O centro histórico do Porto faz parte do património mundial classificado pela UNESCO desde 1996.
Esta área corresponde ao
tecido urbano de origem medieval, num total de cerca de 49 hectares, e inclui
zonas na freguesia da Sé, São Nicolau, Vitória e Miragaia. As origens medievais
da cidade estão ainda muito presentes na organização e na estética, o que lhe
confere uma imutabilidade e identidade única. Aqui se inclui parte da cidade
anterior à muralha Fernandina do século XV e áreas adjacentes.
Entre os monumentos mais
relevantes podemos enumerar alguns de maior destaque:
- Alminha da Ponte;
- Antigo Clube dos Ingleses;
- Cadeia da Relação
- Capela dos Alfaiates, Capela
de Nossa Senhora da Silva; Capela do Senhor dos Passos; Capela da Nossa Senhora
do Ó;
- Casa do Cabido; Casa do
Despacho da Ordem Terceira de São Francisco; Casa dos Infantes; Casa dos Maias;
- Chafariz da Colher; Chafariz
da Rua Escura; Chafariz da Rua de São João; Chafariz da Rua das Taipas;
- Estação de São Bento;
- Estátua Equestre de D. Pedro
IV;
- Fontanário do Lago da Sé;
- Igreja da Misericórdia do
Porto; Igreja de Nossa Senhora da Vitória; Igreja da Ordem do Terço; Igreja de
Santa Clara; Igreja de São Bento da Vitória; Igreja e Torre dos Clérigos;
- Mercado Ferreira Borges;
- Monumento ao Infante D.
Henrique;
- Mosteiro da Serra do Pilar;
- Palácio da Bolsa;
- Ponte Luís I e D. Maria;
- Praça da Ribeira;
- Sé do Porto;
- Zona ribeirinha e caves do
vinho do Porto.
A cidade é habitada desde a
Idade do Bronze e a sua história reflete a formação do país, uma vez que foi o
“berço” do Condado Portucalense. O Douro tornou-se, desde sempre, um vetor
económico, uma via de comunicação e um elemento agregador.
O primeiro foral foi concedido
em 1120 pelo Bispo D. Hugo, a quem D. Teresa tinha doado a vila. Durante o
período da primeira dinastia, o Porto desenvolveu-se através da atividade portuária
e das relações internacionais. A partir do século XV, a burguesia mercantil
tinha uma enorme importância e a cidade tomou as funções de centro económico e
administrativo. Foi esta burguesia que apoiou D. João I que acabou por se casar
na Sé do Porto com D. Filipa de Lencastre em 1387. A família real passou largas
temporadas nesta zona e aqui nasceu o Infante D. Henrique em 1394. Com o início
das expedições ao Norte de África e explorações marítimas, a burguesia
endinheirada em muito contribuiu para o seu financiamento.
No século XVI a arquitetura
pós Concílio de Trento levou à construção de inúmeras igrejas em estilo
barroco, responsáveis pela transformação estética da cidade.
Os séculos XVII e XVIII marcam
a época dos grandes palacetes de habitação numa tentativa de espelhar a riqueza
e opulência da burguesia endinheirada e da nobreza. Ao mesmo tempo são levados
a cabo vários trabalhos de utilidade pública como é o caso da reconstrução da
Alfândega em 1667 e da Cadeia e Tribunal da Relação em 1765, ou de um novo
sistema de circulação.
Durante vários séculos o Porto
manteve-se uma cidade próspera e economicamente muito ativa. O incrementar do
comércio do vinho do Porto no século XVIII foi um processo decisivo em todo
este desenvolvimento, sobretudo através do comércio privilegiado com
Inglaterra. Por toda a cidade surgem elementos de inspiração britânica, com os
clubes privados e os grandes jardins.
Ao longo do século XIX, a
cidade do Porto foi palco de acontecimentos políticos de enorme relevância para
o país. O período que se seguiu à revolução liberal foi marcado pelo
melhoramento das áreas urbanas, incluindo os transportes e as áreas de lazer.
Os jardins e praças públicas “florescem” por toda a cidade. É a altura da
construção do Palácio da Bolsa, da Ponte D. Luís e D. Maria.
No início do século XX a
tendência arquitetónica seguida é a francesa. São deste período a Estação de
São Bento e a Avenida dos Aliados.
MJS
1 comentário:
Gostei muito da leitura deste artigo sobre "o meu Porto" de adoção, uma vez que foi na Invicta que estive ligado durante cinco anos da minha formação (1989-94). É uma cidade que não se esgota, pela riqueza arquitetónica, pelas características ímpares das suas gentes e do seu legado no norte e na História do país. Embora não tenha visitado o Porto em tempos mais recentes, é uma cidade a que se volta com renovado interesse. Este artigo é um bom "road map" para uma boa visita que se queira fazer ao Centro Histórico do Porto !!!
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