“Ponta
Delgada foi elevada a cidade, no reinado de D. João III, conforme reza a carta
régia de 2 de abril de 1546, depois da primeira capital da ilha - Vila Franca
do Campo - ter sido devastada pelo terrível terramoto de 1522.
A
historiografia celebra o século XIX como a época áurea da cidade de Ponta
Delgada e da ilha de S. Miguel, pela prosperidade económica, graças à
exportação de citrinos para o Reino Unido, e pelo cosmopolitismo, graças à
fixação de numerosos comerciantes estrangeiros, nomeadamente de inúmeras
famílias judaicas, a partir de 1818. (…)
No
início do século XX, Ponta Delgada ainda se encontrava em oitava posição no
seio do universo urbano português. No decurso das últimas décadas, porém, o crescimento
urbano em Portugal (…) veio contribuir para que não só crescesse o número de
cidades, como aumentasse a população urbanizada a nível nacional (…). Ponta
Delgada, contudo, nunca deixou de ser a primeira do arquipélago pela riqueza
gerada, pelo número dos seus habitantes, pelo seu inestimável património, pela
sua importância cultural e pelo seu cosmopolitismo.” Câmara Municipal de Ponta Delgada
Criado
em 1993, este museu tem como objetivo recolher, estudar e preservar testemunhos
históricos militares, contribuindo, assim, para a divulgação da história
militar dos Açores. Para além da coleção ligada a esta área, tem ainda um
acervo arquivístico de finais do século XIX e XX, ainda em tratamento.
Inicialmente
designado por Museu Açoriano, foi criado por Carlos Machado em 1876 no Liceu
Nacional de Ponta Delgada, com coleções de zoologia, botânica, geologia e
mineralogia, ou seja, era basicamente um museu escolar. Depois de 1914 passou a
ter o nome do seu fundador e foi enriquecendo o seu espólio com coleções
africanas e etnográficas, pinturas, arte sacra, brinquedos. Para além do núcleo
principal no Convento de Santo André, possui igualmente um núcleo em Santa
Bárbara.
Este
centro articula programas do Plano de Ordenamento da Bacia Hidrográfica da
Lagoa das Furnas com a divulgação desta zona, em constante mutação. Através de
exposições com mecanismos interativos proporciona a descoberta da zona da Lagoa
e dos seus ecossistemas.
O museu,
fundado em 1997 e reaberto em 2005, tem como missão a divulgação da cultura
local da ilha de São Miguel. Inclui uma coleção de instrumentos agrícolas, uma
casa regional, artigos ligados à pesca, uma taberna dos anos 50 e uma oficina
de artesanato.
O
tabaco foi introduzido nos Açores em 1815 e um dos grandes impulsionadores foi
José Bensaúde que em 1866 fundou a Sociedade Fábrica de Tabaco Micaelense. Nacionalizada
em 1974, foi adquirida em 1995 por um grupo de empresários que alteraram a
designação para Fábrica de Tabaco Micaelense S. A. Pode ser visitada e observar
o fabrico de cigarros, cigarrilhas e charutos com técnicas tradicionais.
A
ideia da criação deste museu partiu de um grupo de emigrantes açorianos, como
forma de homenagem. Instalado no antigo mercado do peixe, pretende transmitir
os motivos de emigração em busca de melhores condições de vida. Aqui se podem
observar testemunhos, pesquisas e estatísticas sobre esse tema.
Sem comentários:
Enviar um comentário