Com o propósito procurar uma solução para um setor que se
encontra praticamente parado, cerca de cinquenta livreiros de todo o país
decidiram unir esforços e criaram uma rede de cooperação que visa permitir
ajudar a salvar as livrarias mais pequenas. Esta associação que irá ser lançada
nesta próxima quinta-feira – e cujo site
já se pode visitar – pretende mitigar os efeitos de uma situação que já vem de
trás mas que muito se acentuou nestes tempos de pandemia e de incerteza. O peso
dos encargos (rendas, salários, etc.), que bate agora constantemente à porta de
tantos setores e indústrias afetou todo o setor livreiro (grande distribuição),
mas em especial as pequenas livrarias independentes, muitas delas com parcos
recursos financeiros para fazer frente a uma queda de vendas, tão inesperada
quanto abrupta.
Através deste projeto e desta união de esforços, o objetivo
passa por delinear estratégias e ações comuns que permitam fazer face a esta
situação inédita e lançar as bases de uma rede de livrarias especializadas e de
proximidade. A elas também se deve um papel ativo e interventor na difusão de
novos autores, do livro e da leitura.
O site da RELI (https://www.reli.pt/) possui uma listagem das livrarias que integram a rede
(moradas e contactos) e proporciona, para já, duas iniciativas inéditas para
ajudar o comércio dos livros: a “Livraria às Cegas” e a campanha “Fique em Casa
mas Não Fique Sem Livros”. Urge, pois – na medida das possibilidades de cada um
– procurar ajudar a salvar os livros, amigos fiéis dos longos dias de espera
que nos estão reservados, refúgio e evasão para os nossos medos e angústias.
JMG
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