2022/10/06

Invenções que mudaram o mundo: o microscópio

 

Microscópio

ME/404445/97

Escola Secundária Alexandre Herculano

Aparelho utilizado em contexto das práticas pedagógicas nas aulas de Biologia, para visualizar estruturas de tamanho extremamente reduzido, como por exemplo as células. Este modelo é um microscópio ótico monocular que funciona com um conjunto de lentes (ocular e objetiva) que ampliam a imagem trespassada por um feixe de luz. Está munido de uma objetiva e tem uma base sobre a qual se encontra um espelho, para captar os raios de luz natural ou artificial e assim iluminar as preparações.

 

O microscópio é um aparelho que permite ampliar imagens de objetos muito pequenos devido às lentes com alta resolução. Atualmente podem dividir-se, essencialmente, em duas categorias: o microscópio ótico, que funciona através de um conjunto de lentes que aumentam a imagem através de um feixe de luz; e o microscópio eletrónico que amplia a imagem através de feixes de eletrões.

O fabrico das primeiras lentes óticas é atribuído a Salvino d’Amato em 1285 através da técnica do polimento. Em 1590 Zacharias Janssen teve a ideia de combinar lentes para aumentar o tamanho dos objetos, construindo o primeiro microscópio com uma capacidade de 30 vezes de ampliação.

Em 1625 Galileu começou igualmente a trabalhar com lentes, inspirado pelo trabalho de Janssen. Em 1665 Robert Hooke publicou Micrographia onde descreveu as observações realizadas com o seu microscópio, utilizando pela primeira vez o termo célula.

No século XVII, Antoine Van Leeuwenhoek desenvolveu o microscópio simples capaz de uma ampliação de 200 vezes. Fez a primeira observação das bactérias, embriões de plantas, glóbulos vermelhos, etc.

No século XVIII, o microscópio transformou-se num objeto artístico. Passou a fazer parte do processo de ensino, apesar das imagens obtidas serem de má qualidade devido às imperfeições das lentes.

Em 1730, Charles Hall inventou as lentes acromáticas, ou seja, sem cor. Percebeu que a utilização de uma segunda lente permitia realinhar as cores distorcidas pela primeira lente.

Durante o século XIX aperfeiçoou-se o fabrico das lentes e surgiram os primeiros microscópios binoculares, ou seja, com duas oculares. Também se verificaram grandes avanços na preparação do material biológico para observação.

Microscópio

ME/403556/6

Escola Básica e Secundária de Carcavelos

Aparelho utilizado em contexto das práticas pedagógicas nas aulas de Biologia, para visualizar estruturas de tamanho extremamente reduzido, como por exemplo as células. Este modelo tem o pé em forma de U. O braço de metal tem no seu extremo o sistema de lentes e está munido de parafuso micrométrico. Em frente da objetiva há um suporte, a platina, onde se coloca o objeto a observar, que tem um orifício no centro, para deixar passar a luz. O sistema de iluminação é constituído por um espelho redondo.


Em meados do século XIX surgem vários ateliers especializados no fabrico deste instrumento, como o de Camille-Sábastien Nachet em Paris (1835) ou o de Karl Zeiss na Alemanha (1846). Em 1830 Joseph Lister colocou as lentes a uma distância precisa, fornecendo um elevado grau de nitidez. Como tal, foi possível observar seres microscópicos desconhecidos até então levando ao estabelecimento das bases da teoria celular por Schleiden e Schwann em 1935.

Louis de Broglie, em 1924 descobriu que um feixe de eletrões se comportava da mesma forma que um feixe de luz, mas com um comprimento de onda bastante menor. Esta é a base de microscopia eletrónica desenvolvida por Hans Bush em 1926. Em 1932 Ernst Ruska e Max Knoll construíram o primeiro aparelho eletrónico. Após a Segunda Guerra Mundial, a microscopia desenvolveu-se rapidamente e transformou o conhecimento do mundo.


MJS


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