2022/09/01

Invenções que mudaram o mundo: o frigorífico

 


O frigorífico é um utensílio utilizado na conservação de alimentos através da capacidade de os manter frios. Consiste geralmente num armário metálico, contendo no seu interior gavetas e prateleiras.

Antes da sua invenção, o homem fez várias tentativas para conservar os alimentos, quer envolvendo-os em pedras de gelo, quer salgando-os para absorver o calor. No entanto, os progressos na agricultura que permitiram um aumento do volume de produção tornaram necessário criar outro tipo de estratégias para conservar os alimentos.

Em 1748, William Cullen apresentou um processo de refrigeração artificial na Universidade de Glasgow, conseguindo criar um pouco de gelo utilizando vapor de água em vácuo, no interior de uma campânula. No entanto, não teve qualquer aplicação prática. Gérard Nairne aproveitou a experiência e juntou-lhe ácido sulfúrico. Apesar dos avanços, continuou sem ser aplicada.

Só no século XIX é que se deram os primeiros passos na refrigeração artificial. Em 1805, Oliver Evans utilizou máquinas de éter comprimido para obter frio. Em 1844, John Gorrie inventou uma máquina de refrigeração de ar expandido.

Em 1859, Ferdinand Carré conseguiu aplicar um sistema onde colocava um líquido volátil (amónia) a circular à volta de uma caixa por ação de um compressor, mantendo o frio. Teve uma aplicação comercial, mas era pouco prática e difícil de movimentar. Raoul Piquet adaptou este sistema utilizando bióxido sulfúrico. O sistema não resultou ao nível da refrigeração, mas criou a primeira pista de gelo artificial do mundo.




Na área do transporte de alimentos, as experiências foram iniciadas em 1851 e em 1857 surgiu a primeira carruagem refrigerada destinada à indústria das cernes de Chicago.

Só em 1873 surgiu a primeira máquina de refrigeração portátil, da autoria de Karl Von Linde. Em 1877, Carré resolve os problemas da sua máquina e croua um navio frigorífico que passou a transportar carne congelada entre a Argentina e o Brasil.

O frigorífico foi evoluindo e deixou de necessitar de caixas de gelo no seu interior. Em 1913 foi lançado o primeiro frigorífico doméstico pela marca Delmer: o Domelre (Domestic Electric Refrigerator). Sem grande sucesso, foi comercializado em 1918 com o nome de Kelvinator.

Em 1923, a Eletrolux começou a fazer experiências com um frigorífico elétrico que foi comercializado em série cerca de dois anos depois. O aparelho produzia alguns gases tóxicos e apresentava a novidade de possuir compartimentos para os cubos de gelo.

Em 1927 a General Electric lançou o Monitor-Top, arrefecido por um compressor que estava colocado no topo do aparelho.

Em 1930, a Electrolux lança o primeiro modelo para embutir nos móveis. Eram aparelhos que se destinavam a pequenos apartamentos citadinos. Em 1939 surge um frigorífico com duas partes: uma das zonas destinava-se a produtos congelados; a outra mantinha os alimentos frios.

A vulgarização do frigorífico só ocorreu após a Segunda Guerra Mundial. No entanto, este aparelho que emita gases tóxicos, comprometeu seriamente o equilíbrio ambiental. Na década de 70 surgem frigoríficos mais económicos e menos poluentes.

Considerado um dos eletrodomésticos mais importantes, o frigorífico tornou-se indispensável, permitindo armazenar e conservar alimentos por muito mais tempo.


MJS


(*) Imagens retiradas da Internet

2022/08/29

Agrupamento de Escolas Lapiás


O Agrupamento de Escolas Lapiás (AEL) é composto por dezasseis estabelecimentos de ensino, abrangendo cerca de 2000 alunos, provenientes de uma extensa área geográfica, que corresponde à zona nordeste do Concelho de Sintra.

 

No dia 1 de julho de 2011, o antigo Agrupamento de Escolas de Almargem foi extinto, tendo sido oficialmente integrado no Agrupamento de Escolas Lapiás. Como resultado, o Agrupamento de Escolas Lapiás, do qual a Escola Básica e Secundária Dr. Rui Grácio (antiga EB 2,3 Dr. Rui Grácio) é a escola sede, é atualmente composto por 16 estabelecimentos de ensino, sendo 16 jardins de infância e escolas do 1º Ciclo e uma escola do 2º e 3º Ciclos (a Escola Sede):

 

1.       JI/EB1 Almargem do Bispo.

2.       JI/EB1 Aruil;

3.       JI Camarões;

4.       JI/EB1 de Cortegaça;

5.       JI/EB1 D. Maria;

6.       JI/EB1 de Lameiras e Fação;

7.       JI/EB1 de Maceira;

8.       JI Montelavar;

9.       EB1 de Montelavar;

10.    JI Morelena;

11.    EB1 de Morelena;

12.    JI/EB1 Negrais;

13.    JI Palmeiros;

14.    JI/EB1 de Pêro Pinheiro;

15.    JI/EB1 Sabugo e Vale de Lobos;

16.    Escola Básica e Secundária Dr. Rui Grácio.

 

A transformação das rochas ornamentais continua a ser a atividade principal na qual se ocupa a maior parte da população, paralelamente, foi-se desenvolvendo o sector do comércio e dos serviços, dando a esta região algum desenvolvimento económico. Sendo uma zona com uma cultura que de fundo emerge de um meio rural, encontra-se fortemente impregnada de aspetos próprios dos meios industriais, donde resultam facetas múltiplas, umas próprias de meios rurais, outras dos centros industriais e urbanos.

 

A nível educativo as populações estão servidas de jardins de infância e escolas do 1.º ciclo, ao nível dos 2.º e 3.º ciclos apenas existe uma escola e, só a mais de 10 km de distância podemos encontrar escolas secundárias. Existe assim, dentro da escolaridade obrigatória um percurso educativo sequencial das crianças desta região nestas escolas, fator essencial para a proposta de constituição deste agrupamento.

A Escola Básica e Secundária Dr. Rui Grácio, escola sede do agrupamento, encontra-se situada na freguesia de Montelavar, junto a Pêro Pinheiro, no concelho de Sintra. Criada pela portaria n.º 406/80 de 15 de julho, anos mais tarde adotou como patrono a figura do Dr. Rui Grácio[1], professor e investigador que dedicou toda a sua vida à causa do ensino:

 


“Numa outra dimensão da democratização e da Educação para a Cidadania, defendeu a gestão colegial das escolas, a participação dos alunos e a criação de uma área curricular interdisciplinary denominada Educação Cívica Politécnica, constituída por um tempo – uma manhã ou uma tarde – dedicado a trabalhos de projecto (com a colaboração da equipa de docentes), que, partindo de problemas identificados pelos alunos na comunidade local e regional, estimulavam a articulação da escola com o meio, reforçavam a sua função social e desenvolviam a educação pelo trabalho.” CNE New (2021).


Marcante na história da Escola foi, sem dúvida, a experimentação dos novos planos curriculares. Iniciada no ano letivo de 1990/91, foi um ponto de viragem no processo de ensino/aprendizagem, na medida em que trouxe ao dia a dia da escola outras práticas pedagógicas.



O Centro de Recursos, constituído por uma Biblioteca, várias Salas de Informática, Sala de Audiovisuais, Sala de Produção, Gabinete de Som, Estúdio de Fotografia e Sala de Exposições, está vocacionado para o apoio aos inúmeros projetos que decorrem na escola, permitindo simultaneamente que os alunos desenvolvam diferentes interesses.


P.M. 

 

BIBLIOGRAFIA:

 

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LAIÁS (cop. 2007). Sobre o Agrupamento [em linha]. Sintra: AEL [Consult. 13 de maio de 2022]. Disponível. http://www.agrupamento-lapias.pt/


AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LAIÁS (cop. 2007a). Dr. Rui Grácio - patrono da escola [em linha]. Sintra: AEL [Consult. 13 de maio de 2022]. Disponível: http://www.agrupamento-lapias.pt/


AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LAIÁS (cop. 2007b). O meio envolvente [em linha]. Sintra: AEL [Consult. 13 de maio de 2022]. Disponível: http://www.agrupamento-lapias.pt/


AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LAIÁS (cop. 2007c). A nossa escola em imagens [em linha]. Sintra: AEL [Consult. 13 de maio de 2022]. Disponível: http://www.agrupamento-lapias.pt/


AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LAIÁS (cop. 2007d). Um pouco de história [em linha]. Sintra: AEL [Consult. 13 de maio de 2022]. Disponível: http://www.agrupamento-lapias.pt/


CNE News (18 de maio de 2021). Homenagem a Rui Grácio [em linha]. Lisboa: Conselho Nacional de Educação. Disponível: https://www.cnedu.pt/en/news/national/1666-centenario-do-nascimento-do-ilustre-pedagogo-rui-gracio

 

 



[1] O Dr. Rui Grácio, nasceu em Lourenço Marques (atual Maputo), Moçambique, em 1921, tendo falecido em Lisboa em 30 de março de 1991. Um dos aspetos fundamentais da sua vida, foi a sua dedicação aos aspetos pedagógicos. Rui Grácio obteve a licenciatura em Ciências Históricas e Filosóficas em 1947, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e o Curso de Ciências Pedagógicas na mesma faculdade e na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. A partir de 1960, primeiro como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e depois como investigador da mesma, efetuou uma série de estágios de especialização em França, nomeadamente no Service de la Recherche do Institut Pédagogique National e no Institut de Formation en Psychopédagogie Familiale et Sociale. Teve então a oportunidade de trabalhar sob a orientação de alguns dos mais reputados especialistas franceses no domínio das Ciências da Educação. Professor de Filosofia e de História no Lycée Français Charles Lepierre durante vinte e cinco anos (1947-1972), ingressou na carreira da investigação científica da Fundação C. Gulbenkian em 1963. Foi chefe do Departamento de Pedagogia do Centro de Investigação Pegagógica (C.I.P.) daquela instituição, bem como investigador sénior do Instituto Gulbenkian de Ciência (I.G.C.). Exerceu as funções de Secretário de Estado da Orientação Pedagógica de julho de 1974 a julho de 1975. Rui Grácio participou ainda em muitas outras ações cívicas e políticas, podendo destacar-se, por exemplo, as suas atividades na Comissão Portuguesa do Primeiro Ano Internacional da Paz (proclamado pela ONU em 1986).