2021/06/24

Ilhas Selvagens, Arquipélago da Madeira

(Imagem aérea das Ilhas Selvagens. Retirada da internet)

As Ilhas Selvagens encontram-se na lista indicativa de Património Mundial da UNESCO, tendo em conta a sua diversidade biológica e participação na evolução e desenvolvimento de processos biológicos.

Atendendo ao seu isolamento, as Ilhas Selvagens estão afastadas de qualquer intervenção humana, sendo consideradas um santuário ecológico. São formadas pelas ilhas Selvagem Grande, Selvagem Pequena e ilhéu de Fora, a 180 milhas da Madeira e ocupam uma área de cerca de 273 hectares. Estão rodeadas por uma extensa barreira de recifes, o que dificulta o acesso às ilhas.

A designação destas ilhas foi dada por Diogo Gomes de Sintra em 1438, embora já tivessem sido descobertas anteriormente. O Infante D. Henrique deteve a possa das ilhas que foram doadas, supostamente a Gião Caiado. Posteriormente foram vendidas a João Cabral de Noronha em 1717. Depois de longos anos, passando de proprietário, as ilhas foram adquiridas pelo Estado Português em 1971, tendo sido consideradas Reserva Natural, impedindo a caça ilegal.

A temperatura nesta área é mais alta do que na ilha da Madeira e a água do mar tem uma temperatura constante ao longo do ano. Jacques Cousteu afirmou que aqui se encontravam as águas mais limpas do mundo.

A fauna desta região é constituída por uma grande percentagem de aves marinhas nidificantes, uma vez que tem condições únicas para a nidificação. Entre as espécies que se podem referenciar temos a cagarra, o calcamar, a alma-negra, o roque-de-castro, o pintainho e o corre-caminho, que aqui se encontra todo o ano, bem como o francelho.

(Imagem aérea das Ilhas Selvagens. Retirada da internet)

Os mamíferos nativos são inexistentes. Quanto aos vertebrados podem-se incluir a osga e a lagartixa. Existe um grande número de insetos coleópteros e lepidópteros. Nas áreas rochosas são visíveis litorinas, caramujos, cracas, lapas, ouriços do mar, esponjas, anémonas e estrelas do mar.

O ambiente marinho é densamente povoado por várias espécies: a castanheta, a tainha, o bogam o sargo, a garoupa, o bodião, o peixe-cão e o peixe-verde. É comum observarem-se tartarugas e cetáceos.

Quanto à flora, é maioritariamente constituída por espécies de plantas vasculares e endémicas. Podem-se apontar a cila-da-madeira; estreleira ou figueira-do-inferno, entre outras. A flora marinha caracteriza-se pela colonização de algas fitófilas e pela predominância das algas vermelhas.

 

 

MJS

 


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