A
penicilina é um antibiótico (medicamento utilizado para tratar infeções
bacterianas, destruindo os microrganismos nocivos) do grupo dos betalactâmicos.
A
benzilpenicilina ou penicilina G foi o primeiro antibiótico utilizado em larga
escala e foi descoberto por Alexandre Fleming, bacteriologista do St. Mary’s
Hospital em Londres, em 1928. Fleming dedicava-se ao estudo de substâncias
capazes de impedir o desenvolvimento de bactérias em feridas infetadas, como
aconteceu a muitos dos combatentes da Primeira Guerra que morreram devido a
infeções nos seus ferimentos.
Esta
descoberta deveu-se a uma série de acasos: Flemming foi de férias tendo-se
esquecido de algumas culturas no seu laboratório. Quando regressou verificou
que na cultura de estafilococos havia um bolor que eliminou as bactérias. Este
fungo foi identificado e pertencia ao género Penicillium, a penicilina.
Em
1940, Howard Florey, Ernst Chain e Norman Heatley obtiveram a fórmula da
substância, testada em humanos em 1941. Em 1945 estes cientistas, bem como
Fleming receberam o Prémio Nobel da Medicina por esta descoberta que salvou
milhares de vidas.
A
penicilina foi um marco na história da medicina e não só incentivou estudos de
outro tipo de antibióticos, mas também alterou o tratamento de várias doenças
como a sífilis. Em Portugal a primeira pessoa a ser tratada com a penicilina
foi o tenente Fernando Ramôa, em 1944.
Atualmente
é um dos antibióticos mais utilizados para infeções bacterianas, como meningite
bacteriana, pneumonia, faringite, otite, amidalite, etc. Não é geralmente
prescrita em infeções com bactérias mais resistentes. Apesar da sua enorme
vantagem, existe uma possibilidade de reação alérgica em indivíduos sensíveis
aos seus componentes.
MJS
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