2022/12/01

Invenções que mudaram o mundo: a pólvora

(Imagem a preto e branco de uma fábrica de pólvora retirada da internet)


A pólvora é uma mistura explosiva de vários componentes químicos. Devido a essa propriedade foi amplamente utilizada em armas de fogo, em atividades de desobstrução de estradas e mineração.

A referência mais antiga que se conhece relativamente à pólvora data do século IX a. C., na China. Era chamada de pólvora negra, uma mistura de enxofre, carvão vegetal e nitrato de potássio. Só foi usada para fins bélicos no século X d. C. aplicada a flechas, bombas, projéteis, canhões e lanças.


Esta descoberta expandiu-se rapidamente a outras zonas através dos comerciantes chineses, nomeadamente à Índia e ao Médio Oriente, cerca de 1240-1280.

Foram os árabes que introduziram a pólvora na Europa, havendo relatos escritos por Roger Bacon no século XIII. Atribui-se ao monge alemão Berthold Schwarz a “redescoberta” da sua utilização como explosivo no século XIV.

O fabrico desta substância na Europa desenvolveu-se na tentativa de melhorar a segurança do seu manuseamento. Na época renascentista formaram-se duas “escolas” relativamente ao uso pirotécnico: a escola de Nuremberga, na Alemanha onde se publicou a obra Büchsenmeysterei (1531); e a escola italiana, onde Vannoccio Biringuccio escreveu tudo o que sabia sobre esta matéria na obra De la pirotechnia (1540).

No século XVII os fogos de artifício eram utilizados em larga escala. O seu fabrico tornou-se uma ciência, tanto mais que, em França, Lavoisier foi encarregue de investigar a melhor forma de refinamento e fabrico da pólvora. Em 1788 esta produção constituía uma verdadeira indústria.

Na Grã-Bretanha o fabrico desta substância começou cerca do século XIV. No século XVII, a guerra civil inglesa fez com que esta industria se expandisse.


(Imagem de grãos de pólvora retirada da internet)


No início do século XIX, os fabricantes conseguiram reduzir a área dos grãos de pólvora, aumentando a sua densidade. Cerca de 1884, Vieille descobre a pólvora sem fumo que tinha menos resíduos e maior capacidade balística. Esta descoberta mudou totalmente a utilização de armas portáteis e de canhões.

Atualmente a pólvora é classificada em três tipos, de acordo com a sua composição e textura: as pólvoras físicas incluem no seu fabrico substâncias que não têm características explosivas (carbono, enxofre, nitrato de potássio). As pólvoras químicas têm de incluir uma substância que tenha elementos redutores e oxidantes. As pólvoras mistas possuem substâncias que alteram as suas propriedades.

 

  MJS

Sem comentários: