2023/11/23

Temas centrais do EEE: Educação Ecológica

 

(Imagem de três crianças a observar uma planta com uma lupa, junto de um professor. Imagem retirada do site do EEE)


A União Europeia pretende encorajar o ensino a contribuir para a transição ecológica e para a sustentabilidade. Os estudantes de todas as idades têm de ser capazes de desenvolver os conhecimentos, as competências e as atitudes para viver de forma mais sustentável, mudar os padrões de consumo e contribuir para um futuro mais ecológico. A educação e a formação são essenciais para ajudar as pessoas a passar da tomada de consciência à ação individual e coletiva em favor do ambiente.

No entanto, apesar de existirem cada vez mais iniciativas, a educação para a sustentabilidade ambiental ainda não faz parte das práticas educativas na UE.

A Comissão Europeia está a combater estes problemas através de um conjunto de ações:

- a Educação ao Serviço da Proteção do Clima, uma comunidade em crescimento de estudantes e professores que tomam uma posição ativa em questões relacionadas com as alterações climáticas e a sustentabilidade;

- uma proposta de recomendação do Conselho sobre a aprendizagem direcionada para os objetivos da sustentabilidade ambiental;

- o novo Quadro Europeu de Competências em Matéria de Sustentabilidade estabelece conhecimentos, competências e atitudes que todos os estudantes necessitarão para a transição ecológica;

- a iniciativa Investigadores nas Escolas dá aos jovens investigadores a oportunidade de dialogarem com professores e estudantes sobre as alterações climáticas e o desenvolvimento sustentável;

- colaboração com o Banco Europeu de Investimento (BEI), que permite aos Estados-Membros acederem ao financiamento para infraestruturas educativas sustentáveis e o desenvolvimento de capacidades e pedagogias

- os programas Erasmus+ (2021-2027) e Corpo Europeu de Solidariedade tornaram-se mais verdes e mais digitais.

Os europeus consideram as alterações climáticas um dos problemas mais graves com que o mundo se depara nos dias de hoje. O setor da educação e formação, como todos os setores, deve tomar medidas para dar resposta a esta crise planetária:

- dotar os discentes e os educadores dos conhecimentos, competências e atitudes necessárias para uma economia e uma sociedade mais ecológicas e sustentáveis;

- ajudar as instituições de ensino e formação a integrar a sustentabilidade no ensino e na aprendizagem e em todos os aspetos do seu funcionamento;

- criar um entendimento comum sobre as mudanças profundas e transformadoras necessárias na educação e na formação para a sustentabilidade e a transição ecológica.

O Conselho da União Europeia adotou uma Recomendação sobre a aprendizagem em prol da transição ecológica e o desenvolvimento sustentável que pode ser integrada em todos os aspetos da educação e da formação. Apela aos Estados-Membros que:

- tornem a aprendizagem para a transição ecológica e o desenvolvimento sustentável uma prioridade nas políticas e nos programas de educação e formação;

- proporcionem a todos os alunos oportunidades para estudar a crise climática e a sustentabilidade no ensino formal e no não formal;

- mobilizem fundos nacionais e da UE para investir em equipamentos, infraestruturas e recursos ecológicos e sustentáveis;

- apoiem os educadores para que estes desenvolvam os conhecimentos e as competências necessárias para dar aulas sobre a crise climática e a sustentabilidade e para aprender a lidar com a eco ansiedade dos seus alunos

- criem ambientes de aprendizagem propícios à sustentabilidade que abranjam todas as atividades e áreas de funcionamento de um estabelecimento de ensino e permitam um ensino e uma aprendizagem práticos, interdisciplinares e pertinentes para os contextos locais;

- envolvam ativamente os estudantes e o pessoal, as autoridades locais, as organizações de juventude e a comunidade de investigação e inovação na aprendizagem para a sustentabilidade.

A Comissão Europeia apoia a aplicação da recomendação através de um grupo de trabalho específico sobre a sustentabilidade na educação, Aprendizagem para a Sustentabilidade. O grupo publicou uma série de documentos informativos e mensagens políticas fundamentais sobre temas como a sustentabilidade de toda a escola, os planos curriculares e as competências, a conceção de políticas eficazes e a formação de professores.

O Quadro Europeu de Competências em matéria de Sustentabilidade («GreenComp»), foi publicado em janeiro de 2022 e pode ser utilizado em programas e políticas de educação e formação em contextos formais, não formais e informais. O quadro define os quatro grupos de competências relacionados com a sustentabilidade que devem ser adquiridos pelos aprendentes de todas as idades. Cada competência tem três subpartes, a saber:

1. Incorporar valores de sustentabilidade

    - valorizar a sustentabilidade;

    - apoiar a equidade;

    - promover a natureza.

2. Integrar a complexidade na sustentabilidade

    - pensamento sistémico;

    - pensamento crítico;

    - enquadramento de problemas.

3. Agir em prol da sustentabilidade

    - agência política;

    - ação coletiva;

    - iniciativa individual.

4. Prever futuros sustentáveis

    - literacia sobre o futuro;

    - adaptabilidade;

    - pensamento exploratório.

5. Financiamento

Três das academias, iniciadas em 2022 e com uma duração de três anos, centram-se especificamente na sustentabilidade:

- A EduSTA (Academy for Sustainable Future Educators) criará percursos de aprendizagem em que os professores possam desenvolver e demonstrar as suas competências em matéria de educação para a sustentabilidade através de emblemas digitais. 

- O projeto TAP-TS (Teacher Academy Projects) produzirá, testará e validará pacotes de recursos relacionados com a sustentabilidade destinados às escolas e à formação de professores. 

- A CLIMADEMY centra-se em ajudar os professores a compreender melhor as causas, o impacto e as possibilidades de atenuação das alterações climáticas e criará uma rede de professores com formação no domínio das alterações climáticas. 


Fonte: https://education.ec.europa.eu/pt-pt


MJS


Sem comentários: