Nettie Stevens (1861-1912) nasceu em Cavendish, nos Estados Unidos da América, filha de Ephraim Stevens, carpinteiro, e Julia Adams. Foi a bióloga e geneticista, atribuindo-se-lhe a descoberta dos cromossomas sexuais X e Y.
A sua
mãe faleceu em 1863 e o seu pai voltou a casar, mudando-se com a família para
Westford, Massachusetts. Nettie teve uma educação de qualidade e licenciou-se
na Westford Academy, que frequentou entre 1872 e 1883.
Tornou-se
professora numa escola de New Hampshire e três anos depois retomou os estudos
para fazer uma pós-graduação na Westfield State University. Numa busca
incessante de especialização, ingressou na Universidade de Stanford. A sua área
de interesse era a histologia.
No
Bryn Mawr College fez um doutoramento em regeneração celular, estrutura de
organismos unicelulares e células germinativas, entre outros, que concluiu em
1903. Estagiou em jardins zoológicos em Itália e na Alemanha. O seu orientador
foi Thomas Hunt Morgan.
Permaneceu
como pesquisadora associada na Bryn Mawr College e posteriormente como
professora assistente na área da morfologia experimental. Tendo recebido a
bolsa de estudo do Instituto Carnegie, Nettie dedicou-se aos estudos sobre
hereditariedade e determinação do sexo dos indivíduos, baseando-se nos
trabalhos de Mendel. Este estudo deu origem a um artigo premiado A Study of the Germ Cells of Aphis rosae and
Aphis oenotherae.
Nettie
publicou cerca de 40 artigos ao longo da vida em áreas novas, como é o caso da
hereditariedade e dos cromossomas. Os seus estudos permitiram concluir que os
cromossomas determinam o sexo do indivíduo durante o seu desenvolvimento fetal.
Durante
a observação de insetos, Nettie concluiu igualmente que existia uma ligação
entre cromossomas e diferenças no fenótipo. Este estudo foi publicado em 1905.
Foi identificado um cromossoma X (feminino) e um cromossoma Y (masculino).
Apesar
dos avanços absolutamente fundamentais para a ciência, Nettie não teve os
devidos créditos pelo seu trabalho e foi Thomas Hunt Morgan que foi agraciado
com o Prémio Nobel em 1933 pelas suas descobertas.
Nettie
faleceu em 1912, após uma vida em que lhe foram negados o reconhecimento e a
possibilidade de participar em discussões científicas.
ME/401109/693
Escola Secundária de Camões
Quadro
parietal utilizado em contexto das práticas pedagógicas nas aulas de Biologia.
São apresentadas imagens das leis de Mendel, representando o cruzamento de duas
variedades da espécie Mirabilis jalapa, uma de flores vermelhas e outra de
flores brancas, de modo a observar uma situação de dominância incompleta, pois
todos os descendentes da primeira geração apresentam fenótipo intermédio,
flores cor-de-rosa. Na segunda geração manifestam-se os três fenótipos
possíveis, vermelho, branco e rosa.
ME/401470/112
Escola
Secundária com 3.º Ciclo Dr. Joaquim de Carvalho
O
quadro é impresso litograficamente sobre fundo claro com grande qualidade na
cor e detalhes e é complementado com desenhos esquemáticos. Servia de apoio
visual às aulas de Zoologia evidenciando a origem genética e a hereditariedade
nas abelhas. Em cima, estão representadas duas abelhas com os marcadores
genéticos, ao centro, mais duas, fruto da reprodução, em baixo estão quatro com
todas as possibilidades de reprodução. No canto superior esquerdo encontra-se o
título «Drosophila sex-linked I».
MJS
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