(Imagem da fachada da Escola Secundária Vergílio Ferreira. Retirada da internet)
A Rua do Seminário acolhe desde 1983 a Escola de Vergílio Ferreira, na antiga Quinta dos Inglesinhos de frades católicos irlandeses. Este arruamento que liga o Largo da Luz à Rua Fernando Namora recebeu a denominação de Rua do Seminário por deliberação camarária de 2 de novembro de 1882 da Câmara Municipal de Belém, naquela que era antes a Rua dos Galegos. [1]
A Escola de Vergílio Ferreira
foi inaugurada em 1983, servindo apenas uma população estudantil do 3.º ciclo
do ensino básico, distribuída por 36 turmas. Em 1986 a escola viu aumentados os
seus recursos físicos, sendo ampliada com a construção de mais três blocos.
É em 1993 que
a escola passa a ter a designação atual − Escola
Secundária de Vergílio Ferreira −, passando o dia da escola a ser comemorado na data de
nascimento do seu patrono, Vergílio
António Ferreira (1916-1997).
(Pormenor da fachada da Escola Secundária Vergílio Ferreira. Retirada da internet)
Em 1995, para fazer face ao
aumento da carga curricular do 12.º ano, a escola é novamente ampliada com a
construção de mais um bloco. Em 1997, a escola passa a ter a sua bandeira
escolar e o seu logótipo, como elementos reforçadores da sua identidade.
A construção do pavilhão
gimnodesportivo dá-se em 1999 e, em 2002 foi construído o Centro Documental
Multimédia, a partir de um velho edifício pertencente ao recinto escolar cuja
traça original se respeitou.
Ainda
assim, a escola era constituída por blocos descaracterizados e dispersos pelo
terreno, inserida num bairro de ambiente fortemente degradado, esta escola foi
reabilitada entre 2009 e 2011 pela Parque Escolar, EPE.
O
projeto centrou-se na criação de uma nova identidade através da reabilitação e
reorganização dos blocos existentes, adaptando-os às novas exigências e
redesenhando a sua imagem exterior, na busca por um sentido de unidade e
harmonia. Introduziu-se um novo edifício de entrada que se apresenta como um
volume robusto em betão aparente de cor branca, com escala referenciada à
cidade, criando um novo limite para a escola. Esta intervenção conquistou um
maior sentido de acolhimento e resguardo face à envolvente e aos edifícios de
habitação contíguos.[2]
(Imagem do anfiteatro da Escola Secundária Vergílio Ferreira. Retirada da internet)
Em novembro de 2014 é criado o
Agrupamento
de Escolas Vergílio Ferreira, com este precede-se à agregação da Escola
Secundária de Vergílio Ferreira com o Agrupamento de Escolas de Telheiras, como
consequência do processo de reorganização da rede escolar ocorrido em junho de
2012. Em abril de 2013 o Agrupamento de Escolas de São Vicente/Telheiras é
também integrado nesta Unidade Orgânica, passando esta a congregar dez escolas:
- Jardim de Infância de Telheiras
- Jardim de Infância da Horta Nova
- Escola Básica do Lumiar
- Escola Básica D. Luís da Cunha
- Escola Básica Luz Carnide (três escolas de primeiro ciclo com jardim-de
infância)
- Escola Básica n.º 1 de Telheiras
- Escola Básica Prista Monteiro (duas escolas apenas com primeiro ciclo)
- Escola Básica de Telheiras (uma escola com segundo e terceiros ciclos)
- Escola Básica de S. Vicente (uma escola integrada com valências do jardim-de
infância ao terceiro ciclo)
- Escola Secundária de Vergílio Ferreira (escola secundária com terceiro
ciclo, escola sede do agrupamento) ASSEM
(Imagem do ginásio da Escola Secundária Vergílio Ferreira. Retirada da internet)
De
acordo com os dados disponíveis no site do Agrupamento, a população do
Agrupamento de Escolas Vergílio Ferreira é de cerca de 3917 alunos, 243 dos
quais com Necessidades Educativas Especiais de caráter permanente (dados de
março de 2014). 51% dos alunos são do sexo masculino e 49% do sexo feminino,
distribuídos por 154 turmas, 19 de pré-escolar, 43 de 1.º ciclo, 56 de 2.º e 3.º
ciclo e 36 de secundário.
P. M.
BIBLIOGRAFIA:
JOÃO MORGADO - FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA (2011). Escola
Secundária Vergílio Ferreira [em linha]. Lisboa: Atelier Central
Arquitectos [consult. 22 de maio de 2020]. Disponível:
OPEN HOUSE LISBOA (2016). Escola Secundária de Vergílio Ferreira [em linha]. Lisboa: Trienal de Arquitectura de
Lisboa [consult. 22 de maio de 2020]. Disponível: http://2016.openhouselisboa.com/places/escola-secundaria-de-vergilio-ferreira/
PARQUE ESCOLAR (2014). 13 de
maio - Prémio Valmor distingue três escolas [em linha]. Lisboa: Parque
Escolar, EPE [Consult. 25 de maio de 2020].
Disponível:
PARQUE
ESCOLAR (s.d.). Escola
Secundária de Vergílio Ferreira [em linha]. Lisboa: Parque Escolar, EPE
[Consult. 25 de maio de 2020]. Disponível:
SECRETARIA-GERAL DA EDUCAÇÃO E
CIÊNCIA (s.d.). Escola Secundária
Vergílio Ferreira, Lisboa [em linha]. Lisboa: Direção de
Serviços de Documentação e de Arquivo [Consult. 25 de maio de 2020].
Disponível: http://arquivo-ec.sec-geral.mec.pt/details?id=50591
VIVER EM TELHEIRAS (13
de maio de 2013). Agrupamento de Escolas Vergílio Ferreira [em
linha]. Lisboa: Centro de Convergência de Telheiras [Consult. 25 de maio de
20202]. Disponível: http://vivertelheiras.pt/parceiros/aevf/
[1] Em
1923 a Quinta dos Inglesinhos foi transformada num conjunto de instituições
escolares. A freguesia de Carnide, no antigo regime, era composta por um
conjunto de quintas, solares e palacetes que serviam as classes dominantes nos
seus tempos livres. Foi também neste local que surgiram vários conventos para
albergarem diversas ordens religiosas.
[2]
O Prémio Valmor e Municipal de Arquitetura
distinguiu três escolas requalificadas no âmbito do Programa de Modernização
das Escolas com Ensino Secundário, da responsabilidade da Parque Escolar.
A Escola Secundária Vergílio Ferreira, em Carnide, da autoria do
Atelier Central, a Escola Secundária Rainha D. Leonor, em Alvalade, da responsabilidade do Atelier dos
Remédios e a Escola Básica Francisco de
Arruda, junto à Tapada da Ajuda, da
autoria do arquiteto José Neves receberam ontem o Prémio, referente ao ano de
2011.
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