Quadro didático da fabricação do papel
ME/401778/356
Escola Secundária de Fonseca Benevides
Quadro de madeira com vidro protetor com mostruário de produtos utilizados para a fabricação do papel, organizados verticalmente, onde a fila de baixo apresenta vários exemplares do produto final. Legendado em Alemão.
O
papel é um tipo de material produzido a partir de fibras de origem vegetal,
utilizado para escrever, desenhar, imprimir, embalar, etc. Estas fibras devem
ter uma elevada concentração de celulose que se encontra na polpa de madeira
das árvores, sobretudo o pinheiro e o eucalipto. Anteriormente eram utilizados
outros materiais como o algodão, o linho e o cânhamo.
Desde
o início da humanidade que o homem recorre a vários materiais para representar
objetos ou cenas da vida quotidiana nas mais diversas superfícies desde a
pedra, até aos ossos de animais. A necessidade de representar graficamente
ideias mais complexas e o aparecimento da escrita fez com que fossem criados
suportes mais adequados e que permitissem a sua mobilidade: tábuas de argila,
tecidos, papiro, pergaminho e por último o papel.
A
palavra papel vem de papyrus, a planta
de onde se extraíam as fibras utilizadas para fabricar este suporte no antigo
Egipto. Sabemos que o papel feito de fibras vegetais foi fabricado pela
primeira vez cerca de 3600 a. C. na China. T’sai-Lun inventou uma pasta
derivada das fibras de bambu e da amoreira para produzir este material.
No
século III o fabrico do papel alarga-se a outros países como a Índia e a zona
do Norte de África. Os árabes forneciam papel à Europa através da Península
Ibérica. Posteriormente instalaram-se fábricas de papel em Valência, bastante
conhecidas pela qualidade do material que produziam.
Houve,
no entanto, alguma oposição à implantação do papel. Alguns monarcas ibéricos e
alemães decretaram que os documentos oficiais deveriam ser sempre produzidos em
pergaminho ou papiro. No entanto, a sua produção era insuficiente para as
necessidades e, como tal, as fábricas de papel espalharam-se pela Europa. Em
Portugal, a produção de papel iniciou-se em Leiria em 1411, na Batalha em 1514,
em Alcobaça em 1537 e em Alenquer em 1565.
Os
portugueses inovaram a indústria com uma invenção: a utilização da pasta de
madeira criada na fábrica de Vizela fundada por Moreira de Sá em 1802. Durante
as invasões francesas a fábrica foi destruída e esta invenção acabou por não ser
divulgada internacionalmente. Esta descoberta proporcionou a revolução
jornalística, anos mais tarde. Durante o século XIX iniciou-se o processo de
branqueamento papel utilizando o cloro.
Com
o advento da “era dos computadores” preconizou-se a diminuição do uso do papel
que ficaria obsoleto. Ao contrário do esperado, o consumo de papel aumenta a
cada ano que passa. Atualmente são produzidos papeis com fibras de algodão,
destinados a trabalhos artísticos, desenhos e gravuras que exigem maior
qualidade.
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