D. Sancho I (1154 – 1211), "o
Povoador", foi o quinto filho de D. Afonso Henriques e D. Mafalda de Saboia e
segundo rei de Portugal. O seu governo teve como principal objetivo a
consolidação e povoamento dos vários territórios do país.
Iniciou-se na vida militar aos
12 anos, chefiando uma expedição a Cidade Rodrigo que fracassou. Foi armado
cavaleiro aos 15 anos em 1170 e passou, desde essa época a coordenar a estratégia
de conquista.
Ainda durante a vida de Afonso
Henriques, D. Sancho partilhou o governo com a sua irmã, D. Teresa que se ocupava
fundamentalmente das questões administrativas, enquanto o futuro monarca se
dedicava às atividades bélicas.
A organização política,
administrativa e económica do reino caracterizaram o seu reinado, quer através
da criação de manufaturas, quer através do fortalecimento do comércio e da
concessão de cartas de foral. Os concelhos que se localizavam nas fronteiras
receberam vários privilégios especiais. Diversos colonos estrangeiros fixaram-se
no reino, bem como ordens religiosas.
Em 1189, Sancho I atacou o
Algarve, tomando o castelo de Alvor e Silves. No entanto, em 1190, m novo
ataque muçulmano recuperou estas cidades e ainda Alcácer, Palmela e Almada.
D. Sancho envolveu-se em
querelas com Castela e viu as relações com a Santa Sé a deterioram-se pela
recusa do pagamento anual de dois marcos-ouro. Incompatibilizou-se igualmente
com o bispo do Porto e com o bispo de Coimbra.
No que respeita à educação,
Sancho I tinha grande apreço pela arte e pela literatura, tendo escrito vários
poemas. Durante o seu reinado alguns alunos frequentaram universidades
estrangeiras, nomeadamente a Universidade de Bolonha que se destacava pelo
ensino de Direito. Em 1192 concedeu uma quantia ao mosteiro de Santa Cruz para
que os monges pudessem estudar em França.
MJS
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