2011/12/22

Bibliografia de autor: Fernando Pessoa - Recompilação bibliográfica SIBME

 

(Imagem desenhada de Fernando Pessoa)


1.    Introdução

A presente bibliografia de autor destina-se a divulgar os documentos de/ou Fernando Pessoa presentes no Catálogo SIBME (Sistema Integrado de Bibliotecas do Ministério da Educação). Dando, assim, uma visão holística dos conteúdos existentes na referida base de dados sobre o autor em questão. Todos os títulos são ordenados alfabeticamente por autor, independentemente, da sua forma ou conteúdo. A metodologia usada segue as diretivas da RUSA - Guidelines for the Preparation of a Bibliography.

 

1.1. O conceito – bibliografia

Seguindo Faria e Pericão (2008:141), a bibliografia, como produto, é um documento secundário que apresenta uma lista de referências bibliográficas segundo uma ordem específica; contendo elementos descritivos de documentos, de modo a permitir a sua fácil identificação. Grosso modo, as bibliografias podem assumir múltiplas formas e conteúdos: bibliografias ativas, atuais, alfabéticas, analíticas, anotadas, classificadas, comentadas, comerciais, críticas, cronológicas, de autor, etc. Independentes da forma que as bibliografias possam apresentar, estas são fontes de informação que não podemos ignorar:

“[...] a função da bibliografia consiste em fornecer dados relativos à produção bibliográfica de um país, estado, região, e informar sobre a actividade intelectual em várias áreas do conhecimento. São obras de pesquisa, consulta, indicando o que já foi realizado nos domínios do saber e visam facilitar o trabalho científico, técnico e cultural.” (Prysthon, 2008)

Como afirma Prysthon (2008), as bibliografias, em si mesmo, têm a função de informar sobre a atividade intelectual de um país e, desta forma, agilizam o trabalho científico sobre uma determinada área do conhecimento. Na verdade, as bibliografias assumem a função de instrumento, na medida em que são registos culturais e científicos – facilitam as pesquisas e contribuem para a consolidação cultural de um país, região ou mesmo instituição.

“[...] Por último, ao final da guía recóllese unha breve recompilación bibliográfica de documentos e normativa que serva para que quen o desexe, poida ampliar algúns dos temas tratados neste documento e que en aras da sua máxima utilidade práctica, debemos sintetizar.” (Pousa Arbones,2006)

Como verificamos, através das palavras de Pousa Arbones (2006), a noção de recompilação bibliográfica é, antes do mais, uma conduta normativa e de síntese. Se se pretender ser mais assertivos podemos afirmar que uma recompilação bibliográfica apresenta os seguintes objetivos: 

- Conhecer e classificar a informação científica;

- Compreender a estrutura e organização das redes sociais e culturais;

- Compreender a organização do trabalho académico;

- Estabelecer tipologia entre vários paradigmas do conhecimento;

- Difusão de estudos.

 

1.2.  Metodologia

A presente recompilação bibliográfica obedeceu ao standard da RUSA (Guidelines for the Preparation of a Bibliography) estas diretrizes, mundialmente reconhecidas, foram elaboradas pelo Bibliography Committee, Collection Development and Evaluation Section, Reference and User Service Division, American Library Association, 1992, revista pela RUSA Standards Committee e aprovadas pela RUSA Board of Director, junho, 2001. Revistas e corrigidas em junho, 2008, pela Collection Development Policies and Assessement Committeee, ainda, aprovadas pela RUSA’s Standards and Guidelines Committee, junho, 2009.Finalmente aprovadas pela RUSA Board of Director, março 2010. Partindo das normas da ALA, seguimos as orientações metodológicas delineada de A. a G. deforma a respeitar as orientações da RUSA:

A.      Finalidade (significado e utilidade),

B.      Objetivo (identificação e descrição de recursos);

C.      Metodologia (obedece a um método pré-estabelecido de compilação);

D.      Organização (organização os recursos por autor);

E.       Precisão (inclui todos os recursos sobre o autor no SIBME);

F.       Formato (utiliza caracteres e sinaléticas precisas);

G.      Difusão (disseminada da informação através do blog).


Para a elaboração de uma bibliografia científica, as diretrizes da RUSA abrangem uma série de pressupostos conceptuais, não obstante, na nossa investigação restringiu-se a princípios básicos e introdutórios. Destacam-se, assim, as diretrizes técnicas e metodológicas descritas de A. a G. Pretende-se que o conteúdo da recompilação bibliográfica tenha um significado e utilidade, já que inclui de uma forma sintética todos os recursos atualizados sobre Fernando Pessoa existentes da base do Catálogo SIBME

 

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Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, 13 de junho de 1888 - Lisboa, 30 de novembro de 1935), conhecido como Fernando pessoa, poeta e escritor português.

Poeta, sobretudo poeta, mas também dramaturgo, pensador, crítico, ocultista, astrólogo, teorizador apaixonado da secreta verdade de um Portugal-mito, pesquisador subtil de realidades visíveis e indivisíveis, Fernando Pessoa foi também um extraordinário ficcionista. Conheciam-se alguns contos de menor relevo, como a Crónica Decorativa (1914), A Rosa de Seda (1915) ou Um Grande Português (1926), mais tarde intitulado pelo próprio autor A origem do conto do vigário (1929) E conhecia-se principalmente a singular novela, notável pela originalidade da conceção e pela qualidade do texto, O Banqueiro Anarquista (1922), publicada na revista Contemporânea.

Um dos maiores génios poéticos de toda a Literatura portuguesa e um dos poucos escritores portugueses mundialmente conhecidos. A poesia pessoana acabou por ser decisiva na evolução de toda a produção poética portuguesa do século XX.

Nas suas divagações estéticas é notória a herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à criação de novas tentativas artísticas e literárias, mas também no que respeita ao esforço de teorização e de crítica literária.

É um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária de vivências mundanas. É precisamente nesta tentativa de olhar o mundo duma forma múltipla que reside uma explicação plausível para ter criado os célebres heterónimos – Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda com o semi-heterónimo Bernardo Soares.

Ao longo da vida trabalhou em várias firmas como correspondente comercial. Foi também empresário, editor, crítico literário, ativista político, tradutor, jornalista, inventor, publicitário e publicita, ao mesmo tempo que produzia a sua obra literária.

Como poeta, desdobrou-se em múltiplas personalidades conhecidas como heterónimos objeto da maior parte dos estudos sobre sua vida e sua obra. Centro irradiador da heteronímia, auto-denominou-se “um drama em gente". Fernando Pessoa encontra na filosofia hermética uma instrução sobre a natureza do homem – a natureza do Universo e de Deus. Alcança deste modo uma forma de sabedoria, descobrindo e afirmando que “tudo é um” e que ao artista/leitor, competem “reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo”.

Fernando Pessoa morreu de cirrose hepática aos 47 anos de idade, na cidade onde nasceu. A sua última frase foi escrita em Inglês: "I don't know what tomorrow will bring…”. Fernando Pessoa não existe, propriamente falando. Quem nos disse foi Álvaro de Campos, um dos personagens “inventados” por Pessoa para lhe poupar o esforço e o incómodo de viver.

 



P. M. 


Bibliografia

 

ALONSO RODRÍGUEZ, Albido (2005).O Porriño-Bibliografías[on-line]. Porriño: Concello do Porriño.<http://www.centroculturalporrino.com/BIBLIOTECA/biografias.htm> [Consulta: Fev. 2011].


FARIA, Maria Isabel; PERICÃO, Maria da Graça (2008).Dicionário do livro: da escrita ao livro electrónico. Coimbra : Almedina.


POUSA ARBONES, Zara (2006).A cultura preventiva: Sensibilizando cara a un traballo seguro[on-line]. Publicación elaborada pola Unidade de Promoción e Desenvolvemento da Mancomunidade da Área Intermunicipal de Vigo.<http://www.maiv.org/upd/archivos_editor/file/documentacion_eo/2gZTpC34OyeOP0rTkfnd7zFs8IJjkx.pdf> [Consulta: Fev. 2011].


PRYSTHON, Cecília (2008).O mundo pernambucano através de fontes de informação: 1965-2003[on-line]: Inf. Londrina; Vol. 13, n.º 2 (Jul.-Dez. 2008), p. 96-107.<http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao/article/viewFile/1811/1680> [Consulta: Fev.2011].


RUSA (2010).Guidelines for the Preparation of a Bibliography [on-line]:A division of the American Library Association.<http://www.ala.org/ala/mgrps/divs/rusa/resources/guidelines/biblio-prep-guidelin.pdf> [Consulta:Fev. 2011].


SIBME[on-line]:Sistema Integrado de Bibliotecas do Ministério da Educação. Lisboa: Secretaria-Geral do Ex Ministério da Educação.<http://sibme.sg.min-edu.pt/#focus>[Consulta: Fev.2011].




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