mais complexas) encontradas do Jurássico ao
Cretácico. As amonites diversificaram-se numa grande variedade de formas e eram
abundantes em todos os mares da era Mesozoica. Este exemplar é de grandes
dimensões. Classificação científica - Reino: Animalia; Filo: Mollusca; Classe:
Cephalopoda; Subclasse: Ammonoidea.
ME/402709/305
Escola Secundária Rodrigues de
Freitas
Esfera armilar utilizada com
fins pedagógicos nas aulas de Geografia. A esfera armilar é um instrumento de
Astronomia, utilizado sobretudo na navegação, que representa a esfera celeste
segundo a conceção ptolemaica. O modelo apresenta o equador (no qual se
inscrevem os vários meses do ano e os 12 signos do zodíaco), um meridiano e a
elíptica. No centro encontra-se um espaço destinado a um modelo de globo terrestre.