2020/09/21

Alguns dos melhores museus ... em Ponta Delgada


“Ponta Delgada foi elevada a cidade, no reinado de D. João III, conforme reza a carta régia de 2 de abril de 1546, depois da primeira capital da ilha - Vila Franca do Campo - ter sido devastada pelo terrível terramoto de 1522.
A historiografia celebra o século XIX como a época áurea da cidade de Ponta Delgada e da ilha de S. Miguel, pela prosperidade económica, graças à exportação de citrinos para o Reino Unido, e pelo cosmopolitismo, graças à fixação de numerosos comerciantes estrangeiros, nomeadamente de inúmeras famílias judaicas, a partir de 1818. (…)
No início do século XX, Ponta Delgada ainda se encontrava em oitava posição no seio do universo urbano português. No decurso das últimas décadas, porém, o crescimento urbano em Portugal (…) veio contribuir para que não só crescesse o número de cidades, como aumentasse a população urbanizada a nível nacional (…). Ponta Delgada, contudo, nunca deixou de ser a primeira do arquipélago pela riqueza gerada, pelo número dos seus habitantes, pelo seu inestimável património, pela sua importância cultural e pelo seu cosmopolitismo.” Câmara Municipal de Ponta Delgada

Criado em 1993, este museu tem como objetivo recolher, estudar e preservar testemunhos históricos militares, contribuindo, assim, para a divulgação da história militar dos Açores. Para além da coleção ligada a esta área, tem ainda um acervo arquivístico de finais do século XIX e XX, ainda em tratamento.

Inicialmente designado por Museu Açoriano, foi criado por Carlos Machado em 1876 no Liceu Nacional de Ponta Delgada, com coleções de zoologia, botânica, geologia e mineralogia, ou seja, era basicamente um museu escolar. Depois de 1914 passou a ter o nome do seu fundador e foi enriquecendo o seu espólio com coleções africanas e etnográficas, pinturas, arte sacra, brinquedos. Para além do núcleo principal no Convento de Santo André, possui igualmente um núcleo em Santa Bárbara.

Este centro articula programas do Plano de Ordenamento da Bacia Hidrográfica da Lagoa das Furnas com a divulgação desta zona, em constante mutação. Através de exposições com mecanismos interativos proporciona a descoberta da zona da Lagoa e dos seus ecossistemas.

O museu, fundado em 1997 e reaberto em 2005, tem como missão a divulgação da cultura local da ilha de São Miguel. Inclui uma coleção de instrumentos agrícolas, uma casa regional, artigos ligados à pesca, uma taberna dos anos 50 e uma oficina de artesanato.

O tabaco foi introduzido nos Açores em 1815 e um dos grandes impulsionadores foi José Bensaúde que em 1866 fundou a Sociedade Fábrica de Tabaco Micaelense. Nacionalizada em 1974, foi adquirida em 1995 por um grupo de empresários que alteraram a designação para Fábrica de Tabaco Micaelense S. A. Pode ser visitada e observar o fabrico de cigarros, cigarrilhas e charutos com técnicas tradicionais.

A ideia da criação deste museu partiu de um grupo de emigrantes açorianos, como forma de homenagem. Instalado no antigo mercado do peixe, pretende transmitir os motivos de emigração em busca de melhores condições de vida. Aqui se podem observar testemunhos, pesquisas e estatísticas sobre esse tema.

MJS

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