A referência mais antiga que se conhece relativamente à pólvora data do século IX a. C., na China. Era chamada de pólvora negra, uma mistura de enxofre, carvão vegetal e nitrato de potássio. Só foi usada para fins bélicos no século X d. C. aplicada a flechas, bombas, projéteis, canhões e lanças.
Foram
os árabes que introduziram a pólvora na Europa, havendo relatos escritos por
Roger Bacon no século XIII. Atribui-se ao monge alemão Berthold Schwarz a “redescoberta”
da sua utilização como explosivo no século XIV.
O
fabrico desta substância na Europa desenvolveu-se na tentativa de melhorar a
segurança do seu manuseamento. Na época renascentista formaram-se duas
“escolas” relativamente ao uso pirotécnico: a escola de Nuremberga, na Alemanha
onde se publicou a obra Büchsenmeysterei (1531);
e a escola italiana, onde Vannoccio Biringuccio escreveu tudo o que sabia sobre
esta matéria na obra De la pirotechnia
(1540).
No
século XVII os fogos de artifício eram utilizados em larga escala. O seu
fabrico tornou-se uma ciência, tanto mais que, em França, Lavoisier foi
encarregue de investigar a melhor forma de refinamento e fabrico da pólvora. Em
1788 esta produção constituía uma verdadeira indústria.
Na
Grã-Bretanha o fabrico desta substância começou cerca do século XIV. No século
XVII, a guerra civil inglesa fez com que esta industria se expandisse.
No
início do século XIX, os fabricantes conseguiram reduzir a área dos grãos de
pólvora, aumentando a sua densidade. Cerca de 1884, Vieille descobre a pólvora
sem fumo que tinha menos resíduos e maior capacidade balística. Esta descoberta
mudou totalmente a utilização de armas portáteis e de canhões.
Atualmente
a pólvora é classificada em três tipos, de acordo com a sua composição e
textura: as pólvoras físicas incluem no seu fabrico substâncias que não têm
características explosivas (carbono, enxofre, nitrato de potássio). As pólvoras
químicas têm de incluir uma substância que tenha elementos redutores e
oxidantes. As pólvoras mistas possuem substâncias que alteram as suas
propriedades.
MJS
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