Poeta,
sobretudo poeta, mas
também dramaturgo,
pensador,
crítico,
ocultista,
astrólogo,
teorizador apaixonado da secreta verdade de um Portugal-mito,
pesquisador subtil de realidades visíveis e indivisíveis,
Fernando Pessoa
foi também um extraordinário
ficcionista.
Conheciam-se
alguns contos de menor relevo,
como a
Crónica Decorativa
(1914),
A Rosa de Seda
(1915) ou
Um Grande Português
(1926), mais tarde intitulado
pelo próprio autor
A origem do conto do vigário
(1929) E conhecia-se
principalmente a singular novela, notável
pela originalidade da conceção e pela qualidade do
texto,
O Banqueiro Anarquista
(1922), publicada na
revista
Contemporânea.
Um dos
maiores génios poéticos de toda a Literatura
portuguesa e um dos poucos escritores
portugueses mundialmente conhecidos. A poesia
pessoana
acabou por ser decisiva na evolução de toda a produção poética
portuguesa do século XX.
Nas
suas divagações estéticas é notória a
herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à
criação de novas tentativas artísticas e literárias,
mas
também no que respeita ao esforço
de teorização e de crítica literária.
É um
poeta universal, na medida em que nos foi dando,
mesmo com contradições, uma visão simultaneamente
múltipla e unitária de
vivências mundanas. É precisamente nesta tentativa de olhar o
mundo duma forma múltipla que reside uma explicação plausível
para
ter criado os célebres heterónimos
– Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda
com o semi-heterónimo
Bernardo
Soares.
Ao
longo da vida trabalhou em várias
firmas como correspondente comercial.
Foi também empresário, editor, crítico literário, ativista político, tradutor,
jornalista, inventor, publicitário
e publicita, ao mesmo tempo que produzia a sua obra
literária.
Como
poeta, desdobrou-se
em múltiplas personalidades conhecidas como
heterónimos
objeto da maior parte dos estudos sobre sua vida e sua obra. Centro irradiador
da heteronímia, auto-denominou-se
“um drama em gente". Fernando Pessoa
encontra na filosofia hermética uma instrução sobre
a natureza do homem
– a natureza do Universo
e de Deus. Alcança deste modo uma forma
de
sabedoria,
descobrindo
e afirmando que
“tudo é um” e que ao artista/leitor,
competem
“reconhecer a verdade como verdade,
e ao mesmo tempo como
erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas
as
maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento
de tudo”.
Fernando
Pessoa morreu de cirrose hepática aos 47 anos de idade, na cidade onde nasceu.
A sua última frase foi escrita
em Inglês:
"I don't know what tomorrow
will bring…”. Fernando Pessoa não existe, propriamente falando.
Quem nos disse foi Álvaro de Campos, um dos
personagens “inventados”
por Pessoa
para lhe poupar o esforço
e o incómodo de viver.
P. M.
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