2021/02/22

Produtividade Autor: Educação e Matemática

A publicação periódica Educação e Matemática da Associação de Professores de Matemática (APM), na posse da Direção-Geral da Educação (DGE), sob a cota PP 60, pertencente à rede de Bibliotecas Sistema Integrado de Bibliotecas do Ministério da Educação e Ciência (SIBME), foi objeto de investigação analítica-bibliográfica pela Divisão de Serviços de Documentação e de Arquivo.

A finalidade deste estudo bibliográfico foi, sobretudo, disponibilizar e difundir meta informação correspondente a 349 registos, oriundos do espólio à guarda da DGE: n.º 5 ao n.º 88 (1.º trim. 1988 a mai./ jun. 2006); n.º 91 (jan./fev 2007); n.º 97 (mar./abr. 2008) e, finalmente, o n.º 104 (set./out. 2009).

Os conteúdos mais relevantes, dos anteriores anos analisados (1988-2009), são as Práticas pedagógicas; a Formação de professores; o Software educativo; as Biografias; os Projetos educativos, enfim, a Política de educação em todos os seus graus de ensino.

No que diz respeito à visibilidade quantitativa dos autores analisados, respeitante aos números investigados, inspiramo-nos na Lei de Lotka[1], usando o tamanho da frequência anteriormente referido como critério, com a finalidade de averiguar a produtividade autor na revista Educação e Matemática:


Numa população de 349 registos bibliográficos (analíticos) foram apurados os seguintes dados de produtividade autor (ver: gráfico Produtividade Autor 1):

Eduardo Veloso (var. Veloso, Eduardo),[2]  nascido em 1928, foi professor de matemática, e, neste contexto, é o autor que mais frequência absoluta apresenta de artigos científicos 17 artigos cientifícos;

Cristina Loureiro (var. Loureiro, Cristina),[3] nascida em 1955, professora de matemática e coordenadora da Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico, apresenta uma frequência absoluta de 9 artigos;

Ana Boavida (var. Boavida, Ana)[4] e Ana Vieira (var. Vieira, Ana), ambas apresentam uma frequência de 7 artigos.

Ana Boavida, nascida em 1955, é professora adjunta da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal. Licenciada em matemática - ramo educacional, Universidade de Lisboa e Mestrado em educação e desenvolvimento - educação matemática.

Paulo Abrantes (var. Abrantes, Paulo) e professora de matemática Fernanda Perez (var. Perez, Fernanda) a presentam uma frequência absoluta em ex aecuo, 6 artigos de didática de matemática.

Fernanda Perez, professora de matemática, dedica-se, sobretudo, à valorização das competências dos professores, tais como, a sua formação contínua.  Paulo Manuel Caetano Abrantes, segundo o Jornal o Público (Costa, 2003) nasceu em Lisboa, em 1953. Licenciou-se em matemática na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), em 1977, e doutorou-se em Educação dezassete anos depois, com distinção e louvor. Foi professor do ensino secundário até 1982, ano este em que passou a colaborar com o Departamento de Educação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL). Lecionou ainda nas Universidades dos Açores e da Madeira e orientou teses de mestrado e doutoramento. 

Em 1986, Paulo Abrantes esteve na base da fundação da Associação de Professores de Matemática (APM), a que presidiu nos dois anos seguintes. Foi autor de manuais escolares de matemática e de um sem-número de publicações na área da Educação. Em 2003, o ilustre matemático, veio a falecer vitima de doença prolongada.

Fernando Nunes (var. Nunes, Fernando), João Pedro da Ponte (var. Ponte, João) e, Joana Maria Leitão Brocardo (var. Porfírio, Joan) apresentam, também, em ex aecuo 5 artigos científicos publicados.

Nuno Fernando é licenciado em engenharia química, com Mestrado em metodologia do ensino da matemática. Foi Presidente da Associação de Professores de Matemática (2001-2003), membro de vários Grupos de Trabalho da Associação de Professores de Matemática, nomeadamente do Grupo de Trabalho da Internet. Foi professor desde 1974, lecionando em todos os níveis de ensino. 

João Pedro da Ponte[5], nascido a 1953, é professor catedrático de didática da matemática; licenciado em matemática pela Universidade de Lisboa; Doutor em educação matemática pela University of Georgia,  com Agregação pela Universidade de Lisboa.

Joana Maria Leitão Brocardo Porfírio é licenciada em matemática (1979) pela FCUL, Mestre em educação na especialidade de metodologia do ensino da matemática (1992) pela FCUL e Doutora em didática da matemática (2002) pela mesma Instituição. É professora na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal desde 1989. Foi Diretora Geral (2008-2009) e Subdiretora Geral (2006-2008) na Direção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular.


Segundo o gráfico Produtividade Autor – 2, António Bernardes (var. Bernardes, António); Maria José Costa (var. Costa, Maria José); Leonor Cunha Leal (var. Leal, Leonor); Alexandra Pinheiro (var. Pinheiro, Alexandra); Paula Teixeira (var. Teixeira, Paula) e José Paulo Viana (var. Viana, José) são os autores que, no conjunto de 349 registos, apresentam um valor absoluto de 4 artigos científicos de matemática publicados.

António Bernardes, Maria José Costa e Paulo Teixeira são, ambos, autores de manuais escolares de matemática. Leonor Cunha Leal é Mestre em avaliação educacional (área de matemática); em 1992 analisa um conjunto diversificado de instrumentos, trabalhados num contexto de inovação curricular, o projeto Mat. 789.

Finalmente, José Paulo Viana é também autor de manuais escolares e, consequentemente, professor de matemática na Escola Secundária de Vergílio Ferreira e autor da seção "Desafios" aos domingos no jornal Público.

 

 P.M.

 

 

BIBLIOGRAFIA:

 

ABRANTES, Paulo (1994). “Contagens, grafos e matrizes nos nossos programas? talvez um dia...” Educação e matemática; n.º 30 (2.º Trim. 1994), p. 17-20

 

BERNARDES, António (et al.) (1999). “Avaliando investigações: contributos para a discussão.” Educação e matemática; n.º 51 (Jan./Fev. 1999), p. 19-21

 

BOAVIDA, Ana Maria (et al.) (1999). “Tempos passados... tempos presentes: os materiais em 1974: os materiais em 1999.” Educação e matemática; n.º 53 (Mai./Jun. 1999), p. 38-39

 

COSTA, Maria José (1998). “Oh professora, pode ser um jogo? pode...” Educação e matemática; n.º 46 (Jan./Fev. 1998), p. 20

 

COSTA, Sandra Silva (2003). “Vítima de doença prolongada: morreu o ex-director do Departamento de Educação Básica” [em linha]: Jornal Público; 16 de julho de 2003 [Consult. 26 de janeiro de 2021]. Disponível: https://www.publico.pt/2003/07/16/portugal/noticia/morreu-o-exdirector-do-departamento-de-educacao-basica-1157406

 

LEAL, Leonor Cunha (1994). “Normas profissionais para o ensino da matemática: uma leitura possível.” Educação e matemática; n.º 31 (3.º Trimestre 1994), p. 35-37, 40

 

LOUREIRO, Cristina (1998). “ProfMat 97, duas intervenções: um olhar sobre a ProfMat.” Educação e matemática; n.º 46 (Jan./Fev. 1998), p. 5-6

 

NUNES, Fernando (2000). “Estranho mas verdadeiro... acredite se quizer!” Educação e matemática; n.º 58 (Mai./Jun. 2000), p. 17-18

 

PINHEIRO, Alexandra (et al.) (2000). “A reforma dos programas de matemática: um olhar sobre um painel no ProfMat 94.” Educação e matemática; n.º 32 (4.º Trim. 1994), p. 7-10

 

PEREZ, Fernanda (1999). “Dinâmica de grupo e práticas colaborativas: resultados do Matemática 2001” Educação e matemática; n.º 53 (Mai./Jun. 1999), p. 37

 

PONTE, João Pedro da (1997). “O     ensino da matemática na sociedade da informação” Educação e matemática; n.º 45 (Nov./Dez. 1997), p. 1-2

 

PORFÍRIO, Joana (et al.) (1993). “Uma experiência de resolução de problemas no 7.º ano de escolaridade” Educação e matemática; n.º 28 (4.º Trimestre 1993), p. 5-8, 14

 

TEIXEIRA, Paula (1998). “Alguns recursos para o ensino de estatística na Internet.” Educação e matemática; n.º 47 (Mar./Abr. 1998), p. 22

 

VELOSO, Eduardo (1994). “Geometria no 10.º ano, o fracasso que era previsível...” Educação e matemática; n.º 30 (2.º Trimestre 1994), p. 29-30

 

VIANA, José Paulo (1999). “O problema do ProfMat 98.” Educação e matemática; n.º 51 (Jan./Fev. 1999), p. 15-16

 

VIEIRA, Ana (1999). “Materiais para a aula de matemática.” Educação e matemática; n.º 52 (Mar./Abr. 1999), p. 34

 



[1] A Lei de Lotka está corelacionada com a produtividade dos autores e, por tal, fundamenta-se na premissa básica de que alguns pesquisadores publicam muito e muitos publicam pouco. Dito de outro modo, enuncia que a relação entre o número de autores e o número de artigos publicados por esses, em qualquer área científica, segue a Lei do Inverso do Quadrado ou seja, 1𝑛2. Por exemplo, se num determinado período de tempo, analisando um número n de artigos, o número de cientistas que escrevem dois artigos seria igual a ¼ do número de cientistas que escreveram um artigo.

[2] Nome completo: Eduardo Manuel Souto de Sousa Veloso.

[3] Nome completo: Maria Cristina Cunha Santos Loureiro.

[4] Nome completo: Ana Maria Dias Roque de Lemos Boavida.

[5] Nome completo: João Pedro Mendes da Ponte.

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