Um
satélite artificial é qualquer tipo de engenho criado pelo ser humano e
colocado em órbita ao redor de qualquer planeta, com uma função específica. Atualmente
existem vários tipos de satélites, com funções específicas; satélites de
comunicação, meteorológicos, astronómicos, militares e ainda as estações
espaciais.
Os
primeiros estudos sobre a colocação de objetos em órbita surgiram com Isaac
Newton. Vários escritores de ficção científica lançaram a ideia de um satélite
em órbita, como é o caso de Júlio Verne ou Edward Everett Hale.
Em
1923 Herman Oberth acentuou a importância da existência de estações espaciais à
volta da Terra. Cerca de 1930, Konstantin Tsiolkovsky realizou vários cálculos
que permitiriam perceber a velocidade necessária para colocar objetos em
órbita.
No
âmbito do Ano Internacional da Geofísica, cerca de 1957/58, pretendeu-se lançar
vários satélites com o objetivo de aprofundar o conhecimento da superfície
terrestre. O governo norte-americano iniciou estudos nesse sentido, mas a União
Soviética a 4 de outubro de1957 lançou o primeiro satélite artificial, o Sputnik 1, com 58 centímetros de
diâmetro e 83, 6 quilogramas. Foi o início da corrida espacial: a 3 de novembro
do mesmo ano foi lançado o Sputnik 2
com o primeiro ser vivo, a cadela Laika.
Como resposta, os Estados Unidos colocaram em órbita o seu primeiro satélite a
31 de janeiro de 1958, o Explorer I.
A
época da Guerra fria levou à criação de vários programas militares de
satélites: o Discoverer, o SAMOS (Sistema de Observação de
satélites e Mísseis) e o MIDAS
(Sistema de Alarme de Defesa contra Mísseis). Em 1962 terminou o programa
Discoverer e iniciou-se um outro com as mesmas funções, ou seja, obter imagens
dos países inimigos, o Corona. O
programa SAMOS tinha a mesma função
do Discoverer: a única diferença era
a forma de transmissão dos dados e, como tal, teve uma curta duração. Através
do sistema MIDAS foram detetados
vários mísseis soviéticos, mas terminou em 1966.
Para
além do fator militar, os satélites constituíam um importante instrumento de
comunicação. Em 1958, os Estados Unidos lançaram o SCORE (Equipamento de Retransmissão do Sinal de Comunicação) e
criaram a NASA.
Em
1962 a empresa AT&T, como apoio
da NASA colocou em órbita o Telstar 1, que permitiu efetuar ligações
telefónicas e transmissão de dados entre a Europa e os Estados Unidos. Neste
ano, em colaboração entre os Estados Unidos o Reino Unido foi lançado o Ariel 1 e ainda o Alouette I, da responsabilidade do governo canadiano.
Em
1963, o congresso americano criada a COMSAT
(Corporação de satélites de Comunicação), lançando o Syncom 3 em 1964. Neste ano surgiu a Intelsat, um consórcio de 15 países que se uniram para o lançamento
de satélites de comunicação, o que veio a acontecer a 1965 com o Intersat I. Em 1968 a União Soviética
cria a Intersputnik juntamente com 8
países de leste.
Mais
países entram na corrida das comunicações, como é o caso da China e do Japão,
em 1970, e mais tarde o Reino Unido, França, Alemanha, Espanha, etc. Entre 1978
e 1995 foi implementado o sistema GPS
(Sistema de posicionamento global).
Na
década de 80 surgem novas companhias de entretenimento, notícias e desportos
que começaram a utilizar os satélites para as transmissões dos seus canais. A
partir de então o lançamento de satélites continuou numa tentativa contínua de
ir cada vês mais longe, a planetas como Vénus, Mercúrio, Júpiter e Marte.
MJS
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