2022/02/03

Arquivo Histórico do Museu Nacional de Arqueologia


O Arquivo do Museu Nacional de Arqueologia localiza-se no próprio museu, instalado no Edifício dos Jerónimos. Até outubro de 2012, este arquivo esteve integrado na Biblioteca do Museu Nacional de Arqueologia. Atualmente encontra-se em fase de reestruturação e inclui vários fundos documentais: o Arquivo de Manuel Heleno, segundo diretor da instituição; o de Sebastião Estácio da Veiga, do Instituto de Arqueologia História e Etnografia; o Arquivo de Gustavo Marques, de Manuel Viegas Guerreiro e de Luiz Chaves e ainda um vasto acervo de desenhos e fotografias relacionados com as intervenções arqueológicas dos diferentes diretores. No entanto o fundo mais importante e de maior dimensão é o de José Leite de Vasconcelos.

O acervo inclui toda a história administrativa da instituição desde a sua fundação até 1980, assim como o arquivo do Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia, fundado em 1933.

O arquivo de Manuel Heleno (1894 – 1970) começou a ser tratado em 2010, tendo sido feita a inventariação, descrição e digitalização do mesmo, à exceção da documentação fotográfica. Este arquivo é constituído por 2.3000 documentos entre os quais 332 cadernos de campo, 4.000 espécies epistolares, 17 relatórios de escavações, apontamentos, documentos variados, recortes de jornal e fotografias.

O arquivo de D. Fernando de Almeida (1903-1979) encontra-se ainda em fase de tratamento, sendo composto por diapositivos, fotografias e negativos, bem como apontamentos, gravuras, cadernos e correspondência.

O arquivo de José Leite de Vasconcelos (1854 – 1941) foi deixado em testamento ao Museu. Inclui a sua livraria pessoal com cerca de 9000 títulos, manuscritos, correspondência, apontamentos e outros, sendo um dos maiores espólios pessoais existentes em bibliotecas portuguesas.

Na sua correspondência (1880 – 1941) incluem-se nomes de vulto como Afonso do Paço, Martins Sarmento, Moses Amzalak, Orlando Ribeiro, Eugénio Jalhay, Albano Bellino, Joseph Déchelette, Hübner, H. Breuil, Cartailhac, E. Prestage, entre outros.

Para além disso, podem referenciar-se gravuras, fotografias, desenhos e postais ilustrados. Em suma, este espólio é incontornável para o conhecimento da vida intelectual portuguesa nos primeiros quarenta anos do século XX.

A restante biblioteca de Leite de Vasconcelos e alguma documentação, encontram-se na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, cujo tratamento se encontra em curso.

No fundo documental do Museu encontra-se igualmente o arquivo de antigos funcionários como Félix Alves Pereira (1865-1936) e Luís Chaves (1888-1975) e outros arquivos pessoais: Manuel Gustavo Marques (1929 – 1996) e Jorge Pinho Monteiro (1950 – 1982).

Uma das prioridades do Museu é a criação de um Arquivo Histórico Digital do Museu Nacional de Arqueologia.

A documentação digitalizada é reduzida e concentra-se na correspondência de Leite de Vasconcelos que se encontra parcialmente online.

 

MJS

 

 

 

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