2021/05/20

Serra do Buçaco: Deserto dos Carmelitas Descalços e Conjunto do Palace-Hotel


O Deserto dos Carmelitas Descalços e Conjunto Edificado do Palace-Hotel no Buçaco são considerados monumentos nacionais, habilitados a constituírem a lista de Património Mundial da Humanidade.

Estas áreas inserem-se no extremo noroeste da Serra do Buçaco, no concelho da Mealhada. O Deserto dos Carmelitas Descalços encontra-se aqui, delimitado com um muro e inclui o Convento de Santa Cruz do Bussaco, o Sacromonte, ermidas de habitação, 23 capelas e sete fontes.

A expressão “Deserto” referia-se a uma região inóspita, onde viviam os monges eremitas durante o Cristianismo primitivo, permitindo a vida em comunidade, embora isolada e em retiro espiritual. Trata-se de uma zona extremamente rica o ao nível da biodiversidade, com mais de 250 espécies vegetais e um clima muito próprio com temperaturas amenas, precipitação frequente e nevoeiros matinais.


A Ordem dos Carmelitas Descalços é um ramo da Ordem do Carmo. Surgiu na sequência de uma reforma de Santa Teresa de Ávila e de S. João da Cruz durante o século XVI. O nome “Carmelitas” vem de Monte Carmelo, local onde se isolaram alguns peregrinos e cruzados. Frei António do Santíssimo Sacramento liderava a Ordem que se instalou nesta região durante cerca de 200 anos, entre 1628 e 1834.

O Sacromonte era uma subida da Serra que recriava a Via Sacra, no final da qual se encontra uma cruz, e foi mandado construir por D. Manuel Saldanha em 1644. Com a extinção das Ordens Religiosas, estes bens passaram a ser património do Estado.

O Palace Hotel do Buçaco, construído no espaço do antigo convento, inclui um conjunto de edifícios erigidos entre 1888 e 1922. Inclui o hotel (1888 – 1899), a Casa dos Cedros (1899), a ala sul e a galeria (1904), a Casa dos Brasões (1905- 1910) e a Casa do Arcos, a partir da qual se construiu a Casa dos Embrechados (1922).

Este complexo, mandado edificar pelo rei D. Carlos I, apresenta um estilo neo-gótico e traços do neomanuelino, da autoria de Luigi Manini. Evoca o império português através dos símbolos nacionais e de imagens de monumentos marcantes. No seu interior encontram-se inúmeras tapeçarias, peças chinesas e indo-portuguesas, mobiliário e obras de arte de Jorge Colaço, António Gonçalves, Costa Motta Sobrinho, João Vaz, António Ramalho ou Carlos Reis

O edifício principal tem três pisos e um torreão. A Casa dos Brasões foi edificada em 1905, segundo o projeto de Manuel Joaquim Norte Júnior, como um pavilhão real, onde pernoitavam os monarcas que visitavam o local. Este edifício ligou-se posteriormente à Casa do Cedro.

MJS 

2021/05/19

3.º Encontro Memória para todos


Nos próximos dias 11 e 12 de novembro, terá lugar em Lisboa o 3.º Encontro Memória para Todos. As inscrições devem ser feitas on line até ao dia 30 de julho.

O objetivo deste encontro será a reflexão sobre a preservação e a partilha da memória, com enfoque nos processos de registo e no impacto que as tecnologias da informação exercem sobre estas práticas.  Para mais informações consulte o site.  


2021/05/17

Peça do mês de maio


Espelhos parabólicos

Conjunto de espelhos côncavos (parabólicos), capazes de fazerem convergir num ponto, um feixe de raios incidentes paralelos e provenientes do Sol ou de outra fonte. Com este tipo de espelhos é possível desencadear combustões. Os espelhos esféricos são os mais comuns, no entanto podem apresentar algumas falhas óticas que dificultam as experiências científicas. Como tal, os mais recomendados para alguns tipos de estudos, são os espelhos parabólicos, cuja superfície tridimensional permite a concentração de feixes. A sua utilização é bastante comum em faróis de veículos e embarcações, amplificando a intensidade da luz e também no fabrico de antenas parabólicas, telescópios, geradores, entre outros, permitindo uma maior eficiência na produção de energia. 

Está inventariado com o número ME/402308/114 e pertence ao espólio museológico da Escola Secundária de Moura. 

MJS