2022/08/25

Invenções que mudaram o mundo: a escrita

Diapositivo

ME/404652/553

Escola Secundária de Pedro Nunes

Trata-se de uma fotografia de uma gravura pela qual se pretende explicar a tradução de uma frase em hieróglifos egípcios. Hieróglifo é um vocábulo grego composto: hieros = sagrado; gluphein = gravar, donde - escrita sagrada. Os egípcios começaram por ter uma escrita ideográfica. Pouco faltou para chegarem ao sistema alfabético. O seu sistema que perdurou até ao advento do Cristianismo consistia numa mistura complicada de ideogramas, de sílabas e de letras. O decifrador deste sistema foi Champollion, em 1822. A tradução dos hieróglifos deste diapositivo é a seguinte: "O honrado na presença do grande deus; o que comanda o exército, Sepi, que descanse em paz". O diapositivo apresenta uma legenda na face de trás, que diz "Escrita hieroglífica egípcia N G 70 Gav. 2 nº 20".



A escrita consiste na utilização de sinais ou símbolos para transmitir conhecimentos, ou seja, é uma codificação gráfica da linguagem falada. A grafia é uma técnica de comunicação humana que consiste no registo de determinados símbolos num suporte. A invenção da escrita marca a delimitação entre a pré-história e a história.

De uma forma bastante simples, podemos afirmar que a escrita se divide em dois tipos: a escrita ideográfica, que se baseia em ideogramas que representam conceitos, e a escrita com grafemas, ou seja, a escrita alfabética em que cada letra representa um som ou um grupo de sons.

O nascimento da escrita deveu-se a várias necessidades sentidas pela sociedade: em primeiro lugar a necessidade de contagem e registo de produtos comercializados, impostos e funcionários; em segundo lugar, o registo de genealogias reais e feitos dos governantes para a posteridade, e, por último, as construções arquitetónicas que necessitavam da criação de sinais numéricos para realização de cálculos matemáticos.

Pensa-se atualmente que a primeira utilização da escrita ocorreu com a civilização Suméria, cerca de 3700 a. C. A partir daqui os especialistas acreditam que a escrita se desenvolveu de forma independente em quatro áreas civilizacionais: na Mesopotâmia (cerca de 3700 a. C.), no Egipto (cerca de 3400 a. C.), na China (cerca de 1500 a. C.) e na América Central (cerca de 1000 a. C.).

O sistema utilizado na Mesopotâmia advém de um sistema contabilístico que foi evoluindo para um sistema de escrita cuneiforme. Foi assim designada porque era feita através de um instrumento em forma de cunha com o qual se faziam os registos numa tábua de argila. Esta escrita foi adaptada pelo acádico, a língua falada pelos povos semitas que dominaram a região após o desaparecimento da civilização suméria.


Diapositivo

ME/404652/554

Escola Secundária de Pedro Nunes

Trata-se de uma fotografia de duas placas sobrepostas, contendo baixos-relevos, existentes no Louvre. Narram-nos o ataque a uma fortaleza, assim como os métodos guerreiros usados pelos assírios no séc. VII a. C. A fortaleza assediada tem torres cilíndricas e merlões, como os futuros castelos medievais. Junto à cidade vê-se um carro de assalto, um grupo de sapadores para minar as muralhas e archeiros protegidos por companheiros que empunhavam escudos redondos para o efeito. A tática militar assíria foi a mais notável do mundo oriental, sendo habilíssima em forçar as cidades e em quebrar as defesas. O diapositivo apresenta na sua face da frente duas legendas manuscritas. A da esquerda (riscada) diz "34001 bas-relief de Ninive - Louvre attaque d' une ville avec char d' Assaut 1 4"; a da direita diz "Baixo-relevo de Ninive. Ataque a uma cidade com carro de assalto (Louvre) Nº G 77 Gav. 2 nº 77". Na face de trás, apresenta uma legenda impressa que diz "PROJECTIONS MOLTENI COLLECTIONS ET TIRAGES DE POSITIFS POUR PROJECTIONS G. MASSIOT & Cie, 37-39, RUE DE BELFORT COURBEVOIE SEINE". Material de apoio às matérias de História.


A civilização egípcia desenvolveu outro tipo de sistema baseado em hieróglifos, ou seja, um tipo de escrita ideográfica em que um hieróglifo corresponde a um objeto ou a uma ideia. A sua evolução fez com que um determinado hieróglifo correspondesse a um determinado som.

A civilização chinesa utilizou os logogramas/ sinogramas, que correspondem a um morfema. O morfema é a unidade mínima dotada de significado que integra uma palavra, ou seja, o morfema é uma das partes que forma uma palavra.

Na américa central existem vários tipos de escrita, sendo a mais conhecida a da civilização Maia. É uma escrita que combina logogramas com um silabário.

A grande inovação irá suceder com a civilização Grega que desenvolve um alfabeto, em que cada letra/símbolo correspondia a um som individual, formando uma palavra com consoantes e vogais. As palavras eram escritas tal como soavam e a escrita foi difundida por todos os estratos sociais. O aparecimento de novos suportes, como a cortiça, metais suaves ou o papiro permitiram uma maior circulação da escrita.

A partir de então todos os conhecimentos podiam ser fixados e transmitidos futuramente. A escrita foi evoluindo e o pergaminho tornou-se o material por excelência, só substituído mais tarde pelo papel.

Em todo este processo é imprescindível referir a imprensa que permitiu a difusão da escrita a um nível nunca antes visto. Será de notar que a escrita estava restrita às camadas sociais mais elevadas A alfabetização das camadas populares foi muito mais lenta.

Assim, a invenção da escrita alterou os processos mentais da sociedade ao passar de um discurso oral para um discurso escrito. Permitiu a conservação de registos e o armazenamento e divulgação de informações por várias gerações.


MJS

2022/08/22

Invenções que mudaram o mundo: a energia nuclear

Imagem parietal de fissão nuclear

ME/402321/111

ES Nuno Álvares

Quadro didático utilizado em contexto das práticas pedagógicas de Física. Trata-se de uma imagem parietal de grandes dimensões, apresentando a fissão nuclear em quatro conjuntos de imagens coloridas, sobre fundo negro. Na parte superior do quadro, ao centro, encontra-se o título e uma introdução científica. Graficamente, as ilustrações encontram-se dispostas em três tiras, com fundo negro e desenhos a cores. Estão separadas por tiras brancas, sobre as quais estão impressas as legendas explicativas: em cima "Fissão de U235 por bombardeamento com neutrões lentos. Hahn 1939"; ao centro, à esquerda: "Reação em cadeia do urânio 235 ou do plutónio 329"; à direita: "Reação em cadeia controlada do urânio natural"; ao fundo, "Formação do plutónio a partir de U238".


A energia nuclear ou energia atómica é a energia que se encontra no interior do átomo e que pode ser retirada para determinados fins. Os isótopos de alguns elementos químicos têm a capacidade de se transformar noutros isótopos através de reações nucleares, emitindo energia neste processo. Esta energia pode ser obtida por fissão – separação dos núcleos de urânio ou de plutónio – ou por fusão – combinação de núcleos atómicos leves.

Ernest Rutherford descobriu o núcleo atómico e realizou várias experiências que permitiram concluir que através do uso de raios catódicos o núcleo podia ser modificado. A descoberta dos neutrões, partículas eletricamente neutras, abriu novas possibilidades para as alterações do núcleo.

A fissão nuclear foi uma descoberta de Otto Hahn e Fritz Strabmann, em 1938. Otto Hahn e Lise Meitner fizeram observações relativamente a uma fissão nuclear depois da irradiação de urânio com neutrões, concluindo que o núcleo se dividiu em dois.

O uso da tecnologia nuclear tem como principal finalidade a produção de energia elétrica através do calor obtido na reação nuclear controlada. A reação nuclear descontrolada ou reação em cadeia é aquela que ocorre no interior de uma bomba atómica. O primeiro estudo sobre este tipo de reação descontrolada teve lugar em 1942, na Universidade de Chicago.


Imagem parietal de reator nuclear e pilha atómica

ME/402321/114

ES Nuno Álvares

Quadro didático utilizado em contexto das práticas pedagógicas de Física. Trata-se de uma imagem parietal de grandes dimensões, apresentando o reator nuclear e pilha atómica em conjuntos de imagens coloridas, sobre fundo negro. Na parte superior do quadro, ao centro, encontra-se o título e uma introdução científica. À esquerda, em cima, encontra-se a ilustração de uma pilha atómica com permutador térmico - reator térmico heterogéneo; ao lado, está representada uma pilha atómica sem permutador térmico; por baixo, à esquerda e à direita, encontram-se dois reatores de pesquisa; ao fundo, está representada uma vista de conjunto de um centro atómico.


A energia nuclear é uma descoberta recente e controversa, apresentando vantagens e desvantagens. As reservas de minerais radioativos são bastante extensas e como tal não existe a preocupação do seu esgotamento, como no caso dos combustíveis fósseis. A energia nuclear é limpa, económica e não perigosa desde que usada de forma regulamentada.

No entanto, várias são as desvantagens: custos ambientais, potenciais acidentes em centrais nucleares e produção de resíduos radioativos, extremamente nocivos para a vida humana e animal. Estes resíduos devem ser armazenados em locais sem perigo de contaminação da água e dos solos, uma vez que a exposição dos seres vivos à radioatividade pode provocar doenças e malformações. Para além disso, a construção e manutenção de uma central é extremamente dispendiosa.

Atualmente estima-se que 16% da energia produzida mundialmente provem de centrais nucleares. Os Estados Unidos são o maior produtor mundial de energia nuclear. A França tem cerca de 80% de energia de origem nuclear. Em Portugal não existem centrais nucleares, sendo a mais próxima a central de Almaraz, em Espanha.


MJS