Mary
Anning (1799 - 1847) nasceu em Lyme Regis e foi uma famosa paleontóloga,
negociadora e coletora de fósseis. Fico mundialmente conhecida pelas
descobertas de fósseis efetuadas nos recifes do canal inglês.
Era
filha de Richard Anning, um carpinteiro que se dedicava à escavação de fósseis
nos recifes como forma de aumentar os seus rendimentos e de Mary Moore. Tal
como a maior parte das mulheres, o seu acesso à educação foi escasso, tendo
frequentado a escola da sua Igreja onde aprendeu a ler e escrever.
A
localidade de Lyme Regis tornou-se uma estância balnear bastante popular nos
finais do século XVIII, onde ocorreram vários turistas endinheirados. Os
habitantes da região vendiam fósseis a estes visitantes, aos quais eram
atribuídas propriedades místicas ou medicinais. O pai de Mary levava-a nas expedições
para encontrar fósseis. Faleceu em 1810 deixando a família cheia de dividas e
sem qualquer forma de sustento, pelo que a opção foi continuar a vender
fósseis.
A
primeira grande descoberta de Mary ocorreu em 1811. O seu irmão descobriu um
crânio de ictiossauro e alguns meses depois Mary achou o restante esqueleto. Este
fóssil foi vendido a um colecionador e acabou no Museu Britânico em 1819.
Anning
continuou a sua atividade, mas nunca conseguiu participar na comunidade
científica, apesar do seu nome ser bastante conceituado. Descobriu ainda outro
esqueleto de plesiossauro, um esqueleto de pterossauro e vários peixes.
As
suas observações foram vitais para a descoberta da importância dos coprólitos.
A sua análise dos fósseis de belemnites permitiu descobrir que possuíam sacos
de tinta, à semelhança dos cefalópodes.
Apesar
desta prolífica atividade, o seu único artigo publicado foi um excerto de uma
carta na Magazine of Natural History,
em 1839.
Mary foi
diagnosticada com cancro em 1846 e veio a falecer em março de1847 tendo
construído uma carreira com o respeito da comunidade geológica e científica. Em
2010 a Royal Society incluiu o seu nome numa lista das 10 mulheres britânicas
que mais influenciaram a história da ciência. As suas descobertas mudaram para
sempre o conhecimento sobre a vida pré-histórica.
Atualmente as descobertas de Mary Anning encontram-se no Museu de História Natural de Londres.
ME/401018/440
Escola
Secundária de Bocage
Amonite
utilizada no ensino das matérias de Geologia. Este animal vivia dentro de uma
concha enrolada em espiral, de natureza carbonatada, semelhante à dos Nautilus
actuais. Os septos dividiam internamente, a concha, em câmaras. Eram animais
marinhos, carnívoros e com dimensões muito variáveis, podendo atingir 2 metros
de diâmetro. As amonites são excelentes fósseis de idade. Processo de
fossilização - moldagem - molde interno. Classificação científica: Reino -
Animalia, Filo - Mollusca, Classe - Cephalopoda, Ordem - Ammonitida.
MJS
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