O Arquivo Leisner diz respeito ao legado de Georg (1870-1957) e Vera (1885-1972) Leisner, arqueólogos alemães que iniciaram as suas investigações em 1933 na Península Ibérica. Foram fundamentais no estudo do Megalitismo e na História da Arqueologia Pré-Histórica.
Existem inúmeras obras publicadas sobre o seu trabalho que podem ser consultadas na Biblioteca de Arqueologia e o espólio documental que está disponível para consulta on line.
Inclui cerca de 49.500 documentos, 19.000
documentos escritos e 30.500 documentos gráficos e fotográficos, reunidos pelos
autores durante a sua investigação na Península Ibérica.
Vera Leisner doou a documentação ao Instituto
Arqueológico Alemão de Madrid, com a menção de que este deveria ser mantido em
território português. Até 1999, a subdelegação do Instituto Arqueológico Alemão
em Lisboa foi a detentora do espólio. Com o seu encerramento foi cedido ao
Estado Português, localizando-se na atual Biblioteca de Arqueologia.
O tratamento deste espólio centrou-se, numa primeira
fase, no tratamento e digitalização do acervo epistolar, bem como na
inventariação, restauro e limpeza do mesmo.
A correspondência, com cerca de 4000
documentos, é a parte menos conhecida do espólio, uma vez que as fotografias e
desenhos foram sendo publicados ao longo dos anos.
Optou-se por um tratamento baseado nos
seguintes critérios:
1. Idioma;
2. Países emissores/recetores;
3. Instituições emissoras/recetoras,
distinguindo-se os documentos pessoais dos de natureza científica. Evidenciam-se
sobretudo instituições portuguesas e alemães, a saber a Junta Nacional de
Educação, o Instituto de Alta Cultura ou a Fundação Calouste Gulbenkian, bem
como os principais museus nacionais.
4. Personalidades. Em Portugal podemos referir
Hipólito da Costa Cabaço, Luís de Albuquerque, Octávio da Veiga Ferreira, José
Formosinho, José Pires Gonçalves, Manuel Heleno, J. L. Saavedra Machado, Afonso
do Paço, Leonel Ribeiro e Abel Viana.
A escala peninsular está refletida no número de
arqueólogos espanhóis nomeadamente Martín Almagro Basch, Florentino
Alonso-Cuevillas, António Beltrán Martínez, Pedro Bosch-Gimpera, Carlos Cerdán
Márquez, Emeterio Cuadrado, Juan Maluquer de Motes, Luís Monteagudo ou António
García y Bellido.
Fora da Península Ibérica, interessa destacar a
presença de autores de referência mundial como Robert Braidwood, Vere Gordon
Childe, Glyn Daniel, Pierre Giot, Stuart Piggott ou Mortimer Wheeler.
Na Alemanha e do Instituto Arqueológico Alemão
de Madrid, devemos nomear, entre outros, os seguintes investigadores como parte
integrante da rede de contatos do casal Leisner: Hermanfrid Schubart, Helmut
Schlunk, Edward Sangmeister, Klaus Parlasca, Philine Kalb e Wilhelm Grünhagen.
5. Sítios Arqueológicos.
MJS
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