A origem desta atividade
encontra-se, provavelmente, no Extremo Oriente, mas existem vários registos
arqueológicos da sua prática noutras regiões como o Irão, o Egipto, a Turquia,
entre outros.
A falcoaria é, por definição,
a arte de criar e treinar aves de rapina, nomeadamente falcões, para a caça.
Este método milenar foi transmitido de geração em geração, chegando aos dias de
hoje.
Em Portugal, pensa-se que esta
modalidade terá sido trazida aquando das invasões muçulmanas. Está devidamente
assinalada desde a fundação da nacionalidade.
O período de esplendor da
falcoaria foi, sem dúvida, a época medieval, podendo destacar-se o reinado de
D. Fernando. Era uma arte dominada pelas elites aristocráticas, um verdadeiro
símbolo de estatuto social elevado. É importante não esquecer que ovos e crias
destes pássaros eram dispendiosos e era preciso bastante tempo, espaço e
recursos financeiros para treinar as aves.
A perda da independência portuguesa fez diminuir a dedicação a esta arte, muito embora tenha sido publicado em 1616 a Arte da Caça de Altaneria, de Diogo Fernandes Ferreira, uma compilação dos conhecimentos da época relativamente à caça com falcões.
Após a restauração da
independência, a realeza volta a investir na falcoaria mandando construir a
Real Falcoaria de Salvaterra de Magos, que se destacava entre os países da
Europa.
Com o desenvolvimento das
armas de fogo e as Invasões Francesas, a Falcoaria foi uma prática votada ao
abandono, sem nunca desaparecer por completo.
Atualmente caracteriza-se por
uma dedicação às aves de presa, respeitando a sua natureza. O declínio desta
prática deve-se ao abandono rural, pelo que se torna muito importante a
preservação desta tradição.
A candidatura foi apresentada
pelo município de Salvaterra de Magos, localidade com ampla tradição nesta
área.
Para mais informações sobre esta tradição milenar poderá aceder à página da Falcoaria Real de Salvaterra de Magos ou à Associação Portuguesa de Falcoaria.
MJS
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