A APA (American Psychological Association) é uma organização científica e
profissional que, desde 1892, representa a psicologia nos Estados Unidos da
América. A APA assume como missão contribuir para o avanço do desenvolvimento,
comunicação e aplicação do conhecimento com vista a beneficiar a sociedade,
melhorando vidas. Publica-se a fim de se manter o ciclo da ciência: novas
pesquisas, relatos, publicações, que, por sua vez, são lidas, criticadas e,
posteriormente, anexadas à massa global de conhecimento – tal praxis reproduz
grandes quantidades documentais que crescem exponencialmente, ano após ano.
É imprescindível
que os investigadores, neste contexto epistemológico, utilizem padrões unanimemente reconhecidos para facilitar a comunicação científica,
nomeadamente, a sua recuperação e disseminação. A correta e uniforme descrição
é fundamental na organização e recuperação da informação, possibilitando o
acesso a itens específicos: a normalização das publicações ganhou força neste
contexto e, na atualidade, é critério essencial para a publicação terem
aceitabilidade credível/cientifica.
Atendendo à arbitrariedade que existia,
atualmente, de elaborar o capítulo das referências bibliográficas[1] devido à proliferação de
normas institucionais e regionais, a APA implementou normas internacionais de
referências bibliográficas com o objetivo de facilitar a compreensão das
investigações cientificas a nível internacional:
“By reading, analyzing, and including scholarly sources in
your assignments, you are contributing to and participating in scholarly
communication! You grow in your understanding of a field of study by learning
from its subject experts.” (Adams e Feisst, 2020:3).
Esta metodologia facilita a rápida intercomunicabilidade entre áreas de estudos de deferentes interesses. As citações, em si mesmo, permitem identificar a publicação onde foram extraídas ideias e enxertos e, acima de tudo, indicar a localização exata da fonte de informação.[2]
As
citações em texto e a lista de referências bibliográficas devem ser elaboradas
de forma metodológica, sendo que as opções usadas na estrutura de meta dados, ao
longo de todo o documento, deve criar uniformidade e clareza na consistência
textual:
“This is key for showing professionalism and evidence in your paper. You will mainly use scholarly and professional sources as evidence to support your research and give credit to their findings. Citations allow others (and you!) to find the sources used in your paper to learn more about them.” (Adams e Feisst, 2020:3).
As citações permitem, como verificamos, a creditação/fidelidade entre
grupos de profissionais, apoiando pesquisas e dando crédito cientifico às
ciências sociais. As referências bibliográficas reescrevem detalhes
formais da publicação[3] de forma a permitir identificações
inequívocas de documentos. Cada referência inclui, per si, informação epistemologia da identificação (i.e., dados
bibliográficos selecionados) e, consequente, localização espaciotemporal do
documento usado na investigação.
A citação é, grosso modo, a meta forma de referenciar no nosso texto conteúdos usados por outros autores, por tal, deve conter informação pertinente para uma correspondência inequívoca entre a citação / referências bibliográficas /autor citado. Segundo o estilo bibliográfico APA, a citação em texto segue as seguintes regras:
- O sistema de citação usado é autor-data, sendo que os elementos devem ter a seguinte ordem: o apelido do autor, ano de publicação do documento e tratando-se de uma citação direta os números das páginas citadas. A informação é colocada entre parênteses curvos.
- No
caso da introdução de citação simultâneas, cada citação é separada por ponto e
vírgula e são ordenadas alfabeticamente, sendo que são incluídas todas as
citações num único parêntesis curvo.
O reescrever de ideias de autores é, efetivamente, o tipo de citação mais comummente usada pelos investigadores. Por questões éticas, alertamos para o fato de que a transmissão do conhecimento dos autores consultados deve ser sempre descrita numa citação intratextual. Porquê?
As citações e as referências bibliográficas têm como principal vantagem evitar plágios; distinguir conteúdos investigacionais; patentear ideais; facilitar tramites de identificação e localização de informação e identificar best sellers. Desta forma, serão respeitados os princípios éticos de utilização e disseminação de informação – o uso de normativas muito tem contribuído para este procedimento de compartilha internacional.
BIBLIOGRAFIA:
ADAMS, Sarah ; FEISST,
Debbie (2020). APA Style Citation
Tutorial [em linha].
Norquest Vollege Library and Alissa Droog University of Alberta Library Edmonton [Consult. 9 de setembro de 2020]. Disponível:https://pressbooks.com
HOPPEN, Natascha Helena Franz (et al.) (2018). Referências de atos normativos brasileiros na comunicação científica internacional: estilos Vancouver e APA . Bibliographic references of Brazilian legal acts in international scholarly communication: Vancouver and APA styles [em linha]: PRISMA.COM (36) 2018, p. 41-58 [Consult. 9 de setembro de 2020]. Disponível: http://ojs.letras.up.pt/index.php/prismacom/article/view/3925
LOPES, Carlos (2003). Guia prático: normativa APA/2001 – 1 [em linha]. Lisboa: Instituto de Ciências Psicológicas [Consult. 9 de setembro de 2020]. Disponível: http://repositorio.ispa.pt/bitstream/10400.12/308/1/Manual%20antigo%20_revisto%20em%202010_%20para%20os%20alunos%20Psicologia%20Copgnitiva%202010_2011.pdf
PARDA, Marília ; GARRIDO, Margarida Vaz (2013). Conhecer as regras do jogo: uma introdução às normas para escrita científica da American Psychological Association [Consult. 9 de setembro de 2020]. Disponível: http://www.scielo.mec.pt/pdf/psi/v27n2/v27n2a05.pdf
VILAS-BOAS, João Paulo (2006). Normas e orientações para a redacção e apresentação de dissertações e relatórios [em linha]. Porto: Universidade do Porto, Faculdade de Desporto Conselho Científico [Consult. 9 de setembro de 2020]. Disponível: https://biblioteca.fade.up.pt/wp-content/uploads/sites/161/2019/05/normas_fadeupEDITADO-3.pdf
[1]
As referências bibliográficas são
constituídas pelos elementos que identificam uma publicação ou parte dela –
livros, artigos, documentos eletrónicos e audiovisuais. As citações são formas de
referência abreviada que permitem identificar a publicação de onde retirámos
ideias, excertos, etc. e a sua localização exata nesse documento original. Como
sabemos, uma das questões complementares das citações é, efetivamente, a forma
como ordenar as referências e como estabelecer a correspondência entre o texto
e a bibliografia listada. Para este objetivo existem dois estilos - Vancouver
(numérico) e Harvard. (nome, data). um pode revelar-se mais útil que o outro,
mas são as instituições académicas quem define quais os estilos a adotar.
[2] Existem inúmeros estilos de citação
e de apresentação de referências bibliográficas. Não existe uma norma única
para a apresentação das referências bibliográficas. As normas bibliográficas
baseiam-se na normalização internacional – ISO 690:2010 e definem as regras
para a normalização das citações e referências bibliográficas de todos os tipos
de documentos. A seleção da norma ou estilo a utilizar pode diferir, de acordo
com: (a) a área científica (humanidades, engenharias, ciências da saúde, etc.);
(b) o tipo de uso (âmbito académico, científico, bibliotecas, etc.) e, ainda,
através de critérios internos existentes/definidos em cada instituição/editor
científico. Em Portugal existe a NP 405 do IPQ – Instituto Português da
Qualidade. No entanto, no meio académico e científico nacional, esta não é a
mais utilizada pois o estilo adotado é diferente do que é exigido pelas
principais revistas científicas internacionais.
[3]I.e., semântica organizada de meta dados
segundo padrões normativos.
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